A perda de dados e o tempo de inatividade não planejado dos sistemas custaram US$ 26,9 bilhões às empresas brasileiras nos últimos 12 meses, de acordo com o estudo Global Data Protection Index, encomendado à Vanson Bourne pela EMC, fornecedora de soluções de armazenamento e gerenciamento da informação. Deste total, US$ 2,8 bilhões foram com perda de dados e US$ 24,1 bilhões por interrupções dos sistemas.
O levantamento revela que, das 125 empresas brasileiras com mais de 250 empregados consultadas para a pesquisa — mundialmente foram ouvidas 3,3 mil companhias de 24 países —, 62% não confiam integralmente em sua capacidade de recuperar informações após um incidente. Além disso, embora 82% considerem a proteção de dados essencial para o sucesso da organização, 59% disseram ter sofrido perda de dados ou interrupções nos últimos 12 meses.
A pesquisa constatou também que 91% das empresas brasileiras estão desatualizadas quanto à maturidade da proteção de dados. Uma prova disso é que nenhuma das organizações do Brasil aparece na análise de maturidade como "líder" em proteção de dados — 9% são "adotantes" e 91% estão desatualizadas. Apesar disso, o país aparece em quarto lugar na análise da pontuação média da maturidade, atrás apenas do Canadá, México e EUA.
Globalmente, o estudo mostra que as empresas perderam, em média, 400% mais dados do que nos dois últimos anos — o equivalente a 24 milhões de e-mails cada uma. O prejuízo em termos mundiais atingiu US$ 1,7 trilhão. Embora, de um lado, o número de incidentes de perda de dados, no geral, esteja caindo, por outro lado, o volume de dados perdidos em um incidente está crescendo exponencialmente.
O EMC Global Data Protection Index mostra que 59% das empresas pesquisadas passaram por perda de dados ou tempo de inatividade nos últimos 12 meses. Na média, as empresas tiveram 17 horas — mais de dois dias de trabalho — de tempo de inatividade inesperado nos últimos 12 meses. Outras consequências comerciais das interrupções foram perda de receita (28%) e atrasos no desenvolvimento de produtos (42%).
A pesquisa aponta ainda que tendências tecnológicas como big data, dispositivos móveis e nuvem híbrida criam novos desafios à proteção de dados. O dado preocupante é que 61% das empresas não têm planos de recuperação de desastres para nenhum desses ambientes e somente 4% têm algum plano. Na prática, 55% classificaram big data, dispositivos móveis e a nuvem híbrida como "difíceis" de proteger. Com 34% de todos os dados principais localizados em alguma forma de armazenamento na nuvem, isso pode resultar em uma perda substancial.
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