Monday 30 November 2009

Banda Larga Via Satélite de Baixa Órbita

A busca de soluções para a expansão da banda larga tem sido uma constante nos agentes do mercado de telecomunicações. A dimensão dos investimentos necessários a tal expansão, sugerem a necessidade da criação de um PAC das Telecomunicações que busque:

 

  • Universalização geográfica dos serviços de telecomunicações por todo o país, onde em qualquer local deve estar permanentemente disponível telecomunicações em banda larga,
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  • Oportunidade de exercício do multilateralismo do Brasil, oferecendo oportunidade de compartilhamento de uma infra-estrutura satelital cuja cobertura pode estar disponível para 70% da população mundial, especialmente destinados a países em desenvolvimento, nas linhas do equador e dos trópicos,
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  • Mercados específicos que podem ser escolhidos para serem atendidos, desde fins de segurança, de monitoração, como também escolas e hospitais rurais, comunidades distantes, centros de produção, famílias produtoras de alimentos, cidadãos em deslocamento e usuários em geral,
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  • Substituição, alternativa ou complementação a rotas de fibras ópticas ou enlaces de rádio de alta capacidade, que concentra os investimentos geralmente em grandes aglomerados urbanos e dificulta uma cobertura geográfica mais ampla para locais de baixa demanda populacional. Soluções que se utilizam de baixas radiofrequências (450 ou 700 MHz) limitam a capacidade disponível de banda larga,
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  • Reduzir os custos individuais envolvidos na prestação do serviço, onde os investimentos podem ser diluídos entre várias entidades interessadas. Esta proposição já ocorreu com a implantação do Serviço Móvel Pessoal – SMP em todos os municípios do Brasil, onde cada licenciada construindo 25% da rede em municípios com menos de 30.000 habitantes e usufruindo 100% dela, recuperando a perda nas receitas pelo retorno a ser obtido na exploração do serviço nas grandes cidades, adicionado ao fato do Estado participar em parte dos custos, vem viabilizando todo um empreendimento.
  • O Projeto SABOR

    Buscando atingir a amplitude do acima exposto, foi criado o Projeto Sabor – PAC das Telecomunicações via Satélites de Baixa Órbita, que passamos a descrever.

    O projeto trata de utilizar as frequências disponíveis para o IMT-2000 e IMT-Advanced, padronizadas universalmente, diretamente transmitidas e recebidas por satélites circulando em baixa órbita (LEO – Low Earth Orbit) sendo acessado direta ou indiretamente por dispositivos fixos ou móveis de usuários de banda larga.

    A novidade encontra-se no fato dos satélites não necessitarem de uma subfaixa dedicada, destinada a transmitir ou receber os sinais, mas utilizar o que existe destinado e consignado nos diversos países que optaram pelo padrão mundial do IMT (International Mobile Telecommunications) especificado pela UIT (União Internacional de Telecomunicações),

    A ação inventiva decorre do fato dessas subfaixas de radiofrequências poderem ser utilizadas diretamente por usuários individuais do serviço móvel ou fixo, diretamente (contando ou não com um adaptador) ou indiretamente por meio de um reforçador ou retransmissor, uma vez que o satélite comporta-se como uma estação rádio base (ERB) utilizado nas redes de telecomunicações, cujas autorizadas ou licenciadas podem compartilhar uma determinada subfaixa de radiofrequências com quaisquer outras autorizadas ou licenciadas,

    A aplicação industrial que dela decorre permite que toda a área geográfica de cobertura do sinal satélite possa ser utilizada para telecomunicações, eliminando ou reduzindo substancialmente a carência hoje existente para que áreas geográficas sem cobertura celular possam ser adequadamente atendidas.  A possibilidade de análise pela rede da identidade do usuário, da autorizada do serviço a que ele pertence, a detecção de eventual fraudes e a adequada bilhetagem e cobrança dos valores correspondentes ao uso, resultante de processo de compartilhamento de infra-estruturas, permite que qualquer usuário, mesmo aquele visitante, pertencente a outras licenciadas de outras regiões ou países, possa ser adequadamente tratado.

    A prestação do serviço móvel e o satélite utilizam-se de várias facilidades, tais como:

    • o conceito de usuário visitante, utilizando um código provisório,
    • a possibilidade de compartilhamento de radiofrequências por várias licenciadas do serviço,
    • a possibilidade de um satélite possuir condições de cobertura com potência de sinais diferenciados,
    • a tecnologia CDMA possibilita alcances variáveis função de tráfego e potências do sinal,
    • a existência de uma determinada subfaixa pode estar disponível em qualquer lugar e passível de acesso compartilhado, mediante determinados procedimentos por quaisquer licenciadas do serviço,
    • a possibilidade de se utilizar essa subfaixa de forma flexível, discriminando a origem da licenciada, as diferentes aplicações e as diferentes formas de cobrança, direcionando o usuário como bem desejar.

    Essas facilidades combinadas permitem vislumbrar uma nova forma de atingir diversos segmentos de mercado hoje inviáveis de serem atendidos de forma economicamente viável, com as atuais aplicações no estágio de arte da tecnologia.

    A longevidade do projeto pode ser garantida tanto pelo tempo de vida útil dos satélites que permite atualização a cada ciclo de vida, como a visão de longo prazo existente na evolução tecnológica, que pode ser iniciada com W-CDMA e, em torno de cinco anos, evoluir para OFDMA, garantindo adequado atendimento a usuários e redes que migram para tecnologias mais avançadas, mas mantém compatibilidade com as anteriores.

    Nelson Mitsuo Takayanagi

    Gerente Geral de Comunicações Pessoais Terrestres da Anatel

    Saturday 28 November 2009

    Empresas escondem ataques hackers, diz FBI

    Criminosos da computação violam regularmente sistemas de segurança e roubam milhões de dólares e dados de cartões de crédito, em crimes que as companhias mantêm em segredo. A afirmação é do principal investigador de crimes de internet do FBI, Shawn Henry .

    – Dos milhares de casos que investigamos, o público só conhece um punhado. Há casos multimilionários sobre os quais as pessoas nada sabem.

    As empresas que são vítimas de crimes da computação relutam em divulgar o fato por medo de que a má publicidade prejudique sua reputação, assuste clientes e reduza lucros. Às vezes, elas nem mesmo reportam os crimes ao FBI. Em outros casos, demoram tanto que se torna difícil obter provas.

    – Enterrar a cabeça na areia em lugar de denunciar um crime significa que os bandidos continuam à solta e estão atacando novas vítimas.

    Ele diz que o problema dos crimes de computação se tornou mais grave nos três últimos anos, porque os hackers mudaram seus métodos de ataque, devido ao reforço da segurança pelas empresas. Isso acontece porque a internet vem crescendo rapidamente como ferramenta de comércio – com isso, empresas e consumidores expõem dados valiosos como planos de negócios, números de cartões de crédito, informações bancárias e números de documentos pessoais.

    Os criminosos da computação agora trocaram as grandes empresas, que reforçaram a segurança de suas redes nos últimos dez anos, por alvos de médio e pequeno porte que não têm recursos, conhecimento ou disposição de tomar medidas preventivas contra a invasão de computadores, diz o especialista.

    Lavanderia

    Um grupo que fraudou o serviço WorldPay do Royal Bank of Scotland, por exemplo, levantou mais de US$ 9 milhões (R$ 15,3 milhões). O grupo, com membros de países que incluem Estônia, Rússia e Moldávia, foi indiciado por violar dados criptografados usados pelo WorldPay, um dos principais serviços de processamento de pagamentos no mundo.

    A quadrilha foi acusada de obter dados de pagamento de cartões de débito, que permitem a funcionários de empresas sacarem salários de caixas automáticos. Mais de US$ 9 milhões foram sacados em menos de 12 horas em mais de 2.100 caixas automáticos espalhados pelo mundo, segundo dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

    Copyright Thomson Reuters 2009

    Wednesday 25 November 2009

    Marco regulatório da internet precisa de ajustes, dizem especialistas

    Apesar de muito elogiada, a criação do marco civil regulatório da internet ainda precisa de vários ajustes, segundo a opinião de especialistas que participaram nesta terça-feira, em São Paulo, de debate sobre o futuro da regulamentação da internet. Segundo eles, o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que pretendia tipificar os crimes cometidos na web, já está "sepultado", mas observaram que a proposta do Ministério da Justiça ainda precisa passar por algumas adaptações.


    O assessor da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Guilherme de Almeida, um dos responsáveis pela criação do marco regulatório, afirmou que a tentativa desta vez não é regular a internet, mas estabelecer direitos e responsabilidades dos usuários, intermediários e provedores de acesso à internet. Almeida aponta o projeto do senador Azeredo como uma forma errada de se encarar a web, já que, antes mesmo de se estabelecer direitos e deveres dos internautas e provedores, ele procurou apontar o que deveria ser considerado crime ou não.


    O assessor acredita que a integração da internet à PL 29, que a classifica na mesma categoria as operadoras de sinal de TV a cabo, ou ao artigo 222 da Constituição, que proíbe as empresas de comunicação social de ter mais de 30% de seu capital proveniente de empresa estrangeira, não dão conta da real dimensão da rede de computadores. Ele acha que o futuro das decisões democráticas, principalmente as referentes à web, é através de processos colaborativos como o marco regulatório.


    Gil Torquato, diretor corporativo do UOL, acha, porém, que o projeto do Ministério da Justiça está caminhando numa direção equivocada. Para ele, os crimes que são cometidos, ou quaisquer ações que as pessoas possam ter para prejudicar outras, nada têm a ver com o meio usado. "Em todos os lugares existem pessoas mal intencionadas, e a internet é apenas mais um meio de atuação para essas pessoas. Eu discordo de uma regulação da web e acredito que o debate deve ser expandido para possíveis mudanças na legislação."
    Torquato acredita, no entanto, que o uso das redes realmente precisa ser regulamentado.

    Ele defende que certas regras, tanto para usuários quanto para os provedores de acesso, serão fundamentais para garantir a neutralidade, a qualidade dos serviços prestados e a garantia do acesso à internet.


    Sobre a possível responsabilização dos provedores de acesso e conteúdo, o diretor geral do Terra Brasil, Paulo Castro, e o policy counsel do Google Brasil, Ivo Corrêa, compartilham a mesma opinião. Eles acreditam que isso deve ser mais bem explorado pelos internautas e receber mais atenção das autoridades.

    Referindo-se à possibilidade do armazenamento de conteúdo e logs de acesso por parte dos portais, Castro declarou que "nem sempre o que é tecnicamente viável é economica, operacional e até mesmo eticamente aceitável".

    Monday 23 November 2009

    Operadoras terão de aumentar velocidade do 3G

    O crescimento explosivo da internet móvel está obrigando a Anatel a tomar medidas para enquadrar as operadoras, que hoje não entregam aos consumidores a velocidade contratada.

    Atualmente, a agência não tem como exigir das teles, metas de qualidade da internet 3G porque não existe um regulamento específico para esse serviço. Apenas a internet pela rede fixa é fiscalizada pela Anatel.

    Isso não significa que a Anatel não monitore a internet móvel. Cada vez mais os consumidores reclamam que estão sendo lesados porque só conseguem navegar com uma velocidade satisfatória, nem mesmo com os 10% garantidos pelo contrato. Testes de velocidade apontam em aguns casos, apenas 3% da banda contratada, um absurdo!

    As novas regras devem ser definidas ainda neste ano, porém as metas não serão rígidas no início, pois a Anatel reconhece as barreiras técnicas que as operadoras enfrentam. O IDC (International Data Corporation) estima que o número de conexões móveis ultrapassará o de fixas em 2014.

    Realmente a internet móvel é uma solução excelente, desde que funcione bem, e se um dia tiver a estabilidade e velocidade de uma conexão fixa, sem dúvida irá tomar seu lugar na preferência dos consumidores.

    Friday 20 November 2009

    NIC.br, Inmetro e Anatel realizam avaliação do serviço de banda larga no Brasil

    O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e com o apoio da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), iniciou um estudo com objetivo de avaliar a qualidade dos serviços de banda larga oferecidos no País.


    As medições serão feitas com dois métodos diferentes: o primeiro contará com a colaboração dos usuários de serviços de banda larga no Brasil. Para isso, o NIC.br desenvolveu o Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha (SIMET), disponível no link: http://www.ceptro.br/Simet.

    O software é executado pelo navegador web e basta apenas autorizar sua execução e acesso à Internet, caso o sistema operacional ou firewall solicitem.


    Com estes testes via SIMET, o NIC.br espera obter uma base de comparação em relação à análise realizada com thin client e GPS e também proporcionará acesso à informação sobre a velocidade de banda larga por CEP. "Queremos contribuir para obter melhorias na Internet. Este é o compromisso do NIC.br e este estudo possibilitará avaliar a qualidade da banda larga no Brasil", afirmou Milton Kaoru, diretor de projetos do NIC.br.

    "Quanto mais usuários utilizarem esse software, com as mais variadas qualidades de conexão, melhor será o panorama sobre a qualidade do serviço prestado", ressalta.

    Velocidade real


    A outra frente de ação teve início em novembro, quando 100 equipamentos começaram a ser instalados em domicílios que se apresentaram voluntariamente de diversas localidades do Brasil. Os dados obtidos possibilitarão obter uma visão sobre possíveis diferenças entre o serviço contratado e o realmente fornecido aos usuários. Será instalado um thin client com receptor GPS, ligado a uma conexão Internet contratada especificamente para o teste, e de uso exclusivo desse equipamento. Será aferida a qualidade das operadoras/provedores com maior participação de mercado e o NIC.br arcará com as despesas da conexão.

    Investimento


    O investimento realizado para essa pesquisa com thin clients e GPS é de, aproximadamente, R$ 100 mil e os testes serão conduzidos pelo NIC.br, sem que operadoras/provedores avaliados saibam a localização dos equipamentos, a fim de proporcionar a maior idoneidade possível. Os voluntários fornecerão local físico para os equipamentos, farão sua instalação, realizarão a contratação e posterior cancelamento da conexão Internet. Não poderá ser utilizada a mesma conexão Internet já instalada na residência.

    O SIMET depende da colaboração dos usuários finais, que fazem testes apenas ocasionalmente. "A vantagem é o seu amplo alcance, visto que possibilita obter resultados de todo o país e provedores, mas não tem a precisão do thin client com GPS, pois não temos controle sobre o hardware do computador utilizado, da rede residencial e nem das aplicações que estão em execução simultaneamente com o software SIMET. A análise via SIMET e thin clients aperfeiçoará nossa coleta de dados e teremos um estudo mais completo", adiciona.


    Segundo Kaoru, a maneira como os provedores realizam o controle da banda larga para atender o serviço contratado pode ser realizada de várias formas. Sabe-se que no mercado a velocidade de banda contratada diz respeito à quantidade de bits trafegados, seja via cabo metálico, fibra ou ar. Tecnologias em geral, como ADSL, Cabo Modem, SDH, ATM, por exemplo, criam uma diferença entre a velocidade nominal e a real. "Na Internet, há uma perda adicional decorrente do protocolo utilizado. O SIMET mede a largura de banda utilizando os protocolos UDP e TCP. O UDP transmite as mensagens sem preocupar com o que possa acontecer com a mensagem na rede, enquanto o TCP atua para entregar os dados de forma confiável, sem perda de pacotes, com controle de congestionamento e fluxo.

    Observamos que o TCP tem evoluído nos últimos anos para maximizar o uso da banda larga disponível, mas sempre tem alguns bits gastos para isso que não fazem parte dos dados transportados. Portanto, os testes apenas considerarão o transporte de dados entre cliente e servidor", disse.

    Thursday 19 November 2009

    YouTube coloca o cidadão mais perto das redações jornalísticas

    O YouTube lançou na última terça feira, 17 de novembro, a plataforma Direct, que permite que usuários subam seus vídeos diretamente em sites de notícias que utilizam materiais colaborativos para reportagens de televisão. Essa ferramenta funciona como um canal de jornalismo popular, ou seja, separa o que é factual e informativo, dos milhões de uploads diários de vídeos de entretenimento.

     

    A princípio, a ferramenta está disponível para alguns jornais internacionais como o NPR (National Public Radio), Politico, San Francisco Chronicle e Huffington Post. Esses sites disponibilizam um botão que permite ao usuário o upload de um vídeo dentro da home dos veículos, e, do outro lado, os editores de conteúdo do site ficam responsáveis por aprovar os materiais para exibição, de acordo com a sua linha editorial.


    Esse processo evita falsas informações, como a que ocorreu hoje, 18 de novembro, com a principal agência de notícias da Bélgica, a Belga. Através de seu sistema de “jornalismo cidadão” chamado “I Have News” (Eu tenho notícias, ao pé da letra), um usuário divulgou a falsa informação de que a rainha Fabíola da Bélgica tinha morrido. O canal cidadão foi inaugurado no dia 16 de novembro.


    Para o YouTube, o novo recurso promete dar mais um impulso ao jornalismo feito pelo usuário, que ganhou espaço com a eleição de Barack Obama e com os protestos feitos no Irã. O maior concorrente do Direct é o iReport, da CNN, que também permite que os usuários enviem diretamente suas produções para a rede de notícias.

    Fonte: www.olhardigital.com.br

    Wednesday 18 November 2009

    Lula recebe proposta para políticas de banda larga dia 24

    O assessor especial da presidência da República e coordenador do Comitê de Inclusão Digital do governo, Cezar Alvarez, falou nesta segunda, 16, no seminário "Alternativas para o desenvolvimento da infraestrutura de acesso em banda larga", promovido pelo Ipea e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência da República.

    Alguns aspectos da fala de Alvarez chamam a atenção: a ênfase no uso da expressão massificação, e não universalização da banda larga; a ênfase na importância da parceria com as empresas privadas; a reafirmação de que a infraestrutura de fibra-óptica pertencente a estatais deverá ser usada no Plano Nacional de Banda Larga; e o estabelecimento de um fórum permanente de discussão do tema.


    Alvarez informou que na próxima terça, dia 24, às 15h30, a proposta do Plano Nacional de Banda Larga será discutida com o presidente Lula. Alguns aspectos parecem estar definidos, contudo. Segundo Alvarez, a ideia é articular, em conjunto com as empresas, a construção da infraestrutura que permitirá a massificação da banda larga.

    Ele reiterou uma percepção já manifestada durante o Painel Telebrasil de que a banda larga no Brasil é "cara, lenta, concentrada e limitada", e para corrigir esse cenário não se pode abrir mão dos 21 mil km de redes públicas de fibra óptica.

    "A rede da Eletronet será usada para isso e não para destruir mercados. É um ativo em discussão. Se será usada para a construção e manutenção dos três aneis e extensão do backbone onde o mercado não chega com a presteza e qualidade necessárias, são hipóteses que estarão disponíveis para o forum permanente com as empresas incumbents e autorizadas", disse Alvarez.


    O governo, disse Alvarez, quer colaboração e parceria com as empresas de telecomunicações, e diz que não há nenhuma resistência em discutir questões tributárias, mas ressaltou que "essa não é a única causa do preço da banda larga". O governo também sinalizou que espera disposição de compartilhamento e abertura das redes e disse que essas questões todas serão permanentemente discutidas em um fórum que terá entre os participantes empresas, o próprio governo, entidades de sociedade civil etc.

    Contrapropostas

    Apesar do discurso sensivelmente mais conciliador com relação a uma parceria com as incumbents, a tensão entre governo e grandes empresas ainda não acabou. O ponto de conflito continua sendo a falta de uma proposta clara, da parte dos empresários, com relação ao Plano Nacional de Banda Larga. Alvarez afirmou que não tem se encontrado com as grandes teles e chegou a cancelar algumas reuniões agendadas com executivos por conta de problemas de agenda. A despeito disso, o assessor provocou as teles cobrando qual seria a contrapartida aos pedidos de desoneração tributárias que as empresas desejam.


    "Toda discussão tem duas mãos; é vai e volta. Estamos dispostos a discutir a questão tributária mas, em contrapartida, o que vai ganhar a população brasileira? Não pode ser desonerar por desonerar", declarou Cezar Alvarez. Para o assessor especial, as teles precisam se posicionar e não será o governo quem irá definir onde elas se encaixarão no plano. "Elas é que têm que definir o seu próprio papel. Eu não posso definir por elas."


    Na discussão sobre carga tributária e políticas de acesso o novo fórum de debates que será criado no âmbito da implantação do plano deve ter papel estratégico. Alvarez lembrou que, da carga tributária de aproximadamente 40% que incide sobre telecomunicações, dois terços são de impostos estaduais (ICMS). Como o fórum deve contar com participantes dos estados, além de representantes da sociedade, a questão fiscal certamente será assunto neste grupo de debates. "Não há como falar em um plano de banda larga ser ter uma discussão federativa", destacou Alvarez sobre a importância que o fórum terá.


    Subsídio cruzado e discriminação de tarifas


    Uma peça do quebra-cabeças do Plano Nacional de Banda Larga é qual meio utilizar para viabilizar políticas de subsídio direto ao consumidor. "Temos que discutir a volta do subsídio cruzado. Por que todos têm que pagar o mesmo preço de um serviço se as pessoas têm situações financeiras diferentes?", comentou Alvarez, indicando um interesse do governo em agir nesse sentido.


    Ocorre que há anos prevalece uma interpretação da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) de que não seria permitida a discriminação de clientes nem que o alvo fosse favorecer a baixa renda com políticas sociais. Essa análise foi reforçada pela Casa Civil na época em que se implantava o Aice e o Ministério das Comunicações tentou encampar o Telefone Social como alternativa a este serviço. A inciativa da Minicom fracassou após a ponderação da Casa Civil sobre a LGT.

    Mas, para Alvarez, a discussão foi restrita ao caso Aice e do Telefone Social. Assim, o assessor sinalizou que a Casa Civil pode ter uma interpretação diversa quando o assunto é a diferenciação de preços da banda larga e poderá rever sua interpretação ou delibitar melhor sua visão sobre as limitações da LGT.

    Obs: Esperamos que com a Lei Geral de Telecomunicações o consumidor final tenha algum benefício, principalmente no que diz respeito a uma diminuição da carga tributária.

    Sunday 15 November 2009

    O Facebookicídio

    Quando o Orkut estourou como ferramenta de relacionamento social, muitos expuseram demais a privacidade e tardaram a notar os riscos. Acreditava-se que no Facebook, de certa forma “sucessor” do Orkut, os excessos seriam evitados. Engano. Seja por razões parecidas com as do Orkut, seja por outras específicas do Facebook, já existem na internet páginas inteiras dedicadas a orientar o “Facebookicídio”. ÉPOCA listou cinco bons motivos para apagar para sempre seu perfil.

    1. As amizades indesejadas. Em abril, uma coluna de fofocas disse que o cantor Roberto Carlos queria ter 1 milhão de amigos no Facebook (uma alusão à letra do antigo sucesso “Eu quero apenas”). Hoje, ele tem perfis falsos até no Chile. Assim como no Orkut e no MySpace, quem coleciona centenas de nomes na lista de amizades no Facebook costuma não se lembrar de onde veio boa parte daquele álbum de figurinhas. Estranhos o importunam a todo instante pedindo “amizade”. “Todas essas ferramentas tecnológicas nos fazem perder tempo, se não tomarmos cuidado”, afirmou – logo quem – o cofundador da Microsoft, Bill Gates. Em julho, ele desistiu do Facebook porque notou “10 mil pessoas” disputando sua amizade virtual.

    2. A invasão de privacidade. No Facebook, sua vida é bisbilhotada enquanto você descobre inutilidades sobre a vida do vizinho. Um tenente da Marinha americana contou ao jornal espanhol El País que, antes de se alistar, em 2008, mantinha uma vida agitada na rede social. Suas fotos, vídeos e mensagens deixavam claro: ele era gay. Para não ter problemas com os colegas de caserna, o militar gay passou a recusar os convites de amizade que vinham de militares. Isso pode ter protegido sua preferência sexual, mas muitos soldados passaram a considerá-lo esnobe.

    3. O cutucão. Quem criou o Facebook deve ter achado graça numa ferramenta que consiste em “cutucar” os amigos. Para que os “amigos” não fiquem indiferentes, ela envia uma provocação. É a versão on-line do bullying – termo criado nos Estados Unidos para descrever intimidação e humilhação entre adolescentes. Em outubro, uma mulher foi presa nos EUA por “cutucar” outra pessoa no Facebook. Shannon Jackson, de 36 anos, violou uma ordem de proteção que a impedia de tentar qualquer comunicação com uma mulher que a havia denunciado por assédio virtual. Jackson foi condenada a um ano de prisão e a pagar uma multa de US$ 2.500. Ela cutucou a pessoa errada.

    4. O rastreamento 24 horas. Com novas ferramentas para descobrir o gosto do usuário e vender publicidade, as redes sociais se transformaram no verdadeiro Big Brother do século XXI. Não são poucas as reclamações de quem se sentiu monitorado de perto pelo Facebook. Em agosto de 2008, uma ação coletiva acusou a rede social de violação de privacidade. O Facebook teria coletado informações pessoais de milhares de usuários e repassado os dados à empresa sem o consentimento desses usuários.

    5. O risco de demissão. Quem entra no Facebook na tentativa de expandir seus contatos profissionais pode acabar demitido. Nos Estados Unidos, quase um terço das empresas usa o Facebook para descobrir se um candidato é apto ou não a uma vaga. Ninguém quer contratar um sujeito que exibe comportamento questionável nas fotos ou mensagens. Uma pesquisa da consultoria Proofpoint revelou que 8% das empresas americanas já despediram alguém pela divulgação de informações privadas comprometedoras pela internet. “Saí do Facebook ao conseguir uma boa lista de e-mails de profissionais de minha área”, diz o cineasta Gregório Graziosi, que mantinha no Facebook contatos com colegas de profissão no Brasil e no exterior. Há quem acredite que num futuro próximo as redes sociais se tornarão cemitérios de perfis abandonados. Antes de ser cutucado ou demitido, pondere a opção de deletar sua conta.

    Exposição Playmobil 35 anos o sucesso de um sorriso

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    Exposição Playmobil – 35 Anos, O Sucesso de um Sorriso

    Local: Museu Militar Conde de Linhares (Avenida Pedro II, 383, em frente à Quinta da Boa Vista, Zona Norte), Rio de Janeiro.
    Data: de 7 a 22 de novembro de 2009.

    Horário: de terça a domingo, das 10h às 17h, inclusive feriados.
    Preço: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia entrada).


    Gratuidade: de terça a sexta-feira, a entrada é franca para excursões de estudantes das redes pública e privada (acompanhados do orientador da escola).


    Facilidades: O museu dispõe de estacionamento próprio e lanchonete.

    Site: www.playmobil35anos.com.br

    Friday 13 November 2009

    Como proceder se o blecaute te prejudicou

    Resolução da Aneel diz que reclamação tem de ser feita em até 90 dias, mas pelo Código de Defesa do Consumidor prazo é de cinco anos.

    Com o apagão desta madrugada (11), muitos consumidores podem ter sofrido danos materiais (e não materiais) em consequência da interrupção do fornecimento de energia elétrica. Como o problema, ainda sem causas definidas, atingiu consumidores de diversos Estados, a orientação do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é que eles dirijam suas reivindicações às concessionárias que atendem sua região.


    Pela resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nº 360, de 14 de abril de 2009, os consumidores têm prazo de até 90 dias corridos para encaminhar queixa à concessionária, em caso de dano em aparelhos elétricos. Mas o CDC (Código de Defesa do Consumidor) diz que o consumidor pode buscar reparação por danos causados em até cinco anos.


    A reclamação do consumidor pode ser feita por qualquer canal disponível da concessionária: carta, telefone, internet, e-mail. Se optar por carta, envie-a com aviso de recebimento (A.R.) ou leve-a pessoalmente e exija um protocolo de recebimento. Em caso de reclamação por telefone, é importante o usuário guardar o número de protocolo da reclamação. As distribuidoras são obrigadas a fornecer esse número. Além disso, o consumidor tem direito de obter a gravação do atendimento, caso precise usá-la como prova.

    A distribuidora, por sua vez, terá 10 dias corridos (contados da data do pedido de ressarcimento) para a inspeção e vistoria do aparelho – quando o equipamento danificado for utilizado para conservar alimentos perecíveis ou medicamentos, o prazo para inspeção e vistoria é de um dia útil. A empresa terá, então, 15 dias corridos para informar se o pedido será aceito. Em caso positivo, os consumidores poderão ser ressarcidos em dinheiro, conserto ou substituição do equipamento danificado.

    O prazo para o ressarcimento do consumidor é de 20 dias corridos a partir da data da resposta da empresa.


    Se a solicitação de ressarcimento não for aceita, a empresa deverá apresentar com detalhes as razões da negativa e informar ao consumidor o direito de apelar à agência reguladora estadual conveniada ou à própria Aneel.


    A distribuidora poderá se negar ao ressarcimento se comprovar o uso incorreto do equipamento, defeitos gerados por instalações internas da unidade consumidora, inexistência de relação entre o estrago do aparelho e a provável causa alegada, ou, ainda, se o consumidor providenciar, por sua conta e risco, a reparação do equipamento antes do término do prazo para a inspeção – segundo o CDC, essa previsão da resolução é ilegal.

    O uso de transformadores pelo consumidor, por exemplo, entre o aparelho danificado e a rede, não pode justificar qualquer recusa da concessionária em reparar o dano.

    Wednesday 11 November 2009

    Cinco perguntas e respostas sobre virtualização

    Existem cinco questões que os diretores de tecnologia devem considerar ao virtualizarem dispositivos e aplicações críticas para os negócios. Quando os fornecedores falam de serviços de segurança virtualizados, em geral citam uma lista de vantagens, como a simplificação de processos TI, o controle de inventários e ativos, e a consolidação física.


    Alguns fornecedores ressaltam as vantagens da padronização e a simplificação que a virtualização pode trazer para dar suporte a novos serviços. Entretanto, as questões de segurança também devem ser levadas em conta.


    1. Como REDUZIR OS PONTOS Únicos de Falha?

    Os serviços virtualizados elevam a eficiência ao reduzir os custos associados ao equipamento para controle de ambiente em datacenters ou ao consolidar aplicações críticas em um só servidor físico. No entanto, isto pode resultar em Pontos Únicos de Falha (single point of failure - SPOF).

    Executar múltiplas instâncias de um serviço crítico em um sistema operacional virtualizado pode levar a um aumento do número de SPOF nas aplicações. A virtualização por si só – sem agregar capacidades de cluster – é simplesmente uma solução incompleta. Por isso, é necessário contar com uma arquitetura em cluster robusta e gerenciável.


    É necessário considerar que ao consolidar servidores ou modernizar datacenters a virtualização seja tratada como se avaliaria um sistema operacional. Isto requer uma configuração de alta disponibilidade que tenha sido testada em ambientes comerciais.


    2. OS SERVIÇOS de SEGURANÇA virtualizados PODERÃO AFETAR A CONFIABILIDADE DOS registRos, capacidades E trilhas de auditoria?


    A preservação de registro de eventos e recursos de auditoria depende da qualidade da infraestrutura virtualizada e do esforço investido em tornar confiáveis os diagnósticos e o registro de transações.


    É por isso que os serviços virtualizados de segurança (firewalls, autenticação e IDS/IPS) devem estar projetados com as mesmas capacidades de registro que os dispositivos e aplicações convencionais. Não existe nenhuma razão para que os servidores virtualizados não forneçam detalhes completos de eventos, transações e dados de clientes.


    3. COMO A SEGURANÇA virtualizada afetará A PRODUTIVIDADE DAS OPERAÇÕES diárias de TI?


    Esta preocupação com a produtividade e complexidade é justificável quando o software de segurança existente for testado e implementado sobre VMware ou qualquer outra plataforma de virtualização. Estes sistemas comerciais de virtualização são maduros e estão testados e disponíveis há anos. Contudo, esta opção acrescenta maior complexidade às operações, já que muitos procedimentos têm que ser adaptados ao ambiente virtualizado.


    Muitos fornecedores de segurança consideram que esta é a única alternativa para virtualizar serviços, mas em compensação, são necessárias grandes habilidades no desenvolvimento de software e recursos para programar o kernel do sistema operacional com pessoal altamente especializado e escasso.


    4. Que elementos de SEGURANÇA virtualizada poderiam representar UM RISCO para AS OPERAÇÕES de TI?


    A virtualização tem estado presente de muitas formas em mainframes desde a década de 1960. A partir da adoção de redes Ethernet nos anos 90, os servidores NICS foram reprojetados para oferecer máximo rendimento e capacidade para múltiplas aplicações. A virtualização do Sistema Operacional não representa nenhum risco ou complexidade para estas aplicações.

    5. OS SERVIÇOS de SEGURANÇA críticos Devem ser executados EM servidores físicos virtualizados OU “COMPARTILHADOS”?


    Sim, os serviços de segurança podem rodar sobre servidores compartilhados. Os mesmos benefícios econômicos e operacionais que se aplicam a negócios virtualizados e servidores de aplicações Web e bases de dados são igualmente aplicáveis para aplicações e dispositivos para virtualização da segurança.


    Conclusão


    A maioria dos ambientes de TI têm dispositivos de segurança ou aplicações que estão subutilizados a maior parte do tempo. Além de reduzir os requisitos de espaço físico, as organizações podem beneficiar-se dos recursos para criar, configurar e gerenciar serviços de segurança em toda a empresa em um ambiente virtualizado.

    * Guto Motta é Engenheiro Sênior da Check Point Software Technologies, Brasil

    Friday 6 November 2009

    Serviços de banda larga móvel 3G são insatisfatórios, diz Idec

    Os serviços de banda larga móvel 3G oferecidos pelas operadoras são insatisfatórios e podem estar muito aquém das expectativas dos usuários e do que propagam as campanhas publicitárias. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) para medir a qualidade dos serviços.

    Segundo o Idec, muitas condições só são informadas nos contratos, demonstrando a falta de transparência das propagandas. O órgão de defesa do consumidor observa que com relação à velocidade, por exemplo, apesar de ser oferecido um nível pela operadora, em nenhum momento é assegurado que ele será atingido ou mantido.

    Outro problema apontado pelo Idec diz respeito a regulamentação do serviço, pois não existem regras específicas para a internet móvel, apenas resoluções da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a telefonia móvel e para a banda larga "fixa", separadamente.


    O levantamento revelou que as operadoras só informam as restrições de uso do serviço no contrato ou no website, que nem sempre são verificados na hora da compra. Além disso, o Idec salienta que as empresas possuem cláusulas contratuais que as eximem da responsabilidade de garantir a velocidade de acordo com a oferta.

    Em relação às justificativas mais utilizadas pelas operadoras quando questionadas sobre possível perda de velocidade, estão: distância do usuário em relação à antena da operadora e número de usuários conectados ao mesmo tempo na mesma região. O que leva a concluir, segundo a advogada do Idec e coordenadora da pesquisa, Estela Guerrini, que as empresas vendem mais do que suportam atender, tendo em vista apenas o lucro.


    Essa postura é abusiva, já que o artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) declara nulas as cláusulas que exoneram ou atenuam a responsabilidade do fornecedor por problemas de qualquer natureza dos produtos e serviços ou que transferem a responsabilidade a terceiros. Assim, mesmo que esteja previsto em contrato, a empresa não pode se abster da responsabilidade pela qualidade do serviço.


    Entre as restrições encobertas no contratos o Idec cita o caso da Oi, cuja propaganda e o website, por exemplo, indicam que a velocidade de conexão é de até 1 Mbps e o tráfego de dados de até 10 GB. "Só que o contrato e o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) esclarecem que, nos planos mais baratos, a capacidade de transmissão é gradativamente menor, começando por 300 Kbps", afirma o Idec.


    O órgão também diz que a Vivo alega que todos os planos têm até 1 Mbps, mas não especifica em nenhum momento qual é o valor real da velocidade. "Tais práticas ferem um direito básico do consumidor – o acesso a informações claras e precisas –, assegurado pelo artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor", completa o documento do Idec.
    Outro problema detectado citado refere-se ao limite de tráfego de dados do serviço.

    Segundo o instituto, a Claro e a TIM alegam que todos os seus planos são ilimitados, enquanto que a Vivo afirma que oferece alguns com franquia restrita e outro, mais caro, também sem limite de tráfego. "No entanto, as três empresas alegam em seus contratos que quando a transferência de dados for superior a 1 GB, no caso da Claro e da TIM, e a 2 GB, no da Vivo, elas poderão reduzir a velocidade de conexão até o início do faturamento subsequente. "Assim, a propaganda dos planos ilimitados é enganosa", diz o Idec.

     
    "O consumidor tem direito à livre utilização de um serviço legalmente contratado, desde que de acordo com a legislação vigente", comentou Estela.


    Diante dos descumprimentos das regras de Serviço Móvel Pessoal e dos preceitos do CDC, o Idec informa que enviou carta à Anatel, ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) e ao Ministério Público Federal relatando as infrações. À Anatel, o instituto também solicita que a agência reveja as regulamentações a fim de considerar o efeito da convergência tecnológica e de serviços e garantir que os usuários de um mesmo serviço tenham os mesmos direitos.


    Por fim, o Idec salientou que ao comparar os serviços 3G oferecidos pelas operadoras, a pesquisa detectou que as condições e os preços dos planos oferecidos são bastante similares (veja tabela em "links relacionados" abaixo).


    Respostas das operadoras


    Por meio de comunicado oficial, a Oi disse que as informações sobre as ofertas e os serviços prestados por ela estão disponíveis no site da companhia e na central de atendimento, além de detalhados em suas campanhas publicitárias. “A empresa oferece aos seus clientes de banda larga 3G um período de degustação gratuito de 2 meses para que ele possa testar o serviço.

    Caso não deseje permanecer com o serviço, o cliente pode cancelá-lo sem cobrança de multa, assim como acontece em todos os planos da Oi. A velocidade (taxa de transmissão) dos serviços 3G pode sofrer oscilações e variações em qualquer localidade do mundo, devido a fatores externos", completou.


    Já a Vivo comentou que efetua a tarifação dos pacotes de internet pelo volume de dados contratados por mês e não por velocidade oferecida, o que, segundo a operadora, garante maior transparência para o consumidor. Além disso, a Vivo apontou que em seu material de ponto de venda e informações disponíveis pelos mais variados canais de contato com o cliente, a operadora comunica as taxas médias de velocidade por meio das tecnologias de transmissão que oferece, sejam 3G ou 2.5G.


    "Prática comum entre as prestadoras de serviço de acesso à internet, a operadora comunica no Termo de Adesão do Pacote Vivo Internet a possibilidade de redução de velocidade, cujo volume mensal de tráfego de dados e a velocidade podem ser consultados no site www.vivo.com.br/vivointernet3g e nos canais de atendimento. Na prática, isso significa que o cliente continuará tendo acesso à Internet, só que com menor velocidade até o fechamento da fatura do mês. Depois, ela retorna aos patamares normais, dentro do limite mensal de 2GB. A ação visa inibir usos abusivos, a fim de manter a qualidade dos serviços e assegurar a satisfação dos clientes", finalizou.

    Thursday 5 November 2009

    Mercado de banda larga segue crescendo, mesmo com a crise

    A despeito das condições financeiras adversas, o mercado mundial de banda larga vem mantendo a expansão neste ano. No terceiro trimestre, o número de novos assinantes do serviço em todo o mundo totalizou 16,3 milhões, alta de 2% na comparação anual, enquanto que os gastos com equipamentos de banda larga aumentaram 6,3%, para US$ 3,2 bilhões, segundo dados preliminares da iSuppli.


    Para este ano, a consultoria projeta que o número de novos assinantes de banda larga atingirá cerca de 64,2 milhões, o que representará crescimento de 5,2% na comparação com os 60,99 milhões de 2008.


    Já em relação aos gastos com equipamentos de banda larga, a iSuppli estima que estes tenham crescido 5,8% neste ano, para US$ 13,2 bilhões, ante US$ 12,5 bilhões, em 2008.


    A consultoria afirmou que espera concluir o estudo sobre o desempenho da indústria de banda larga ainda durante este trimestre.

    Wednesday 4 November 2009

    Brasileiro gasta 66 horas por mês na internet, diz estudo

    Valor médio refere-se a setembro de 2009, segundo Ibope Nielsen Online. Se considerado todo tipo de acesso, país tem 64,8 milhões de internautas.

    Em setembro de 2009, cada brasileiro com acesso à internet em casa e/ou no trabalho gastou em média 66 horas e 24 minutos conectado, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Ibope Nielsen Online.

    Esse tempo refere-se à navegação na internet e também ao uso de aplicativos, como comunicadores instantâneos, tocadores de música, programas de download e de voz sobre IP. Se excluídas essas ferramentas on-line, o tempo médio de uso do computador no mês passado cai para 43 horas e 51 minutos por pessoa.
    Já a quantidade de usuários ativos ficou em 35,5 milhões, enquanto o número de pessoas com acesso chegou a 46,6 milhões -- este segundo grupo pode usar a internet, mas não necessariamente o fez.

    Se considerados os acessos públicos (LAN houses, bibliotecas, escolas e telecentros), o Brasil conta com 64,8 milhões de usuários de internet com mais de 16 anos.
    Os números de setembro apresentaram queda em relação a agosto, quando foram registradas 68 horas e 46 minutos de uso do computador (com aplicativos), 46 horas e 14 minutos (sem aplicativos) e 37,2 milhões de usuários ativos.

    “Essa diminuição não é relevante, pois está diretamente relacionada com o fim de semana prolongado registrado entre os dias 5 e 7 de setembro”, explicou José Calazans, analista de mídia do Ibope Nielsen Online.


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