Thursday 10 January 2013

Em cinco anos, São Paulo pode perder 10% das empresas de contact center

O estado de São Paulo corre o risco de perder 10% das empresas de contact center nos próximos cinco anos, devido principalmente a incentivos fiscais de outras regiões e a problemas relativos à infraestrutura da capital paulista, como a demora no deslocamento do funcionário para o local de trabalho. O alerta é do Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark).

Atualmente, o estado de São Paulo congrega 59,5% das empresas de contact center do país, mas esse índice vem registrando constante declínio. Para o diretor presidente executivo do Sintelmark, Stan Braz, os principais motivos para a evasão são os benefícios fiscais oferecidos por outras regiões, como redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) e redução ou isenção de IPTU para a instalação das companhias.

De acordo com o sindicato, alguns de seus associados já possuem ou planejam abrir filiais maiores fora de São Paulo. "Segundo esses empresários, a mudança está diretamente relacionada aos custos fiscais e de instalação”, ressalta Braz. Se confirmada a migração, São Paulo perdará de 35 mil postos de trabalho nos próximos cinco anos — hoje as empresas do setor empregam cerca de 350 mil pessoas no estado.

O Sintelmark observa, porém, que as companhias do setor admitem a vantagem de as grandes metrópoles serem próximas à sede de seus clientes. Isso garante maior estrutura urbana e maior rapidez no treinamento de mão de obra. Por isso, sugere a criação de polos de incentivo fiscal nas zonas Sul e Leste da capital, locais onde se concentram 60% dos trabalhadores de contact center, para reter empresas na região metropolitana.

"Os governos municipal e estadual poderiam criar incentivos para que as empresas tenham condições de estruturar sites nestas localidades, fazendo com que o operador trabalhe, estude e more na mesma região, sem enfrentar horas de trânsito e gargalos na infraestrutura de tráfego, ganhando ao final qualidade de vida, diminuição do absenteísmo e maior qualidade no serviço prestado", explica Braz.

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