Wednesday, 3 November 2010

Rede móvel precisa se preparar para Copa

Para garantir acesso eficiente à telefonia móvel durante a Copa de 2014, o Brasil ainda precisa melhorar muito. A conclusão é de estudo apresentado na feira Futurecom 2010 pela consultoria Teleco em parceria com a Huawei Technology.


Foram realizadas análises da navegação de páginas, do envio/recebimento de e-mails, do sinal das quatro principais operadoras do país (Claro Oi, Tim e Vivo) e da qualidade do vídeo streaming. No Rio, foi detectada baixa qualidade de sinal nos arredores do Maracanã, principal estádio das competições, Lagoa, trechos da Linha Vermelha e da Ponte Rio-Niterói.

“A falta de sinal está ligada ao espaçamento entre as torres de telefonia, que em algumas regiões é muito grande”, explica o engenheiro Luiz Pinto de Carvalho, professor do Departamento de Telecomunicações da UFF. Segundo ele, a localização entre morros explicaria o mau desempenho dos serviços na Lagoa.


A pesquisa apontou que as velocidades médias de download e upload foram, respectivamente, 567 kbps e 249 kbps, muito aquém das suportadas pelos terminais de cobertura 3G, que podem chegar até 7,2 Mbps — o ideal. O Rio apresentou taxas de apenas 771 Kbps (download) e 326 Kbps (upload).


“Teoricamente, um usuário teria uma conexão de 7 Mbps, mas as operadoras limitam essa velocidade e oferecem o serviço de 1 Mb”, constata Eduardo Tude, presidente da Teleco. Essa limitação pode dificultar o acesso à Internet pelo celular e o tráfego de dados, que se tornará uma demanda importante para cariocas e turistas do mundo todo.


Por outro lado, o estudo classificou a qualidade da banda larga móvel em Ipanema e no Leblon, na Zona Sul, entre boa e ótima. “Em áreas com poder aquisitivo mais alto, onde há interesse econômico, as operadoras costumam instalar mais torres”, justifica o professor.

 
Soluções familiares e simples podem ser adotadas. “Em eventos especiais e localizados, como o Revéillon na orla, há o congestionamento de linhas. Esse é um problema que as operadoras tentam evitar instalando torres móveis, temporárias, nas regiões de pico. Soluções parecidas devem ser adotadas durante grandes eventos”, orienta Tude.


Banda larga
A principal preocupação dos especialistas é o tráfego de dados. Com a queda nos preços de aparelhos 3G e smartphones, e a substituição dos PCS por laptops, netbooks e tablets, a tendência é que os acessos de banda larga móvel cresçam vertiginosamente.

“Não conseguimos sequer imaginar a dimensão que a Internet móvel terá daqui a 4 anos. Precisamos apontar problemas desde já para que, a longo prazo, tenhamos soluções que comportem o tráfego de dados no futuro”, acredita Eduardo Tude.

Além da expansão do 3G, as operadoras já voltam suas atenções para a quarta geração de telefonia móvel. A tecnologia LTE é considerada pelo Governo como uma saída para suprir a demanda em 2014. A principal característica é a velocidade de transmissão de dados: 10 vezes mais rápida que o padrão atual.

Fonte : www.odia.com.br

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