Rio - A tecnologia vem proporcionando avanços acelerados em áreas como educação e saúde, mas muitas das conquistas não têm chegado a bairros afastados dos centros das cidades ou a zonas rurais do País pela falta de acesso à Internet de banda larga. Nos chamados ‘desertos digitais’, o ensino ou o diagnóstico a distância não chegaram. Para universalizar o acesso, congressistas já debatem leis que transformem a conexão rápida em serviço público.
Conforme foto abaixo :
Na rede pública de ensino, estão surgindo duas categorias de alunos: os com e os sem Internet. Nas escolas conectadas, estudantes fazem pesquisa na rede, elaboram conteúdo para colocar no ar e baixam programação educativa. Mas a maioria ainda está na outra categoria.
Segundo a ONG Comitê para Democratização da Informática (CDI), 40% dos municípios brasileiros nem sequer têm conexão. Como as escolas ficam espalhadas, só 10 mil das 160 mil unidades públicas têm laboratórios com Internet rápida. “A universalização da Internet não é apenas questão de inclusão social, mas também de desenvolvimento econômico. Uma cooperativa no interior do Amazonas está conseguindo exportar graças ao acesso que ganhou”, afirma a coordenadora de Projetos Sociais da ONG, Dulce Angela Quintanilha.
Até numa metrópole como o Rio, a banda larga não chegou à metade das escolas. Segundo o IplanRio, órgão de informática de prefeitura, apenas 25% de todas as unidades têm o serviço.
Obstáculos no Rio
O problema virou o maior desafio do novo secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Rubens Andrade, que pretende transformar a cidade na ‘capital do conhecimento’. Apesar dos planos ambiciosos, levar um quiosque com computador a uma praça da Zona Oeste ainda é tarefa hercúlea. “Queremos dar formação a distância para a população, mas em grande parte da cidade não temos conexão”, explica o secretário.
O IplanRio calcula que em sete meses deve começar a funcionar na cidade a Rede Comep, o que poderá interligar os 2.200 prédios da prefeitura. Todas as escolas e postos de saúde seriam beneficiados. Em Nova Iguaçu, onde escolas já dotadas com computadores ficam limitadas aos programas próprios, há projeto semelhante. A prefeitura, no entanto, também estuda a possibilidade de oferecer banda larga às casas dos moradores.
Fonte: Jornal O Dia (www.odia.com.br)
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