Wednesday 5 September 2007

Banda larga: internet veloz no Brasil é quase 400 vezes mais cara do que no Japão

RIO - Os preços que os brasileiros pagam pelos serviços de banda larga (acesso veloz à internet) são muito mais altos do que os custos pagos por usuários da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, podendo chegar em alguns casos a quase 400 vezes o valor cobrado no exterior. Foi o que constatou um levantamento realizado pela da Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), divulgado nesta terça-feira.
Segundo a associação - que calculou os preços do megabyte por segundo (Mbps) -, o custo dos serviços de internet em banda larga em Manaus, por exemplo, chega a R$ 716,50 mensais por um plano de conexão com velocidade de 1 Mbps, ou 395 vezes mais caro do que os serviços da mesma velocidade disponibilizados a usuários no Japão.
De acordo com a TelComp, o custo do Mbps comercializado pela operadora italiana Tiscali é o equivalente a R$ 4,32 ao mês, enquanto na França, a operadora de telefonia Orange cobra o equivalente a R$ 5,02 pela mesma velocidade. Já nos Estados Unidos os usuários pagam ao grupo Time Warner o equivalente a R$ 12,75, enquanto os internautas japoneses podem adquirir internet em banda larga do Yahoo por R$ 1,81 (serviço de 1 Mbps).
No Brasil, a a TelComp levantou os preços das operadoras de telefonia e de cabos Telefônica, NET, Brasil Telecom e Oi em diferentes capitais. Em São Paulo, os serviços variam de R$ 39,95 por uma conexão mensal de 1 Mbps até R$ 159,80 por mês. Em Brasília, o custo mensal de uma conexão de 1 Mbps chega a R$ 239,90.
Os valores do levantamento foram pesquisados pela TelComp nos próprios sites das operadoras em julho deste ano. Para Luis Cuza, presidente executivo da TelComp, o alto custo pode ser uma conseqüência da inoperância do setor público em cumprir o que está previsto na Lei Geral de Telecomunicações (Lei n° 9.472/97).
- O governo federal, por meio das agências reguladoras, deve implementar as ferramentas de competição já previstas em Lei e Decreto e atuar de forma mais firme nas questões de fusões e aquisições dos players do mercado. A concorrência propicia melhores preços e serviços. É necessário criar mecanismos que promovam esse movimento e, desta forma, o Brasil contará com serviços de qualidade e com custos mais acessíveis - apontou o executivo, em comunicado.

Fonte :O Globo Online

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