Em 2011, o número de acessos de banda larga móvel no País praticamente dobrou (99,5%) em relação ao ano anterior, saltando de 20,6 milhões para 41,1 milhões. Esse desempenho é cinco vezes superior ao registrado pela Internet fixa, que durante o mesmo período teve seu número de acessos ampliado em 19,5% e aumentou sua base de 13,8 milhões para 16,5 milhões. Os números, divulgados nesta terça-feira, 20, são do “Balanço Huawei da Banda Larga 2011”, foram consolidados pela Huawei em parceria com a consultoria Teleco.
Interessante observar também que a quantidade de dispositivos de dados móveis no Brasil já havia ultrapassado a de dados fixos em 2010 (20,6 milhões contra 13,8 milhões), porém em 2011 passa a representar mais do que o dobro da base fixa (41 milhões ante 16,5 milhões).
Segundo o levantamento, a tendência é de manutenção dessa disparidade de crescimento entre banda larga fixa e móvel nos próximos anos no Brasil: em 2012, serão 20 milhões de acessos fixos (aumento de 20%) e, em 2014, 30 milhões (50%). Enquanto isso, os acessos móveis de dados crescerão a uma proporção de 77,6% este ano, saltando para 73 milhões de dispositivos (inclusos aí celulares e modems 3G), e para 124 milhões em 2014, crescimento de 69,8% da base sobre 2012.
Acima da média
Segundo estimativas da União Internacional de Telecomunicações (UIT), em 2011 a banda larga fixa no mundo cresceu 12% e a móvel, 26,2%. Os números estão bem abaixo dos indicadores brasileiros, é verdade, mas é fato também que nos países desenvolvidos esses mercados já estão bem mais maduros e, até por isso, apresentam taxas anuais de crescimento mais modestas. Enquanto a densidade (número de acessos por 100 habitantes) da banda larga móvel brasileira é de 24 acessos, nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), união dos 34 países mais desenvolvidos, a média é de 56. Se forem considerados todos os países do mundo, no entanto, o Brasil está acima da média global, que é de 17 acessos móveis por 100 habitantes.
Já a média da penetração da banda larga fixa dos países da OCDE é de 25 acessos por 100 habitantes, contra menos de 10 do Brasil.
Atualização
Em janeiro deste ano, a Anatel promoveu uma uniformização dos critérios de contabilização das operadoras dos acessos via aparelhos e modems, o que levou a um aumento de 4 milhões no total de acesos banda larga móvel no Brasil. Ou seja, aqueles 41 milhões de terminais de dados, ao término de 2011, saltaram para 45,1 milhões um mês depois, em janeiro de 2012. Esse contingente, em fevereiro, último mês aferido, já totalizava 47,2 milhões.
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