Monday 12 November 2007

Reunião mundial no Rio debate web mais segura e democrática

O Brasil será sede nesta semana do segundo Fórum de Governança da Internet, recebendo no Rio de Janeiro dois mil representantes de cerca de 70 países que discutirão como tornar a rede mundial de computadores mais democrática, segura e barata. O evento começa nesta segunda e vai até dia 15.

O fórum foi criado a partir da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Tunísia, em 2005. A intenção é discutir novos modelos de organização da internet que atualmente tem seus endereços distribuídos por uma entidade norte-americana, vinculada ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a Icann (Internet Corporation for Assigned Name and Numbers).

A entidade é alvo de críticas pelo vínculo com o governo dos Estados Unidos e pelo desejo dos países em participar mais da infra-estrutura que sustenta a web.

Segundo o diretor administrativo do NIC.br, braço executivo do Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI), professor Hartmut Richard Glaser, 10 dos 13 computadores que armazenam em tempo real informações que conectam internautas aos sites da web estão nos Estados Unidos, numa ameaça à segurança dos endereços da rede em caso de ataques ou incidentes.

"Existe uma tendência dos norte-americanos em flexibilizar seu papel na internet. Eles estão começando a perceber que podem comprar o modelo de múltiplos interessados na governança da internet", disse Glaser à Reuters. "Se tiver governo, que existam mais governos participando da internet ou nenhum governo", defendeu.

O fórum consumirá investimentos de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões que serão aplicados pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, afirmou o professor. O CGI é uma entidade composta por membros do governo, do setor empresarial e da comunidade acadêmica do país.

O fórum que acontecerá no Rio de Janeiro, será seguido ainda por outros dois encontros: Índia em 2008 e Egito em 2009. A primeira edição foi realizada em Atenas, no ano passado.

Fonte: Reuters

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