O iPhone é um dos temas mais quentes em TI, o que levou a uma busca desespera pelo produto. Mas antes de partir para a compra, é melhor pensar bem.
1. Você quer mais capacidade de armazenamento?
Ainda que o iPhone suporte vídeo, ele tem a mesma capacidade de um iPod Nano. Para boa parte dos usuários, esse espaço é limitado para armazenar músicas. Essa capacidade é ainda menor ao se analisar que cada filme em DVD ripado para o aparelho consome cerca de 1GB e cada episódio de série televisiva fica em torno de 100MB a 300MB. Uma temporada da sua série preferida vai preencher, sozinha, os 4GB do iPhone. Se a sua idéia é ter vídeos ou um grande número de canções ou fotos, escolher um iPod pode ser uma escolha muito melhor.
2. Você é um usuário básico de celulares?
O iPhone tem inúmeras funcionalidades de primeira linha, como a interface sensível ao toque (multitouch) ou os sensores de movimento que orientam a tela conforme você a segura. Contudo, se você normalmente opta por um modelo mais básico de telefone celular, você pode descobrir que não usará todos esses recursos. É importante avaliar quantas dessas funções avançadas do iPhone você vai usar. Se você, honestamente, não acha que vai usá-las com certa freqüência, é melhor pensar se o aparelho vale o custo.
3. Você precisa de mais funcionalidades ou aplicações no seu telefone?
A Apple afirmou que o iPhone vai continuar como uma plataforma fechada. Isso significa que você não vai ser capaz de baixar de outros fabricantes soluções como navegadores, leitores de RSS, aplicações de produtividade ou mesmo jogos. Você vai estar limitado às ferramentas fornecidas pela Apple.
A Apple está fornecendo aplicações robustas, como a versão completa do seu navegador Safari, suporte ao o cliente de e-mail que utiliza um sistema similar ao Blackberry da RIM, com integração pesada com o buscador e mapas do Google, além de recursos como acompanhamento de preço de ações e boletins de temperatura. Mas pode ser que elas não atendam a todas as suas necessidades e o iPhone não inclui muitas das características de outros smart phones.
Isso é importante porque mesmo telefones mais básicos permitem que você baixe e instale ferramentas novas, em sua maioria de terceiros. Em particular, o iPhone não permite leitura ou edição de documentos do Microsoft Office, o que é usual na maior parte dos smart phones. Se as funções do iPhone parecem falhas de alguma forma, imagine se elas são suficientes, já que existem inúmeras chances que você não poderá expandi-las.
4. Você precisa de suporte ao Exchange?
Diversos ambientes corporativos utilizam o Exchange como aplicação de e-mail, calendário, contato e gerenciamento colaborativo. Enquanto muitos PDAs concorrentes podem interagir com a solução, o iPhone não pode. Se você precisa acessar um servidor de Exchange além da função de e-mail básica de POP/IMAP, o iPhone provavelmente não é uma boa alternativa. Evidentemente que, em um ambiente corporativo, você deverá atender as recomendações do departamento de TI, que provavelmente vai impedir que o iPhone seja uma opção.
5. Você usa discagem por voz ou usa o teclado?
A interface do iPhone com botões virtuais parece linda e funcional. Sem dúvida, a interface sem botões é um grande salto em design. Entretanto, se você é alguém que tende a discar utilizando o teclado ou por voz, você não vai ter muita sorte com o iPhone.
Além disso, existe um ponto final para se pensar antes da compra de um iPhone. É provável que o aparelho anunciado no último mês não seja o único iPhone que a Apple vai produzir. É quase certeza, ao se analisar as declarações da Cingular e da Apple, que futuros modelos de iPhone serão lançados, de maneira muito semelhante ao que aconteceu com o iPod original. Se você sente que o primeiro iPhone é muito caro, muito limitado ou simplesmente não lhe atende, lembre-se de que em um ano ou dois pode aparecer um modelo que seja mais interessante.
Ao ver os termos do contrato de vários anos da Apple com a Cingular, existem boas chances que os futuros donos de iPhones tenham de ser, obrigatoriamente, clientes dessa operadora.
Para os moradores dos Estados Unidos, a compra do iPhone ainda precisa ser analisada por três outros aspectos.
6. Compensa o custo de trocar de operadoras de telefonia?
Para qualquer um que não seja cliente da Cingular Wireless, esse é um grande ponto, principalmente se você não está próximo do fim do eu atual contrato de celular. O custo de encerrar uma assinatura varia muito entre as diversas operadoras de telefonia, mas é sempre alto. A maior parte delas, nos EUA, cobra valores entre 150 dólares a 200 dólares por contratos interrompidos antes dos prazos. Isso é muito dinheiro para se gastar em um aparelho, por si só, bem caro.
Mas esse não é o único gasto. Você pode descobrir, depois da compra, que os planos da Cingular para o iPhone, que ainda não foram divulgados, são mais caros do que aqueles que você paga atualmente.
7. A Cingular tem cobertura na região que você precisa?
Cingular tem uma cobertura impressionante nos Estados Unidos, especialmente na parte leste. Isso não significa, contudo, que a cobertura seja completa ou a melhor em certas áreas. É preciso ter garantias de que a operadora vai ter a cobertura que você precisa onde vive, trabalha ou para onde viaja regularmente.
8. Cobertura de 2ª geração é o suficiente?
Uma das maiores críticas ao iPhone é que ele só vai suportar serviços de dados da segunda geração (2G) de celular, ou seja, em baixa velocidade. A Apple afirma que o motivo é aproveitar a maior capacidade de cobertura da tecnologia antes que a terceira geração esteja plenamente disponível no mercado dos EUA. Ainda que isso seja louvável, avalie se os serviços da segunda geração fornecem a velocidade que você precisa. (Boa parte dos usuários afirma que a transferência de dados em 2G é próximo ao acesso discado). O acesso Wi-Fi do iPhone pode resolver esse problema, mas somente em locais com hot spot próximos.
Fonte: Computerword
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