Faz apenas alguns anos que a palavra cloud computing ou sua tradução computação em nuvem vem sendo proferida por aí. Apesar de ser um serviço jovem, já está próximo (e alguns já o consideram) de virar commodities.
Para quem entende de tecnologia, mas não está acostumado com o linguajar econômico, explico: o termo commodities é utilizado para designar bens e/ou serviços para os quais existe procura sem atender à diferenciação de qualidade do produto no conjunto dos mercados e entre vários fornecedores ou marcas. Alguns exemplos são: café, energia elétrica ou soja.
Os produtos cloud têm muitos fornecedores, muitas vezes é difícil notar diferença de qualidade entre os serviços e o preço tende a se comportar variando com a oferta e a demanda. Notamos, inclusive, com o aumento da oferta uma queda considerável de preço desses serviços.
É claro que você e a sua empresa terão muitas vantagens nesse cenário e a principal delas é que você irá pagar cada vez menos por serviços básicos como armazenamento e backup de arquivos.
É preciso notar, no entanto, que o termo computação em nuvem é muito amplo, na verdade quase um conceito teórico. Na prática, o que o consumidor adquire são serviços de armazenamento, servidores, plataformas e que nem todos esses casos podem ser analisados sem diferenciação, principalmente no mundo corporativo.
Ao comprar um software na nuvem para sua empresa, por exemplo, é preciso analisar sua elasticidade para entender se sua adoção será vantajosa e isso implica em uma análise onde muito está em jogo sendo preço, inclusive, uma variável menos importante que a escalabilidade, possibilidade de adequação ao seu negócio e acima de tudo o suporte prestado. Pois adquirir um sistema de gerenciamento é na verdade uma decisão totalmente estratégica na qual você transfere parte da responsabilidade e, às vezes, até mesmo da operação para uma terceira empresa.
Para o gestor fica o desafio de tirar vantagem das quedas de preço sem abrir mão da qualidade somando o melhor da tecnologia a um serviço de qualidade para ganhar eficiência e cortar custos sem entrar numa fria.
Luan Gabellini, sócio fundador da BetaLabs
No comments:
Post a Comment
Digite seu comentario