Wednesday 27 November 2013

Pesquisa prevê perda de privacidade, evolução do cybercrime e diversificação para novos dispositivos

Em termos de segurança da computação, o ano de 2014 será marcado por uma preocupação crescente entre os usuários sobre a perda de privacidade na Internet. Além disso, o relatório preparado pelos especialistas da ESET América Latina "Tendências em Segurança da Informação 2014", destaca a evolução do cybercrime e a diversificação dos malwares em outros dispositivos, como aspectos centrais da Segurança da Informação no próximo ano.

A partir da massificação da Internet a questão da privacidade da informação começou a adquirir maior importância para a comunidade em geral e não apenas para especialistas na área de segurança da computação das empresas.

Embora as questões relacionadas à segurança e privacidade dos dados são armazenados na Internet começaram a partir do momento em que esta tecnologia passoua ser utilizada maciçamente, o caso NSA fez com que excedesse o número de usuários que passaram a se preocupar com esta questão.

Estatísticas confirmam essas tendências, como:

*Aumento no uso do buscador DuckDuckGo, site que oferece aos usuários um maior nível de privacidade em suas buscas, permitindo uma pesquisa de conteúdo on-line mais segura, sem que as informações do usuário sejam registradas. O tráfego médio do portal aumentou significativamente após o vazamento de informações sobre os programas de vigilância da NSA, dobrando entre maio e setembro deste ano;

*Pesquisa feita pela ComRes descobriu que de um total de 10.354 entrevistados que vivem em nove países diferentes (Brasil, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Índia, Japão, Coréia do Sul e Austrália), 79% disseram estar preocupados com a sua privacidade online.

"A falta de educação online e consciência ainda é um grande obstáculo ao falar de proteção adequada as informações do usuário e privacidade na Internet. É a pessoa que decide quais as informações a publicar e o que não, portanto, também cabe a ela aumentar ou diminuir o nível de sua privacidade na Internet", disse Raphael Labaca Castro, Coordenador de Awareness & Research da ESET América Latina.

Cybercrime

Além disso, a pesquisa realizada pela equipe da ESET América Latina também mostra que as ameaças como malware continuam a ser uma das principais causas de roubo e perda de privacidade.

A quantidade de detecções, famílias e variantes para detectar códigos maliciosos desenvolvidos para sistema móvel Android continuam a crescer rapidamente. Este aumento se deve principalmente à rápida evolução tecnológica que sofreram os dispositivos móveis e a quantidade de informações que é possível armazenar e processar.

Também tem sido observada a evolução técnica de certos tipos de códigos maliciosos. A primeira categoria diz respeito às ameaças concebidas para formar botnets, isto é, as redes de computadores comprometidos (zumbis) que são manipulados por um invasor. Em segundo lugar, o malware projetado para plataformas de 64 bits, que também se tornou mais complexa nos últimos tempos. Finalmente, deve ser destacado o formato de extorsão usando malware (ransomware) como um método de obtenção de ganho financeiro tornou-se cada vez mais comum na América Latina, deixando de ser uma técnica que é aplicada quase exclusivamente em países como a Rússia e os Estados Unidos.

Diversificação de malware: a informatização de todos os tipos de dispositivos eletrônicos

A evolução da tecnologia também tem mostrado a diversificação de dispositivos "não-tradicionais" usando o sistema operacional Android. Ao longo destas linhas, produtos como as Smart TV, carros, tudo relacionado a casas inteligentes (sistemas de iluminação inteligentes, geladeiras, câmeras IP), consoles de videogame, entre outros, já estão disponíveis em alguns países. Enquanto na América Latina e em outras regiões este tipo de tecnologia não está massificada, é provável que as ameaças apareçam no futuro nesses países. Esta probabilidade aumenta quando se considera que o sistema operacional destes dispositivos é Android, algo que, tecnicamente, facilita o desenvolvimento de códigos maliciosos e outras ameaças.

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