Sunday 7 September 2008

Confira dicas para se prevenir de uma escuta ilegal

Escuta ambiental

Em salas de reuniões, onde são discutidos assuntos sigilosos, a orientação é deixar um som ambiente ligado quando elas não estiverem sendo utilizadas.

“Essas escutas passivas, que fazem gravação e têm que ser retiradas, são acionadas por som e elas têm um tempo de gravação. Isso vai esgotar a capacidade de gravação daquele dispositivo”, diz Otávio Luiz Artur, diretor do Instituto de Peritos em Tecnologias Digitais e Telecomunicações (IPDI). 
A orientação serve como precaução apenas contra equipamentos de escuta ambiental, ou seja, aqueles que captam o som do local onde foram colocados. Outro cuidado com salas de reunião é fazer varreduras físicas: procurar objetos estranhos. O local deve ser o mais "limpo" possível visualmente.

 Foto: Editoria de arte/G1 Foto: Editoria de arte/G1 Ampliar Foto

Para especialistas, é difícil detectar grampos (Foto: Editoria de arte/G1)

“É melhor que o teto não seja de gesso, seja sólido, na laje mesmo, que não tenha onde colocar nada escondido na luminária, que não tenha plantas. Quanto mais poluído do ponto de vista de objetos, mais fácil esconder uma escuta e mais difícil encontrá-la”, diz.

O alerta vale também para qualquer coisa que possa ser um esconderijo para equipamentos, como móveis e quadros.

Alguém na extensão

Para especialistas, grampos em telefones fixos e celulares são difíceis de serem detectados.

Segundo João Carlos Lopes Fernandes, coordenador do curso de análise de sistemas e tecnologia da informação da Fatec São Caetano, um grampo menos profissional pode gerar alguns ruídos no telefone, mas os chiados dificilmente são percebidos por um leigo no assunto.


“É a mesma coisa quando uma pessoa pega uma extensão e fica escutando uma ligação. Você escuta na hora em que ela tirou [o telefone do gancho]. Se ela tapar bem o fone e ficar quieta, sem nenhum movimento, você vai continuar falando, vai perceber até que diminuiu um pouco o tom. Mas isso também pode ser um problema na rede telefônica”, diz.


Fernandes compara os aparelhos que prometem detectar um grampo no telefone fixo e os equipamentos para realizar escutas com os vírus e os programas antivírus. “Tem um antivírus, e o cara tenta sempre fazer um vírus mais potente”, diz.

Bateria fraca

O grampo ilegal de celular pode ser feito por clonagem ou por uma maleta equipada com computador e antena que consegue interceptar os celulares próximos. No caso da maleta, segundo os especialistas, não há como identificar um grampo.


A clonagem, mais conhecida quando criminosos utilizam determinado número para fazer ligações, também pode ser feita com o objetivo de escutar as conversas.


“Se o celular estiver clonado com fins de escuta, você não recebe uma conta de R$ 10 mil reais porque a pessoa não está usando o seu celular, está só escutando. A bateria do seu celular começa a acabar muito rápido. É um celular com a bateria nova, sempre durou e de repente começa a acabar muito rápido (...) Você pode ter dificuldade em fazer ou receber ligações, pode ouvir alguns ruídos”, diz o diretor do IPDI.
Ele destaca, no entanto, que esses sinais não são indícios seguros de que um telefone está clonado. “Esse tipo de sintoma pode indicar que seu celular está clonado com fins de escuta ou pode indicar que está na hora de trocar seu celular também. A bateria já está velhinha ou você está em um local com recepção ruim”, diz.

Segundo ele, antes de achar que há uma terceira pessoa “acompanhando” as conversas, é importante ter cautela, ir até uma loja, trocar a bateria e fazer um teste, por exemplo.

Fonte: Portal G1 de notícias

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