O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) encaminhou um posicionamento oficial a este noticiário em resposta à nota publicada semana passada que, com base em dados enviados pelo SindiTelebrasil, apontava queda pela metade na quantidade de queixas registradas contra as empresas de telecomunicações nos últimos dois anos.
De acordo com nota do Idec, a situação apontada pela análise do SindiTelebrasil é “apenas parcialmente verdadeira” e “nenhuma das bases de reclamações ou atendimentos citadas permite chegar a uma conclusão tão positiva como sugere o Sinditelebrasil”.
O Idec admite que houve queda, nos três últimos anos, do número de atendimentos referentes a telecomunicações em seu ranking. “Mas a queda mais significativa se deu entre 2009 e 2010 (de 1.189 para 661 atendimentos). Se analisarmos a evolução do período mais recente, de 2010 para 2011, na verdade houve até um ligeiro crescimento (de 661 para 680 atendimentos), de 2,8%”.
O instituto questionou a informação dada pelo Sinditelebrasil, de que apenas 2,3 clientes de telecomunicações reclamaram em um grupo de um milhão durante 2011. “É difícil saber como se chegou a esses números. Se a base para essa afirmação é o percentual de atendimentos do Idec em 2011 em assuntos de telecomunicações (12,93% da base de 5.258 atendimentos sobre problemas de consumo), transpondo esse mesmo percentual para o número de clientes em telecomunicações descrito pela própria nota do SindiTelebrasil, de 314 milhões de clientes, teríamos um número total de 40,6 milhões de reclamantes (ou 7,73 por milhão de clientes)”.
O instituto também adverte que seu ranking de reclamações não pode ser utilizado como base para qualquer projeção, uma vez que se restringe ao número de atendimentos realizados a associados.
Procon-SP
Segundo o comunicado do Idec, o ranking 2010 de reclamações fundamentadas do Procon-SP traz, entre as dez empresas mais reclamadas, três da área de serviços de telecomunicações: Telefônica (em primeiro); Claro (5º) e Net (10º). A entidade aproveita para rechaçar um antigo argumento das operadoras de telecom: “para não deixar dúvidas de que essa posição não se deve apenas ao grande universo dos clientes, essas mesmas empresas também estão entre as dez que menos atendem às reclamações. Isso é um dado qualitativo que desmonta o argumento da quantidade de clientes”.
DPDC
“Os dados do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas de 2010, publicado pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC, do Ministério da Justiça), que reúne dados de 22 Procons estaduais (São Paulo não estava ainda incluído), mais Distrito Federal, e de 30 órgãos municipais, traz, entre os dez fornecedores mais reclamados, quatro operadoras de telefonia (Oi, Claro/Embratel, TIM/Intelig e Vivo).
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