Conversei já faz algum tempo com o executivo, biólogo e mestre em tecnologia de sistemas norte-americano Carlos Solari. O homem foi o encarregado do fluxo de informações da Casa Branca (Chief Information Officer) por quase três anos, justamente no período pós-11 de setembro. Depois assumiu a vice-presidência de soluções de segurança dos famosos Bell Labs. Nossa conversa ficou inédita, acabou não saindo no Info Etc. Vou começar a publicá-la aqui. Eis a primeira parte.
"Como o governo americano lidou com as situações de segurança tecnológicas depois dos atentados? Sabe-se que o 11/9 ocasionou uma forte mudança de estratégia no mercado com relação a prevenção de desastres, e a cibersegurança certamente é parte importante disto...
O ataque de 11 de setembro realmente alertou muito o governo americano e a indústria sobre como lidar com recuperação de desastres. Comecei a trabalhar na Casa Branca em setembro de 2002 e eles haviam acabado de obter as verbas para garantir que a segurança da informação continuasse íntegra mesmo em meio a uma crise como a do atentado, e garantir que sistemas de todo tipo continuassem funcionando.
A prevenção de desastres se relaciona a tudo. Por exemplo, se um prédio é inundado, tudo o que funciona nele — seu sistema de comunicação, digamos — deve ter um backup ou sistema redundante para continuar funcionando de outro lugar. Mas também significa proteger os sistemas de informação de danos intencionais ou, em alguns casos, indiretamente intencionais. Na verdade, do ponto de vista do governo, a simples conexão com a web representa um risco em caso de dados sensíveis, já que a rede é um ambiente cheio de malware, vírus, worms e assim por diante. Para mim, aliás, WWW signifca wild, wild west - Fonte Jornal O Globo.
Cade vez mais as empresas, as pessoas e os próprios orgãos estatais do Governo devem se preocupar com a crescente ameaça da REDE.
Fazendo sempre Backup de todos os principais arquivos e sistemas.
Monday, 19 March 2007
Sunday, 18 March 2007
Exclusão digital restringe oportunidades de trabalho para mais de 104 milhões de brasileiros
Rio - A exclusão digital impede que 104 milhões (80%) de brasileiros com idade superior a 10 anos alcancem melhores oportunidades de trabalho. Os números do IBGE apontam para cenário socialmente crítico, em que o universo de desconectados larga atrás na disputa por crediário, informação e cultura.
Aposentados do INSS sem acesso à Internet não recebem contracheque há mais de dois anos, quando o instituto parou de enviar o documento pelos Correios. A falta do comprovante de renda inviabiliza compras a prazo, aquisição de imóveis e investimentos. A estabilidade no funcionalismo também fica distante. Muitos concursos públicos — como o da Secretaria Estadual de Saúde, com 6.017 vagas — só aceitam inscrições pela rede mundial de computadores.
A aposentada Marly Oliveira, 67 anos, há dois não tem nenhum documento de comprovação de renda. "Não possuo computador nem sei mexer na Internet, e não acho que sou obrigada a aprender para ter meu contracheque. Assim como eu, o Brasil envelheceu sem estar preparado para o processo de informatização", protestou a aposentada, que não pôde comprar uma máquina de lavar por não apresentar o contracheque.
Moradores das regiões Norte e Nordeste são os que mais sofrem com a exclusão digital. No entanto, mesmo onde há desenvolvimento e oportunidades, a situação é das mais críticas. No Sudeste, por exemplo, somente 20,1% das pessoas com mais de 10 anos de idade navegam pela grande rede.
As perspectivas não são o consolo, pelo menos para André do Valle, professor de Segurança da Informação da Fundação Getúlio Vargas. "Não dá para ser otimista. A informatização é necessária e impossível de ser travada. Quem não acessa Internet está fora do mercado. O governo deve investir em educação convencional e digital", afirma o especialista.
Os pólos de Internet gratuita são um caminho. Telefonista, Maria José da Silva, 53 anos, aprendeu informática estudando de graça em um posto do Internet Comunitária, do estado: "Ouvia alguém falando de e-mail e não sabia o que era. Hoje, uso para transações bancárias e para me atualizar sobre concursos públicos".
CAMINHOS QUESTIONÁVEIS
As soluções oferecidas pelo Estado parecem ter surtido pouco efeito. Pesquisas apontam para o aumento do número de acessos à Internet no País, mas escondem o imenso contingente de desconectados.
Coordenador do Centro de Inclusão Digital do governo do estado, Celso Fernandes aponta o erro: "Gasta-se milhões com programas de financiamento de computadores e esquece-se do problema de dificuldade de aprendizado, que assola principalmente os idosos". Para ele, o caminho escolhido é sinal de incoerência administrativa.
"Em um país onde há milhares de pessoas morrendo de fome, dar computador ao cidadão é, no mínimo, questionável", alfinetou o executivo. Ainda segundo Fernandes, o jovem de baixa renda é o principal prejudicado pela exclusão: "Esse jovem que não tem acesso à inclusão também não terá meios para fugir da injustiça social".
Projetos gratuitos de inclusão
Os programas "Casas Brasil" e "Computador para Todos" são dois projetos do governo federal que visam à inclusão digital e se destacam pelo objetivo comum, embora atuem de formas diferentes. "O Casas Brasil atende uma parcela da população que não tem como adquirir um micro. Já o Computador para Todos é voltado para outro público, que precisa ter uma renda mínima", explica Denise Direito, representante do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
O Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) é responsável pelo Internet Comunitária, que disponibiliza laboratórios para a população em todo o estado. O projeto oferece acesso gratuito à Internet em banda larga, além de cursos de alfabetização.
"Esse tipo de curso é ótimo. Muita gente tem vontade de aprender e não pode pagar", afirmou a consultora de vendas Josy Araújo, beneficiada pelo projeto.
Fonte - Jornal O dia.
Aposentados do INSS sem acesso à Internet não recebem contracheque há mais de dois anos, quando o instituto parou de enviar o documento pelos Correios. A falta do comprovante de renda inviabiliza compras a prazo, aquisição de imóveis e investimentos. A estabilidade no funcionalismo também fica distante. Muitos concursos públicos — como o da Secretaria Estadual de Saúde, com 6.017 vagas — só aceitam inscrições pela rede mundial de computadores.
A aposentada Marly Oliveira, 67 anos, há dois não tem nenhum documento de comprovação de renda. "Não possuo computador nem sei mexer na Internet, e não acho que sou obrigada a aprender para ter meu contracheque. Assim como eu, o Brasil envelheceu sem estar preparado para o processo de informatização", protestou a aposentada, que não pôde comprar uma máquina de lavar por não apresentar o contracheque.
Moradores das regiões Norte e Nordeste são os que mais sofrem com a exclusão digital. No entanto, mesmo onde há desenvolvimento e oportunidades, a situação é das mais críticas. No Sudeste, por exemplo, somente 20,1% das pessoas com mais de 10 anos de idade navegam pela grande rede.
As perspectivas não são o consolo, pelo menos para André do Valle, professor de Segurança da Informação da Fundação Getúlio Vargas. "Não dá para ser otimista. A informatização é necessária e impossível de ser travada. Quem não acessa Internet está fora do mercado. O governo deve investir em educação convencional e digital", afirma o especialista.
Os pólos de Internet gratuita são um caminho. Telefonista, Maria José da Silva, 53 anos, aprendeu informática estudando de graça em um posto do Internet Comunitária, do estado: "Ouvia alguém falando de e-mail e não sabia o que era. Hoje, uso para transações bancárias e para me atualizar sobre concursos públicos".
CAMINHOS QUESTIONÁVEIS
As soluções oferecidas pelo Estado parecem ter surtido pouco efeito. Pesquisas apontam para o aumento do número de acessos à Internet no País, mas escondem o imenso contingente de desconectados.
Coordenador do Centro de Inclusão Digital do governo do estado, Celso Fernandes aponta o erro: "Gasta-se milhões com programas de financiamento de computadores e esquece-se do problema de dificuldade de aprendizado, que assola principalmente os idosos". Para ele, o caminho escolhido é sinal de incoerência administrativa.
"Em um país onde há milhares de pessoas morrendo de fome, dar computador ao cidadão é, no mínimo, questionável", alfinetou o executivo. Ainda segundo Fernandes, o jovem de baixa renda é o principal prejudicado pela exclusão: "Esse jovem que não tem acesso à inclusão também não terá meios para fugir da injustiça social".
Projetos gratuitos de inclusão
Os programas "Casas Brasil" e "Computador para Todos" são dois projetos do governo federal que visam à inclusão digital e se destacam pelo objetivo comum, embora atuem de formas diferentes. "O Casas Brasil atende uma parcela da população que não tem como adquirir um micro. Já o Computador para Todos é voltado para outro público, que precisa ter uma renda mínima", explica Denise Direito, representante do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
O Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) é responsável pelo Internet Comunitária, que disponibiliza laboratórios para a população em todo o estado. O projeto oferece acesso gratuito à Internet em banda larga, além de cursos de alfabetização.
"Esse tipo de curso é ótimo. Muita gente tem vontade de aprender e não pode pagar", afirmou a consultora de vendas Josy Araújo, beneficiada pelo projeto.
Fonte - Jornal O dia.
Thursday, 15 March 2007
Windows Vista
WINDOWS VISTA contém dispositivos anti-cópiaWindows Vista, o último sistema operativo da Microsoft, vem carregado desistemas de protecção anti-cópia e de bloqueio de conteúdos por pressões de entidades como a congénere da SPA americana e outras, supostamente paracombater a pirataria.Estes sistemas estão integrados na programação básica do sistema, pelo quesão muito difíceis de cancelar ou contornar. O resultado é que, se instalas o Windows Vista ou compras um computador queo traga pré-instalado, já não poderás ver ou gravar vídeos nem ouvir ougravar música descarregada da Internet.O mais grave é que, em muitos casos, tão pouco poderás fazê-lo mesmo quetenhas comprado legalmente o conteúdo, porque o DRM (sistema de protecçãode direitos de autor) integrado não permite, por exemplo, que possas copiar uma canção de um CD (comprado legalmente) para o teu leitor de MP3.Nem que possas gravar uma compilação de canções (compradas legalmente) parao leitor de CD's do teu carro.E, frequentemente, nem sequer poderás reproduzir um filme (comprado legalmente) no teu computador ou em qualquer outro meio que não seja umreprodutor específico autorizado pela Microsoft e pelos fabricantes deconteúdos.Se tentares fazê-lo, a reprodução será de má qualidade ou será pura e simplesmente impedida.A única solução segura para evitar estes abusos é não instalar o Vista erecusar a compra de qualquer computador que o traga pré-instalado.Continua a utilizar o XP ou considera a hipótese de mudar para um sistema operativo "livre", como o Linux.Se, como eu, consideras inaceitável este procedimento por parte daMicrosoft, reenvia este e-mail aos teus contactos.Talvez que, se a Microsoft se der conta de que não consegue vender o Vista por causa desta barbaridade, pensem melhor no assunto para a próxima vez…