Wednesday, 26 November 2014

Relatório mostra aumento de ataques nas indústrias Química, Manufatura e Mineração na América Latina

Como comparação, enquanto o número de alertas de APT mundial para Química/Manufatura/Mineração não chegou a dez mil, na América Latina atingiu quase 35 mil. O comportamento desproporcional pode ser explicado pela grande importância dos setores na região. Em 2012, as minas da América Latina foram responsáveis por 22%, 20% e 46% das saídas totais de minério de ferro, ouro e cobre do mundo, respectivamente.

"A América Latina é um alvo importante para hackers que tentam obter informações sobre tecnologias proprietárias, processos e valores que possam oferecer vantagens em transações comerciais", diz Robert Freeman, diretor sênior da América Latina para a FireEye. "O interesse em alvos do setor de indústrias Químicas, Manufatura e Mineração é único na América Latina, comparando com o setor de alta tecnologia que é o mais atacado entre nossos clientes do mundo todo."

O relatório foi baseado em dados reunidos em todo mundo a partir de mais de 2,7 milhões de sessões únicas de Comando e Controle (CnC). O Relatório de Ameaças Avançadas fornece informações sobre os países da América Latina monitorados pela FireEye, incluindo Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Peru e Porto Rico. Os números mostram detalhes profundos sobre os ataques cibernéticos que passaram por métodos de defesa tradicionais.

Os principais dados recolhidos pela FireEye foram:

9 famílias únicas de malware de APT

32.339 sessões de Comando e Controle (CnC) únicas

11 países hospedando infraestrutura de CnC

16 verticais industriais afetados

Os verticais mais atacados na América Latina foram (porcentagem dos ataques totais na região):

34% Produtos Químicos/Manufatura/Mineração

14% Serviços/Consultoria/Revenda de Valor Agregado

12% Governo: Estadual e Local

12% Serviços Financeiros

Cibercriminosos com motivação financeira também se aproveitaram de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, para realizar fraudes visando informações pessoais ou financeiras das pessoas. O cenário esperado para as Olimpíadas de 2016 não é diferente.

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