Monday 8 February 2010

Operadoras restringem velocidade de internautas com tráfego pesado de dados

Apenas 3% dos clientes da AT&T respondem por 40% do tráfego de dados na rede móvel da empresa. O uso de aplicações pesadas, como serviços de vídeo, tem exigido demais da rede, causando lentidão em grandes mercados. Diante disso, a companhia sinalizou que pretende modificar a tarifação de modo a cobrar mais de usuários pesados de dados. A Verizon remou na onda e também planeja aumentar tarifas para usuários glutões de tráfego. Será que essa moda vai pegar aqui no Brasil?

- Ao redor do mundo inteiro, os pacotes ilimitados são utilizados em demasia por uma minoria e impactam na qualidade da rede - diz Rogério Takayanagi, gerente de marketing da TIM Brasil. - O movimento da AT&T é absolutamente necessário para a melhoria da qualidade do serviço, pois os poucos usuários que utilizam muito impactam diretamente na qualidade do serviço. A TIM, por sua vez, entra nesse movimento pensando em melhorar a qualidade do serviço provida aos usuários.

No caso da TIM, os planos web ilimitados não restringem o tráfego de dados, mas consta no contrato e no material publicitário da empresa que ela reduzirá a velocidade de conexão caso o consumo exceda 1GB, sem nenhum custo adicional. A operadora também vai reformular sua oferta de banda larga móvel, repensando os planos com tráfego ilimitado, uma vez que o produto atende a um nicho pequeno de clientes e acaba sobrecarregando a rede.

Quanto à Claro, ela comercializa planos de banda larga móvel baseados em franquia de dados e de velocidade. Os planos das velocidades 600 kbps e 1 Mbps têm valor fixo mensal e o cliente não paga pelo tráfego excedente. Entretanto, para proteção da rede, quando o cliente ultrapassa a franquia de 1 GB, há a redução da velocidade para 128 kbps até a cobrança de sua próxima fatura, quando a velocidade do serviço é restabelecida para a velocidade contratada. A empresa está preparando uma aplicação de envio de alertas de SMS para seus clientes comunicando sobre o atingimento de franquias ou redução de velocidade.

A Vivo, por sua vez, tarifa os pacotes de internet pelo volume de dados contratados por mês e não por velocidade oferecida, o que garante maior transparência para o consumidor. Além disso, seu material de ponto de venda e nos variados canais de contato com o cliente comunica as taxas médias de velocidade por meio das tecnologias de transmissão que oferece, em 3G ou 2.5G.

A Vivo também comunica ao usuário, no "Termo de Adesão do Pacote Vivo Internet", a possibilidade de redução de velocidade, cujo volume mensal de tráfego de dados e a velocidade podem ser consultados em www.vivo.com.br/vivointernet3g e nos canais de atendimento. Na prática, isso significa que, ultrapassando o limite de 2GB de tráfego, o cliente continuará tendo acesso à internet, só que com menor velocidade até o fechamento da fatura do mês. Depois, a velocidade retorna aos patamares normais, dentro do limite mensal de 2GB.

Já a Oi oferece planos de dados de 30 mega, 200 mega, 2 giga e 10 giga, não trabalhando com planos ilimitados de dados para Oi Móvel. A operadora diz que o plano de 10 giga é ideal para usuários de grande volume de emails (200 por dia), navegação na internet, localização por mapas, vídeos, download de músicas, uso do celular como modem etc.

Além disso, oferece banda larga fixa com velocidade de acesso à rede de até 100 megas, dependendo da região do Brasil. A Oi acredita que as velocidades de 14 e 20 megas satisfaçam às necessidades dos clientes residenciais que desejem mais banda.

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