Brasil tem a 5ª banda larga mais cara em uma lista com 15 países e o serviço de internet rápida está presente em menos da metade dos municípios do país. Os resultados fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado à Presidência da República.
Os dados se referem ao terceiro trimestre de 2009 e indicam que a baixa densidade do serviço se deve principalmente ao preço cobrado pelas prestadoras, considerado caro pelo órgão – isso acontece pelo baixo nível de competição entre as empresas, impostos caros e baixa renda da população.
Em Estados como Amapá e Roraima a internet em alta velocidade é inexistente. No Amazonas, Maranhão, Pará e Piauí menos de 5% dos municípios têm essa facilidade.
O oposto é verificado no Sul e Sudeste. O Paraná tem 93,2% cobertos por banda larga, índice semelhante ao Rio de Janeiro (90,2%) e Santa Catarina (95,2%). São Paulo chega a 70,1%. No Centro-oeste o destaque é o Mato Grosso do Sul (98,7%) e Distrito Federal (100%).
O Ipea destaca a forte concentração do mercado nas mãos da empresa líder em cada município. Em cerca de 86% dos municípios que possuem uma empresa dominante, tal companhia presta serviço para em oito em cada dez clientes.
A banda larga chega a todos os 14 municípios do país que têm mais de 1 milhão de habitantes, mas atinge 44% das cidades com até 100 mil pessoas. A explicação é que, nas grandes cidades, o custo para a instalação das infraestrutura é menor que no interior.
Comparação com outros países
O preço da banda larga no Brasil é quase cinco vezes mais alto que na França e dez vezes mais que nos Estados Unidos. Numa lista com 20 países, o Brasil saiu do primeiro lugar como a banda larga mais cara em 2008 e, no ano passado foi para 5ª posição, deixando pra trás a Argentina, índia, Chile e China.
Em 2009, o gasto médio com banda larga no Brasil custava, proporcionalmente, 4,58% da renda mensal do brasileiro. Na Rússia, o índice era de menos da metade: 1,68%. Nos países desenvolvidos, é de 0,5%, ou seja, quase dez vezes menor que no Brasil.
Em outra comparação, o Brasil tem a menor penetração de banda larga fixa em uma lista que compara a situação em 31 nações que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), entidade internacional composta por países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado.
As melhores situações são encontradas na Holanda, Dinamarca, Noruega, Suíça e
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