Foi-se o tempo em que a conexão à rede mundial de computadores era realizada apenas por um único desktop, seja em residências ou pequenos escritórios. Atualmente, os usuários de internet por meio da telefonia fixa podem compartilhar facilmente o acesso, utilizando diversos modelos de roteadores wireless disponíveis no mercado.
Porém, quando falamos de acesso à web por meio da tecnologia 3G, em que a conexão é realizada por meio do sinal de telefone celular, surge a pergunta: como compartilhar este acesso para vários computadores?
A resposta é bem simples e não muito diferente do método utilizado para compartilhamento do acesso fixo: basta utilizar um roteador específico para compor uma rede 3G.
No entanto, dois cuidados importantes devem ser tomados antes da escolha deste tipo de equipamento.
Primeiramente, verifique se o roteador é compatível com a operadora do usuário e, principalmente, com o modelo de modem 3G oferecido por ela. Alguns modelos de roteadores são compatíveis apenas com modems de um único fabricante.
Depois, escolha o modo de compartilhamento da conexão 3G entre via cabo de rede ou rede sem fio (wireless).
Se optar pelo compartilhamento cabeado, é importante checar quantas portas LAN (Local Área Network) são oferecidas pelo roteador. Se o compartilhamento ocorrer a partir da rede sem fio, observe qual é o padrão oferecido.
Existem roteadores que suportam padrões 802.11g ou 802.11n, com velocidades de 54, 108, 150 ou 300 Mbps (megabits por segundo).
Para desfrutar das velocidades máximas oferecidas pelo roteador, o computador deve ser compatível com o mesmo padrão. Por exemplo, se o roteador oferece velocidade de 150 Mbps e o computador é compatível com 54 Mbps, a navegação na Internet será realizada com a velocidade mais baixa.
Além disso, hoje em dia é comum encontrar usuários que desejam utilizar a conexão 3G como opção de redundância de acesso em ambientes nos quais existe a necessidade de conexão em tempo integral. Nestes casos, podem ser contratados um serviço de acesso fixo e outro serviço 3G, adotando um como acesso principal e outro como secundário.
Assim, caso a conexão principal falhe, todo o tráfego é direcionado automaticamente para a conexão secundária.
Para aqueles que não desejam conectar o modem ao roteador, existe também a opção de escolha por um roteador com módulo 3G integrado.
Neste caso, o usuário conecta um SIM Card (Subscriber Identity Module Card) diretamente na parte interna do roteador 3G. O processo é semelhante à conexão de chips em telefones celulares.
Modelos mais sofisticados permitem, ainda, que um aparelho de telefone analógico seja conectado ao roteador 3G.
Desta forma, é possível realizar chamadas telefônicas por meio da operadora de telefonia móvel e acessar a Internet simultaneamente. Mas, vale ressaltar que, para desfrutar desta facilidade, é necessário certificar-se de que o contrato com a operadora permite este tipo de utilização.
Outra novidade prevista para um futuro próximo é o lançamento de roteadores 3G portáteis, que garantem mobilidade total ao usuário, com a simples utilização de uma bateria integrada.
Enfim, alternativas não faltam na hora de compartilhar o acesso 3G. Porém, o usuário deve ficar atento para escolher a opção que melhor atender às suas necessidades.
* Giovani Pacífico é gerente de produtos da D-Link para a área de telecomunicações
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