Friday, 28 December 2012

Governo define militares como responsáveis por proteção contra crimes cibernéticos

O Ministério da Defesa aprovou a política que define estratégias de defesa cibernética nos níveis operacional e tático e que deve ser aplicada nos grandes eventos que serão sediados no país, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Portaria que aprova a Política Cibernética de Defesa foi publicada nesta quinta-feira, 27, no Diário Oficial da União.

De acordo com o documento, caberá ao ministério, em conjunto com as Forças Armadas, impedir ou dificultar a utilização criminosa da rede. Eles serão os responsáveis por garantir a operação da rede, bem como a interoperabilidade dos sistemas e a segurança. Para isso, a política prevê a implantação do Sistema Militar de Defesa Cibernética, implantado por militares e civis, e assessorado pelo Estado-Maior das Forças Armadas.

Deverão ser criados e normatizados processos de segurança cibernética para padronizar os procedimentos de defesa da rede. Deverão também ser estabelecidos programas e projetos para assegurar a capacidade de atuar em rede com segurança. A política deve integrar as ações já em curso de defesa cibernética no país. Além disso, será implantada uma infraestrutura de chaves públicas da defesa (ICP-Defesa), além de padrões interoperáveis de criptografia em complemento aos das Forças Armadas. Os procedimentos serão assunto de auditorias periódicas.

O texto justifica a medida, colocando a segurança da informação como fator primordial para a defesa cibernética. “A segurança da informação e comunicações é a base da defesa cibernética e depende diretamente das ações individuais.

Não há defesa cibernética sem ações de segurança da informação e comunicações”, diz a portaria.

Site reúne informações sobre saúde pública e desastres

Nesta última quarta-feira, 19/12, o Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes), parte integrante do Centro Colaborador em Saúde Pública e Ambiental da Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), lançou sua página eletrônica que compila material sobre ampla gama de temas relacionados com a saúde em emergências e desastres, e é resultado do compromisso da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com os grandes desafios da atualidade para a saúde pública.

O Cepedes é fruto da parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz). A referência do site é a página eletrônica do Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), disponível em espanhol e em inglês. Seu objetivo, segundo o coordenador do Cepedes/Fiocruz e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Carlos Machado de Freitas, é organizar e disponibilizar o conhecimento produzido no Brasil e na América Latina acerca do tema saúde pública e desastres.

“Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), dentre as 11 funções essenciais da Saúde Pública, a 11ª é sobre a redução do impacto das emergências e desastres em saúde. Dessa forma,traduzimos o site da Opas e o adaptamos à nossa realidade. O Brasil foi o primeiro país a produzir um site específico sobre a sua realidade (antes só havia um site da Opas para toda a região das Américas). Agora, podemos contribuir com a Organização levando-a a disponibilizar informações em português. Trata-se de um ganho para nós e para a Opas”, admitiu Machado.

A página eletrônica do Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres é voltada aos profissionais e gestores da saúde, além de outros setores que trabalham com o tema, como meio ambiente, assistência social, organizações não governamentais que atuam em desastres e voluntários que lidam com o tema. O site oferece links sobre materiais, guias, manuais e textos de referência a respeito do tema saúde e desastres. Ele aborda desde o conceito geral até as formas de organização do setor, redução de riscos e as respostas do setor saúde em casos de emergência e desastres. “A inauguração nesta quarta-feira, antes do início das chuvas fortes, já é uma forma de iniciarmos uma contribuição mais ampla para a sociedade brasileira”, explicou o coordenador.

Ceped Rio de Janeiro

As iniciativas da Fiocruz no âmbito do Cepedes integram o processo de constituição do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres (Ceped) no Estado do Rio de Janeiro, com a participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração. O site foi desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) – uma das unidades da Fiocruz com longa experiência na gestão da informação e conhecimento em saúde pública.

Friday, 21 December 2012

Symantec identifica tipos mais frequentes de dados perdidos em violações cibernéticas

A Symantec acaba de lançar o seu Intelligence Report de novembro, que mostra que o número médio de identidades roubadas cresceu em 2012 e chegou ao patamar de 8.404 violações. Esse número subiu significativamente em relação ao último cálculo, realizado em agosto, quando a média do ano até a data era de 6.800 identidades por violação.

Informações pessoais, como nome, são o maior alvo das violações, com 55 por cento, enquanto informações financeiras somam apenas 13 por cento – o que pode ser explicado pelo maior número de restrições sobre o armazenamento e confirmação deste tipo de dado.

O risco envolvido e a frequência com que ocorrem posicionam as violações de dados como um dos principais problemas de segurança de 2012:


1. Nomes próprios
2. Usuários e Senhas
3. Números de identificação registrados pelo governo
4. Endereços de e-mail
5. Datas de aniversário
6. Endereços residenciais
7. Registros médicos
8. Números de telefone
9. Informação financeira
10. Informação de seguro

Os números representam uma nova estratégia entre os hackers, que usam a informação pessoal como primeira oportunidade para confirmar e recolher informações adicionais. Eles trabalham uma “corrente de dados”, esperando obter algo mais relevante. Há também casos em que as informações pessoais são usadas ilegalmente em redes sociais, por exemplo.

O relatório também mostra as atividades de spam com o início da temporada de festas. As mensagens encorajam a compra de produtos no varejo e têm se tornado norma nos últimos anos. Há um aumento de 21 por cento no número de spam com arquivos com 10kb ou mais, número que tanto pode ser peso do design das peças, como malware associado às mensagens.

O número de spam no Brasil ficou quatro por cento abaixo do volume mundial, mas subiu de 69,8 por cento em outubro para 72,9 por cento em novembro.

O Intelligence Report de Novembro também destaca:

* Spam – 68,8 por cento – crescimento de 4 por cento em relação a outubro;
* Categorias mais comuns de spam: sexo/encontros (58,72 por cento), fármacos (14,71 por cento), relógios (12,69 por cento);
* Phishing – um in 445,1 e-mails – decréscimo de 0,124 por cento em relação a outubro;
* Malware – um in 255,8 e-mails – decréscimo 0,05 por cento em relação a outubro;
* Websites maliciosos – 933 endereços bloqueados por dia – crescimento de 19,7 por cento em relação a outubro.

Wednesday, 19 December 2012

TST determina à Oi que reconheça como efetiva funcionária de call center terceirizado

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou à Brasil Telecom S/A, adquirida pela Oi, que reconheça como empregada efetiva uma operadora de teleatendimento terceirizada contratada pela empresa SPCC – São Paulo Contact Center Ltda.

Segundo o Ministro Vieira de Mello Filho, relator do recurso, a empregada trabalhava de forma subordinada, continuada e desenvolvia na empresa a mesma atividade registrada no contrato de trabalho – uma "verdadeira terceirização de mão de obra", que nos termos da Súmula 331, I, do TST é ilegal e forma vínculo diretamente com o tomador do serviço.

A empregada foi contratada pela SPCC, em junho de 2005, para prestar serviços exclusivamente à Oi. Após ser demitida em dezembro de 2006, ajuizou reclamação trabalhista pedindo o vínculo de emprego com a Oi. O juiz de primeiro grau e o Tribunal Regional da 24ª Região (MS) indeferiram o pedido. Para o Tribunal Regional, a função desempenhada por ela era acessória.

No exame do recurso na Primeira Turma, o relator afirmou que a Lei Geral das Telecomunicações (LGT) não autorizou as empresas concessionárias do setor a intermediar mão de obra, mas apenas a contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço. "Ou seja, refere-se à prestação de serviços prevista no Art. 593 do Código Civil. A contratação permitida é 'com terceiros' e não 'de terceiros'", afirmou.

Ao final, considerando que, no caso, a terceirização da empregada foi ilegal, nos termos da Súmula 331 do TST, o relator deu provimento ao seu recurso para reformar a decisão regional que lhe havia sido desfavorável e deferir-lhe o vínculo de emprego com a Oi. O voto do relator foi seguido por unanimidade. Atualmente o ministro Vieira de Mello Filho preside a Quarta Turma.

Tuesday, 18 December 2012

Teste

Segue mais um teste.

Terceirizar: pode ou não?

A terceirização é unanimidade nas empresas de telefonia. Mas uma decisão recente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deixou uma dúvida no ar: operadoras de telefonia podem ou não terceirizar os contact centers? Eu acredito que podem e devem sim, afinal a atividade-fim destas empresas é oferecer serviços de telefonia para que os usuários possam se comunicar e não atender aos usuários através de contact centers.


O TST reconheceu o vínculo empregatício de uma funcionária de uma empresa terceirizada com a operadora de telefonia, neste caso, a Claro, por entender que a operadora não podia terceirizar a sua atividade-fim, ou seja, o atendimento ao consumidor. Isso porque o TST considera que o contact center é o meio que o consumidor possui para solicitar de serviços de manutenção, sanar dúvidas e fazer reclamações, entre outros.


Em minha opinião, estas ações fazem parte do serviço de atendimento ao consumidor, que deve ser oferecido pela operadora de telefonia, mas não é o core business da empresa. Este foi um caso pontual, mas que trouxe dúvidas e deixou uma brecha para que outros funcionários busquem os mesmos direitos.


Diversas situações precisam ser analisadas e repensadas para evitar problemas futuros. Em primeiro lugar, a legislação vigente tem que ser avaliada e deve ser feita a definição correta de qual é a atividade-fim destas empresas. Acredito que isso precisa ser estudado e as leis atualizadas para evitar interpretações duvidosas.


O mercado de terceirização de contact center também precisa ser estudado. Este é um dos setores que mais cresce no Brasil. De acordo com dados do Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark) são cerca de 1,4 milhão de operadores em todo o Brasil e 550 mil só em empresas terceirizadas. Outro dado interessante é que 45% dos operadores trabalham com serviço de atendimento ao cliente (SAC).


Este é um dos setores que mais gera emprego no País e proibir a terceirização com certeza traria muitas perdas. Tanto para os trabalhadores, que ficariam sem os seus empregos, quanto para as empresas, que teriam maior dificuldade para atender a demanda que temos hoje sem a terceirização. Sem contar o impacto econômico que isto tudo acarretaria para o País.

Acredito que a melhoria na qualidade dos contact centers terceirizados seria o início da solução. Com melhores condições de trabalho os operadores não se sentiriam lesados e não teriam motivo para mover ações contra as empresas. E se o atendimento oferecido ao consumidor fosse eficiente, as operadoras de telefonia ou qualquer outra empresa com serviços terceirizados ganhariam muito mais.

Investir em sistemas unificados, o que torna o atendimento mais eficaz e melhora a experiência do consumidor, além de diminuir o estresse do operador, é um passo importantíssimo. Também vale a pena oferecer um ambiente de trabalho adequado, com cadeiras ergonômicas, e oferecer outros benefícios que diminuam o estresse e tornem o local mais aconchegante e agradável.

Acredito que existem alternativas para melhorar o dia a dia dos profissionais e o atendimento ao consumidor sem precisar acabar com a terceirização. Como em qualquer situação, o ideal é ter bom senso para chegar a um acordo que seja benéfico para todos: operadores, terceirizadas e operadoras.

Carlos Carlucci, country manager da Vocalcom Brasil

Monday, 17 December 2012

Google oferece Wi-fi gratuito em 150 bares brasileiros

A partir do próximo sábado, 15, 150 bares espalhados em sete cidades das regiões Sul e Sudeste do Brasil terão uma novidade: internet sem fio de graça, em alta velocidade. É o projeto 'Free WiFi', que pretende levar a rede para mais de 2 milhões de usuários nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP).

A iniciativa, criada pelo Google em parceria com a Enox On-Life Media, terá duração de 90 dias e será realizada em diversos bares, como Eu, Tu, Eles (SP), Bar Brahma (SP), São Bento (SP), Rota 66 (RJ), Azeitona & Cia (RJ), Cervejaria Devassa (MG), Amarelim Savassi (MG), Taj Bar (PR), Boteco Santi (PR), Sunset Bar (SC), Guacamole (SC), Boteco Imperial (RS), Boteco Natalício (RS), entre outros.

“Sabemos que os brasileiros estão utilizando cada vez mais seus telefones e tablets. Só para ter ideia, o número de pessoas com smartphone no Brasil é maior do que na Alemanha, França e Austrália, sendo que a maioria utilizam seus dispositivos todo dia, para ler notícias, assistir a vídeos e se conectar aos amigos” comenta Maia Mau, gerente de marketing do Google Brasil. “Através deste projeto, temos certeza que os brasileiros conseguirão curtir melhor seus amigos quando estiverem no bar, além de criar e registrar lembranças de momentos descontraídos”.

O usuário poderá visualizar em quais bares o projeto está disponível através do site oficial, onde um mapa sinalizará os estabelecimentos participantes.

Wednesday, 12 December 2012

Os quatro pilares que geram valor e atualizam o negócio

A administração dos processos de negócio é atualmente uma capacidade chave nas empresas. Os processos de negócio devem se atualizar, se tornar mais eficientes e evoluir constantemente para garantir o diferencial competitivo da empresa no mercado.

Para atingir esse objetivo, a implementação de um Escritório de Transformação de Processos (BPTO, em inglês) é responsável pela implementação e melhoria continua dos processos de negócio. A BPTO se baseia em quatro pilares fundamentais que juntos se tornam o principal diferenciador dessa entidade contra outras organizações tradicionais em empresas, como Escritório de Projetos ou Escritório de Organização e Métodos.

Esses são:


Administração de Valor.- orientado a identificar onde estão as áreas de geração de valor da companhia e, uma vez feito esse análise, conseguir monitorar os resultados obtidos com a melhoria.

Administração de Processos de Negócio.- focado num processo eficiente de análise, definição, implementação e controle de processo. Engloba desde componentes de modelagem e documentação dos processos de negócio, até ferramentas sofisticadas de monitoração e medição de processos, assim como metodologias de análise e reengenharia.

Administração da Mudança das Pessoas.- se analisam os componentes mais soft do negócio. Quando a nova forma de operar estiver definida –mediante os pilares anteriores– é necessário conseguir com que as pessoas adotem a mudança e estejam capacitadas para executá-la. Identificar quais são as possíveis resistências à mudança, interesses dos diferentes grupos de stakeholders, necessidades de treinamento, falta de conhecimento das iniciativas e atuar de acordo com o objetivo de acelerar o máximo possível a adoção dos novos processos.

Administração de Programas de Projetos.- é vital para garantir que as iniciativas sugeridas sejam implementadas em tempo hábil. Isso requer planejamento adequado e ter metodologias que efetivamente gerenciem o portfólio de projetos que um Escritório de Transformação tem. É o pilar que garante que as iniciativas sejam implementadas de forma eficiente e em conformidade com os objetivos de transformação definidos.

É importante ressaltar que nem todos os Escritórios de Transformação são iguais. Suas funções, tamanho e complexidade varia de acordo com as necessidades dos clientes. O que muitas vezes acontece é que os diferentes componentes deste escritório já existem em uma empresa, mas de forma isolada e em muitos departamentos diferentes. A melhor estratégia é reunir os quatro componentes numa área da empresa para melhorar a eficácia dos processos de transformação.

Além disso, as pessoas responsáveis por esses pilares devem compreender a estratégia de negócio da empresa, de modo que esteja sempre acompanhada de soluções de melhoria, tecnológica ou de processos, para implementar. Não se pode dar valor aos processos da empresa, sem antes entender o negócio e a estratégia que está sendo implementada, que define prioridades para a ação da BPTO.

Muitas vezes a implementação inicial do Escritório de Transformação está associada com grandes projetos de melhoria de operações internas. Deve-se promover a experiência e metodologia para a comissão e implementação de processos de trabalho ao alcance do Escritório de Transformação. Nesses casos, há um acompanhamento constante do cliente para estes projetos, que pode durar entre um e dois anos, normalmente.

Em outros casos, há uma abordagem de implementação gradual procurando obter quick hits dentro da organização permitindo que a iniciativa cresça. Nestes casos são selecionadas áreas onde a implementação dos quatro pilares adicione valor rapidamente, para logo expandir o escopo do escritório para cobrir outras frentes. Nossa participação como empresa pode ser intensiva ou mais orientada ao coaching dos recursos internos alocados para o escritório.

Através do Escritório de Transformação, a organização pode enfrentar seus desafios e necessidades, ao mesmo tempo que gera o valor extra, atuando como diferencial frente a concorrência. Independentemente da estratégia de implementação, é fundamental que o Escritório demonstre rapidamente sua contribuição de valor para a empresa. O seu sucesso torna-se o motor da evolução e melhoria contínua.

Geralmente grandes empresas em todo o mundo tem implantado Escritórios de Transformação além de usar ou não o mesmo nome internamente. Através dele, as empresas líderes da indústria, empresas farmacêuticas, de consumo massivo, e financeiras entre outras, podem reinventar e melhorar seus processos de negócio e gerar diferencial valioso frente aos seus concorrentes.

Na América Latina, esse modelo já está há muitos anos operando, apesar de serem relativamente poucas empresas locais que implementam o conceito claramente. Graças aos avanços tecnológicos na região, hoje o continente está em uma posição privilegiada para a rápida adoção de mudanças nos processos de negócios, muitas vezes em melhor forma do que os países desenvolvidos, que têm que conviver com soluções que foram superadas pelo avanço tecnológico.

Esta situação faz com que seja fundamental para as empresas compreender como essas tecnologias podem melhorar suas operações e como elas podem ser transformadas em um diferencial no mercado. Esta revolução digital permite formas inovadoras de atingir o cliente e produzir bens e serviços, e o Escritório de Transformação desempenha um papel decisivo nesta inovação.

Por exemplo, hoje é possível processar milhões de registros em segundos através de soluções de processamento em memória. Existem vários processos que podem ser revolucionados, isto é, por esta solução rapidamente habilitá-lo nas soluções de cloud computing que automatizam os processos de RH até CRM para gerar comunidades internas ou externas através de soluções de Social Business, ou mobilizar os processos de negócio nos smartphones dos funcionários.

O Escritório de Transformação é a ponte que transforma estas novas oportunidades em valor para a empresa. Esta empresa conhece os processos de negócios atuais e suas áreas de oportunidade, e compreende as tecnologias existentes e suas possibilidades.

Analisando o valor potencialmente gerado, tem a capacidade para implementar a transformação, tanto em processos como indivíduos. Em última análise, garante a execução da estratégia de negócios da organização e a prepara para se renovar constantemente de forma eficiente.

Santiago De Urquiza, diretor sênior do Grupo ASSA

Setor de petróleo e gás deve ser precursor do big data no Brasil, prevê executivo

Apesar da expansão sem precedentes do universo digital, devido às enormes quantidades de dados gerados diariamente, apenas 0,5% desses dados no mundo está sendo analisado. Isto é que o aponta o estudo “Big Data, Maiores Sombras Digitais e Maior Crescimento no Extremo Oriente”, realizado pela IDC, exclusivamente para a EMC, fabricante de software e equipamentos para armazenamento de dados.

O relatório da consultoria observa que a proliferação de dispositivos, como PCs e smartphones em todo o mundo, o aumento do acesso à internet nos mercados emergentes e o aumento em dados de máquinas, tais como câmeras de vigilância ou medidores inteligentes, têm contribuído para a duplicação do universo digital nos últimos dois anos — para um montante de 2,8 zetabytes. A IDC projeta, porém, que o universo digital chegará a 40 zetabytes em 2020, valor que excede cerca de 14% as previsões anteriores.

O estudo alerta que grande quantidade de dados úteis está se perdendo. Segundo a IDC, a promessa do big data está dentro da extração de valor de grandes e inexplorados volumes de dados. No entanto, a maioria dos novos dados é largamente baseada em arquivos não marcados e em dados não estruturados, o que significa que pouco se sabe sobre o assunto. Neste ano, 23% (643 exabytes) do universo digital seria útil para o big data, se marcados e analisados.

No entanto, atualmente apenas 3% dos dados potencialmente úteis estão marcados, e menos ainda são analisados.


Apesar desse cenário, o presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, avalia que as empresas, inclusive as brasileiras, estão começando a despertar para a importância do valor dos dados. Ele reconhece que a análise de big data ainda é incipiente no Brasil, mas observa que, aos poucos, as corporações estão começando a trazer a tecnologia “para dentro de casa”.

“No Brasil, as companhias ainda dão prioridade à velocidade de acesso aos dados, mas isso deve mudar gradualmente.”

Na avaliação de Cunha, as verticais de mercado que deverão funcionar como early adopters no país — ou seja, que sairão na frente na adoção das tecnologias de big data — serão, pela ordem, o setor de petróleo e gás, financeiro e o setor de varejo. Entre outras razões para o avanço do big data no setor de petróleo e gás, ele cita a necessidade de padrões de análise de dados que permitam extrair informações relevantes e fazer predições para exploração da camada pré sal, em águas profundas do oceano, onde acredita-se exsitam os maiores reservatórios petrolíferos do país.

Menos proteção

Outro aspecto apontado pelo relatório é que grande parte do universo digital está desprotegida. A quantidade de dados que requer proteção está crescendo mais rápido do que o próprio universo digital. A IDC constatou que menos de um terço do universo digital teve proteção de dados em 2010, mas essa proporção deverá ultrapassar 40% em 2020.

Neste ano, enquanto cerca de 35% da informação no universo digital exigiu algum tipo de proteção de dados, menos de 20% do universo digital está protegido. O nível de proteção varia conforme a região, com muito menos proteção nos mercados emergentes. Desafios como ameaças avançadas, as brechas nas habilidades de segurança e falta de aderência para garantir melhores práticas de segurança entre os consumidores e as empresas continuarão a agravar o problema.

Monday, 10 December 2012

Tributação pesada emperra evolução da telefonia móvel, aponta estudo da GSMA


Aliviar a carga tributária no setor de telecomunicações pode beneficiar a economia da América Latina. Ao menos é o que apontam dois estudos feitos pela consultoria Deloitte para a GSM Associaton (GSMA) e para a Asociaciação Iberoamericana de Centros de Pesquisa e Empresas de Telecomunicações(AHCIET).

O levantamento encomendado pela GSMA mostra que o setor de telefonia móvel contribui por ano com US$ 177 bilhões para as economias da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai, representando 3,5% do PIB da região.

No entanto, a conclusão do estudo é de que alguns países da região sofrem com a alta tributação específica para a telefonia móvel, o que ameaça o desenvolvimento contínuo do setor. “A tributação mais alta sobre o setor de telefonia móvel retarda a adoção de novos serviços, tais como os serviços móveis de banda larga 3G e M2M, e o uso de dispositivos móveis em geral”.

Já o levantamento feito em 11 países a pedido da AHCIET mostra que, além do PIB gerado por pagamentos dos consumidores por dispositivos e serviços de Tecnologia da Informação e das Comunicações (TICs), as operações de redes geram gastos em cada uma das economias latino-americanas através de investimentos das operadoras e de pagamentos ao ecossistema mais amplo. Essas atividades criam valor agregado, contribuindo com o PIB do país através de todo o ecossistema. “A tributação no setor de TICs age como uma barreira à conectividade e restringe os investimentos, um problema que se revela especialmente prejudicial para a população de baixa renda”.
Além disso, as operadoras empregam 107 mil pessoas nos nove países pesquisados no levantamento da GSMA. Se levado em conta o contingente empregado em toda a cadeia de telecomunicações móveis nestes países, o número é ainda maior: 890 mil pessoas.

A análise aponta ainda que a tributação pesada eleva o custo do acesso a telefones móveis e retarda a adoção do uso pelos consumidores. Além dos tributos sobre as atividades empresariais, as operadoras de telefonia móvel em alguns países estão sujeitas a taxas de licenciamento, imposto sobre circulação de mercadorias e outros tributos governamentais obrigatórios, como o imposto sobre a propriedade.

Apenas em 2011, as operadoras de telefonia móvel e outras organizações do ecossistema móvel na América Latina pagaram quase US$ 54 bilhões a governos federais em impostos e taxas regulamentares, um aumento de 30% em comparação aos US$ 42 bilhões pagos em 2008. O estudo da GSMA mostra que a penetração e o uso de serviços móveis no Equador e no Uruguai aumentaram expressivamente depois da eliminação de tributos específicos para a telefonia móvel em 2007 e 2008. Inversamente, no México e no Panamá, onde a tributação aumentou recentemente, a penetração e o uso se contraíram.

Friday, 7 December 2012

9 apostas para redes sociais em 2013

A 23 dias do fim do ano, a empresa E.Life libera uma lista com apostas para as redes sociais em 2013. Segundo a companhia, que monitora o ambiente digital, pequenas e médias empresas deverão investir de forma mais ostensiva nas plataformas sociais e o varejo digital estará mais integrado aos aplicativos. 

Estas e outras percepções estão listadas nas nove tendências abaixo:



1. Pequenas e médias empresas vão investir mais em redes sociais.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Deloitte em 2012, e veiculada na revista Exame, 51% das PMEs investem em soluções de CRM e mídias sociais para aumentar o volume de vendas. Acreditamos que as pequenas e médias empresas serão uma grande força para os negócios online nos próximos anos.

2. Métricas dão lugar às KPIs e redes sociais sobem na escala de prioridades das empresas.

À medida que o monitoramento de redes sociais evolui e os diretores de grandes empresas percebem que essa ferramenta não serve apenas para acompanhar a performance de campanhas, novas demandas do planejamento estratégico passam a utilizar as informações coletadas. A ideia é encontrar dados que reflitam os hábitos de consumo do consumidor e procurar compreender como estes podem ser estratégicos para os negócios. Em 2012, diversas marcas relançaram produtos, mudaram embalagens ou investiram em serviços a partir de insights obtidos em redes sociais. Com a adesão dos presidentes à agenda (última fronteira), o tema deve ser ainda mais explorado em 2013 e os impactos, por sua vez, ainda mais aprofundados sobre o planejamento estratégico e de marketing das organizações.

3. Big Data

Todo engenheiro de software conhece bem as disciplinas de “mineração” de dados e criação de datawarehouses, ministradas desde os anos 90 nos cursos superiores de computação. Este ano, graças à explosão de informações que a Internet, em particular a mídia social, proporcionou, o termo Big Data passará a ser obrigatório também em reuniões de marketing digital.  O desafio de como lidar com um volume exponencial de dados internos e externos será real em 2013. Plataformas como oTwitter poderão facilmente ultrapassar 1.000.000 de postagens mensais mencionando uma grande marca somente no Brasil. De acordo com a revista The Economist, o mundo vai produzir 34.6 Zettabytes (1 trilhão de gigabytes) em 2020, saltando dos pífios 0.13 que produziu em 2005. Outra infraestrutura de servidores, largura de banda, banco de dados e algoritmos será necessário. Disso é que se trata o “problemão” criado pelos grandes dados.

4. Segunda Tela e Social Curation

Dois estudos recentes mostram que o hábito de usar as redes sociais e a TV simultaneamente é prática recorrente no dia a dia dos telespectadores ao redor do mundo. O levantamento sobre Trending Topics realizado trimestralmente pela E.life mostra que pelo menos 46% dos termos analisados no período tinham alguma relação com o conteúdo televisivo (neste percentual são inclusos por exemplo, esportes, que são televisionados em sua grande maioria). 

Em nossa pesquisa quantitativa anual “Hábitos de uso e comportamento dos internautas brasileiros em mídias sociais 2012”, perguntamos ao internauta sobre o uso simultâneo de internet e outros meios. Como resultado, 50,6% dos respondentes afirmaram utilizar simultaneamente TV e internet, corroborando os dados observados nos TTs. Algumas marcas como Banco do Brasil e Itaú já começaram a investir no uso de hashtags nas suas propagandas na TV, como forma de aumentar o engajamento dos consumidores em redes sociais sobre a campanha televisionada. 

O engajamento aumenta de 12% a 15% em relação a campanhas que não usam ohashtag. Devemos então esperar em 2013 campanhas mais sociais usandohashtag ou outras formas de integração às redes sociais ainda no primeiro semestre.

Uma destas formas é o uso de redes sociais ou plataformas de Social TV para fazer curadoria de conteúdos da TV, como eventos televisionados (por exemplo, jogos de futebol). Imagine um aplicativo social que apontasse o mapa completo dos eventos esportivos na TV?  Estes apps devem guiar o telespectador no consumo de conteúdos da televisão.

5. Ascensão do mobile

Somos 191 milhões de brasileiros (IBGE), mas já possuímos mais de 255 milhões de celulares (Teleco). Segundo o Ipsos, em média 14% da população brasileira tem um smartphone. A participação deste aparelho tende a crescer nos próximos anos. Pelo menos, 55 milhões deles têm acesso à rede 3G (Anatel). Dispositivos móveis como smartphones e tablets respondem cada vez mais pelo acesso a redes comoFacebook e Twitter no Brasil. Estes dados não deixam dúvidas que a mobilidade (representada principalmente por estes dois equipamentos) tem um grande futuro como uma das telas da “vida” dos consumidores. Porém, é preciso entender que novas interfaces e mecânicas de comunicação devem ser definidas para dispositivos móveis. Mesmo o uso do smartphone difere bastante do uso do tablet. Uma pesquisa apontou recentemente que, enquanto os smartphones são companhias constantes, os tablets acompanham o consumidor mais no sofá ou na cama. Apesar das diferenças, conteúdos e apps para esses aparelhos continuarão como tendências em 2013.

6. Social CRM: maior participação no atendimento ao consumidor e novos formatos

Entre 1% e 3% das reclamações recebidas pelo SAC de grandes empresas que fazem atendimento em redes sociais têm como origem Facebook, Twitter e canais como o Reclame Aqui.  Este número deve beirar os 5% em 2013. O atendimento, porém, nas redes sociais deve se sofisticar com a utilização de aplicativos de atendimento, como o autoatendimento (onde o consumidor acessa um banco de perguntas e respostas mais frequentes) e o Unsourcing (onde consumidores respondem consumidores em dúvidas mais comuns em que não seja preciso acessar um banco de dados na empresa). Estas são as principais tendências da área para 2013.

7. SaaS em todo lugar

“Todo mundo na nuvem agora mesmo!” Será o grito de guerra ouvido ao redor do mundo em 2013. Se em 2012 a Amazon, a Microsoft e o Google estavam aperfeiçoando e divulgando seus serviços de cloud-base computing, em 2013 eles vão se preparar para colher dezenas de milhares de clientes no mundo todo. CEO, CFO e CTOs concluirão, ao mesmo tempo, que migrar o sofware para nuvem é muito, mas muito mais barato. Segundo dados do Gartner, 77% das companhias brasileiras vão aumentar investimentos nessa área. Mas, preparem-se para dar um passo atrás (ou vários) antes de saltar para frente: no Brasil, ainda faltam muitas soluções de software que escalem, sejam robustas e estejam preparadas para o “bicho papão” chamado big data (ver acima). Buzzmonitor.com.br e ContaAzul.com.br são exemplos nacionais bem resolvidos de SaaS que usam o estado da arte de navegadores e nuvem para tirar o máximo proveito da novidade. Mas outros, muitos outros virão.

8. Varejo social e conectado

O varejo vai aos poucos se integrando às redes sociais. Em 2013, os lojistas perceberão que check-ins no ponto de venda e programas de fidelidade baseados em redes sociais, como o adotado pelo Salvador Shopping vão contribuir bastante não apenas para atrair os consumidores ao ponto de venda, como também – e principalmente – para promover nas redes as ações mais “curtidas” ou lojas visitadas. O uso de smartphones, equipados com GPS, e a “mineração” dos likes doFacebook permitirão o desenvolvimento de aplicações muito refinadas para sugestão de compras no ponto de venda físico, assim como já existe no e-commerce.

9. Realidade Aumentada

Google Glasses foi apenas a ponta do iceberg para uma nova realidade. Enquanto os óculos de realidade aumentada do Google não “pegam” de fato, o consumidor deve esperar projeções mapeadas e realidade aumentada cada vez mais presentes no ponto de venda e em locais de grande tráfego de pessoas. O trade marketing vai começar em 2013 a incorporar estas novas tecnologias para atrair o consumidor ao estabelecimento e mantê-lo durante mais tempo neste espaço. Smartphones vão contribuir para dar mais poder ao consumidor. E shoppings centers serão o principal palco desta transformação. Aplicativos que reconhecerão embalagens e trazem mais informações sobre um produto podem diferenciá-lo no ponto de venda ou mesmo aumentar sua percepção de valor. 

Thursday, 6 December 2012

O que muda com as leis contra crimes cibernéticos? Quase nada!

No início era uma confusão. Ninguém sabia se alguns atos praticados na Internet eram crimes ou não. Por exemplo, invadir um computador de alguém e copiar dados indevidamente era crime? Alguns diziam que sim (crime de furto), já que subtraía-se um bem alheio móvel: a informação. Outros achavam que não, pois subtrair significa que o outro deixa de ter o bem móvel, e como apenas copiavam-se os dados, não havia subtração.

Outro exemplo era a violação de e-mail, que alguns achavam que era igual a violação de correspondência, enquanto outros defendiam que não, com base no princípio da tipicidade (para haver crime, tem que estar previsto o tipo).

A doutrina jurídica pacificou alguns temas, a jurisprudência outros, e um outro grande tanto ficou sem pacificação, como uma boa parte das coisas no mundo jurídico. Sempre há uma interpretação diferente pra tudo.

O tempo passou, e o judiciário não podia mais fingir não acreditar na força da internet e que crimes realmente eram praticados no mundo virtual (até então, achavam que era coisa de filme). O legislativo também começou a se movimentar e, depois de tanto tempo, saiu um projeto de lei (PL 35/2012) que finalmente foi aprovado pelas duas casas e há pouco também pela presidente Dilma Rousseff.

Mas afinal, o que muda? Quase nada! Vejamos:

1. Os crimes praticados utilizando como meio os sistemas informatizados SEMPRE foram crimes, e não há discussão sobre isso. Formar quadrilha, praticar estelionato, calúnia, injúria, e etc via Internet sempre foi contra lei. A propósito, estes crimes são, no geral, bem mais graves do que os poucos tipificados pelo projeto de lei supracitado. Ou seja, para a maioria dos crimes online, já tínhamos leis desde 1940!

2. Parte dos poucos crimes tipificados pelo PL são atos preparatórios ou de execução (iter criminis – caminho para o crime) de crimes mais graves. Neste caso, o tipo penal que o agente será enquadrado será o do crime mais grave, como um estelionato que foi executado através de uma invasão de computador, por exemplo.

3. Para o bloco de crimes definidos no art. 154-A (a maioria dos crimes), somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos. Isto quer dizer que grande parte dos crimes cometidos nem serão tratados, pois as empresas não querem expor que foram invadidas e, por isso, não representarão, para evitar prejuízos até maiores do que os causados pela invasão propriamente dita.

4. Nossa polícia ainda está pouco equipada (com exceção de alguns poucos estados) para tratar deste tipo de crime. O nosso judiciário também. Sendo assim, haverá pouco resultado, mesmo quando houver representação.

5. Continuaremos tendo problemas para aceitação e coleta de provas. Para um advogado especialista em Direito Digital, é muito fácil “eliminar” a validade de uma prova digital. Por exemplo, num crime cometido via Skype, como provar que o usuário do outro lado é ele mesmo? São apenas indícios, e em Direito Penal toda a dúvida favorece o réu.

6. No mercado fornecedor ou consumidor de segurança também não haverá qualquer mudança. O que faz as empresas consumidoras se mexerem são as normas aplicáveis à elas, com poder de cumpra-se, como SOX, PCI e HIPAA. Já o mercado fornecedor não tem nada a fazer. Ao contrário, poderíamos ter até uma queda nas vendas se realmente as leis tivessem o efeito de evitar a ação dos criminosos, o que sabemos que não acontece, ao menos aqui no Brasil, onde temos um emaranhado complexo de normas jurídicas e pouca aplicação destas.
Em suma, o cenário continua exatamente o mesmo de antes, já que as empresas precisam continuar prevenindo as invasões, as fraudes, as sabotagens e as espionagens, pois o plano de lei que aí está não trará nenhuma tranquilidade ou garantia adicional para as organizações. Duro, mas real.

Rogério Reis, vice-presidente da Arcon

Sunday, 2 December 2012

Internet pela rede elétrica terá incentivo

O fornecimento de banda larga pela rede elétrica será uma das apostas do governo para encorpar a repaginação de seu programa de expansão da internet rápida.

No começo de 2013, a administração federal apresentará o PNBL 2.0, uma repaginação do PNBL (Programa Nacional de Banda Larga), lançado em 2011 como a principal ferramenta do governo para massificar a oferta de internet veloz no país.

Segundo o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), o programa foi lançado quando a penetração da internet era baixa.

Com o objetivo de universalizar a banda larga, a nova versão do plano vai incluir novas tecnologias e exigir maiores velocidades mínimas de contratação.

Para isso, já iniciará as mudanças neste ano. Será publicado nos próximos dias o decreto com o regime tributário que desonera a infraestrutura para que as teles expandam a rede. O governo abrirá mão de R$ 7 bilhões até 2016.

Depois disso, o ministério publicará uma portaria determinando quais equipamentos de infraestrutura poderão gozar dos benefícios fiscais.

A Folha apurou que, nessa etapa, além de incluir cabos de fibra ótica e antenas, o ministério incluirá os equipamentos de "smart grids".

São medidores inteligentes de energia que permitem o corte remoto da eletricidade, a chamada tarifa branca (cobrança mais cara em horários de pico e mais barata em horários normais) e a oferta de banda larga.

"Vamos considerar os 'smart grids'", afirmou Paulo Bernardo.

A estratégia será impulsionada por uma determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), recém editada: até 2014, as elétricas deverão oferecer os novos medidores de energia aos consumidores. Excluindo os equipamentos de iluminação pública, serão trocados 69,9 milhões de aparelhos.

Na avaliação do governo, o "smart grid" será usado em regiões carentes de infraestrutura de banda larga, mas com rede elétrica, como periferias de grandes cidades e o interior do país.

"Há lugares em que podemos fazer [a conexão] com rapidez e muito mais barato se for através de medidor. Na av. Paulista, onde todo mundo tem internet, o medidor não precisa ser uma ferramenta", disse Paulo Bernardo.