O imenso e diversificado território brasileiro torna difícil e onerosa a ação de governá-lo. A população, embora grande em termos absolutos, ainda é pequena para o espaço físico que tem de ocupar e está desigualmente distribuída no País. Além disso, esta mesma população apresenta descontinuidade em suas características físicas e culturais, não tendo – pelas condições em que vive – resistência necessária para enfrentar a presença crônica de doenças, por exemplo.
É no verão, época mais quente e chuvosa do ano, que acontecem os grandes problemas para as prefeituras e governos. Prova disso é que, nos últimos anos, acompanhamos tragédias ocorridas em várias cidades do País, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Fortaleza. Esses acontecimentos estão ligados diretamente às mudanças climáticas advindas da ação do homem e do crescimento urbano não planejado.
Diante desse contexto, o maior desafio das prefeituras nesse período tem sido gerenciar situações recorrentes como fortes chuvas que causam enchentes, inundações e deslizamentos de terra em encostas e picos – que, por sua vez, atingem milhares de pessoas em situações de emergência. E, para solucionar situações como essas, é fundamental um trabalho em conjunto entre secretarias, empresas privadas e a própria população colaborando nos resgates e na reconstrução de desastres. Indo mais além, todas as secretarias municipais e estaduais acabam se envolvendo nos problemas causados pela falta de planejamento e pela ausência de uma política pública estruturada relacionada ao crescimento urbano.
O mais agravante é que já faz mais de dez anos ouvimos falar dos acidentes naturais nas épocas de verão e não sabemos o motivo pelo qual ainda sofremos tanto com estas consequências naturais. Usando os recursos tecnológicos e a inteligência geográfica, por exemplo, os gestores municipais conseguem mapear as áreas de risco criando sistemas inteligentes que avisam e antecipam à população sobre quando e onde esses episódios podem ocorrer. Ou seja, é uma aplicação preventiva, a qual é comprovadamente mais eficiente do que a aplicação corretiva.
Os Sistemas de Informações Geográficas são uma excelente alternativa para os tomadores de decisão pelo fato de gerarem um panorama preciso e, principalmente, em tempo real sobre determinada situação de risco para a municipalidade.
O sistema funciona como um armazenamento de dados que envia informações sobre: índices de chuva, pontos ou bairros da cidade onde chove com mais intensidade, pontos de onde são realizados chamados para corpo de bombeiros ou centrais de policia e de urgência, entre outras. Tudo isso possibilitando determinar ações a serem executadas, além de onde e quando essas ações ocorrerão.
Ou seja, se mudarmos o foco da gestão e passarmos a executar ações preventivas (em vez de ações corretivas) com o uso dos Sistemas de Informações Geográficas, é possível assegurar aos cidadãos serviços de qualidade, segurança e moradia, os quais são itens primordiais sob a responsabilidade dos gestores públicos.
Humberto Figliuolo, líder de Marketing para Governo Municipal da Imagem
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