No mundo dos negócios, notebooks e netbooks são, há muito tempo, itens de bagagem tão indispensáveis como ternos, meias, vestidos, gravatas, sapatos e tailleurs. Nos últimos anos, os viajantes descobriram que esses brinquedinhos também facilitam – e muito – o turismo internacional. Mas, para que tudo corra bem do embarque ao desembarque, é necessário tomar algumas atitudes e cuidados.
O R7 reuniu dicas para os que planejam passear sem problemas pelo mundo, nessas férias, com o seu brinquedinho.
Lição número um: backup antes de sair de casa – Antes de partir, copie em DVDs, HDs externos ou pendrives o conteúdo do seu computador portátil fundamental para sua vida ou trabalho. E guarde bem guardado. Você irá para longe, ficará muito tempo fora, terá pela frente pessoas e lugares desconhecidos.
Tudo pode acontecer. E, se entre esse tudo estiver, eventualmente, o pior, que ao menos o prejuízo se resuma ao equipamento. O brinquedinho, a gente rala e arruma outro. Os dados e informações, nem sempre – mais preciso seria dizer quase nunca.
No aeroporto. É hora de declarar os equipamentos – Se o seu computador foi fabricado no exterior, é preciso registrá-lo na PF (Polícia Federal) antes de deixar o país. Na ida, ao chegar ao aeroporto brasileiro, procure a sala da PF antes do embarque e informe que precisa declarar seus equipamentos.
Preencha o formulário recebido com tipo, marca, modelo e número de série de cada um deles. Isso vale também para câmeras, celulares, smartphones, gravadores, enfim, todos os aparelhos importados incluídos na bagagem. Isso evitará que, na volta, os fiscais cobrem imposto ou apreendam seus equipamentos achando que eles foram comprados na viagem da qual você acaba de retornar.
Guarde bem sua via da declaração. Ela valerá para todas as suas próximas viagens internacionais. Se ela se desgastar ou for perdida, faça uma nova na viagem seguinte. Aparelhos made in Brasil não precisam ser declarados.
Nunca despache computadores na mala – Nem todos sabem, mas as malas apanham mais do que paçoca em fundo de pilão em aeronaves, veículos de transporte e esteiras dos aeroportos. No tira e coloca dos aviões, elas são jogadas, empurradas, espremidas, empilhadas... e por aí vai.
Leve seu note ou netbook para a cabine do avião, com a bagagem de mão. Isso evita o risco de receber de volta, no desembarque, uma paçoca ou farofa de hardware. A regra vale para todos os aparelhos eletrônicos. E, claro, também deve ser seguida nas viagens aéreas nacionais.
Muito cuidado nas vistorias de embarque e desembarque – A fiscalização, na suprema maioria dos países, exige que computadores e aparelhos eletrônicos médios e grandes sejam retirados de suas bolsas na hora de passar pelo raio-X. Tome muito cuidado: fiscais não costumam ser exatamente cuidadosos com os nossos amados aparelhos nessas ocasiões.
Se as circunstâncias não lhe forem tão favoráveis, passe antes suas roupas, casacos e bagagens de mão pelo raio-X. E, por último, encaminhe o notebook e os eletrônicos. Assim, o que foi antes pode funcionar como “almofada” para a traquitana que vem depois.
Discrição nas mochilas – Se você puder usar bolsas que não sejam identificadas como embalagens de computadores, melhor. A possibilidade de roubo diminui bastante, sobretudo nos trajetos para chegar e sair dos aeroportos brasileiros.
Baterias e fontes de alimentação – Praticamente todos os computadores atuais possuem tomadas e carregadores de bateria bivolt. Os mais modernos aceitam qualquer tensão de energia entre 90 e 240 volts, o que facilita ainda mais as coisas. Mas é sempre bom ficar esperto e conferir antes de espetar a tomada.
Adaptador universal, um acessório indispensável – Se você quer ser um internauta internacional legítimo, compre, ainda no Brasil, um adaptador universal de tomada. Assim você evita o desprazer de não conseguir ligar seu notebook no hotel, na casa de quem o hospeda ou naquele restaurante ou café.
Por via das dúvidas, inclua no kit um bom cabo de rede e, para as emergências, um de telefone. Muitos lugares ainda não oferecem conexões de Internet desplugadas.
Atualize (e use) o firewall e os sistemas antivírus e anticookies –
Muitos hotéis e locais públicos, sobretudo nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, oferecem acesso gratuito à Internet. Grande parte desses sistemas é patrocinada por empresas que, enquanto você navega, instalam cookies e entradas em seu computador para acionar anúncios e atalhos de produtos e serviços.
E daí para que se inocule um vírus, um cavalo de tróia ou um malware, é meio passo. No primeiro semestre de 2006, pouco antes da Copa do Mundo, usei um desses serviços gratuitos num hotel de Berlim. Na hora, fiquei feliz por ter economizado alguns euros na conexão.
Mas dias depois, de volta ao Brasil, tive a surpresa, não exatamente agradável, ver homens e mulheres pelados saltando na tela no meu note velho de guerra sempre que eu o conectava à Internet. Era uma empresa de serviço erótico alemã apresentando suas armas. Não teria problema em assumir se fosse o caso. Mas juro: em nenhum momento convoquei aquela turma animada.
E por último, mas não menos importante – Use seu computador para obter informações e tornar seu passeio mais racional, interessante e econômico. Mas, por favor: esqueça de sua existência quando o novo a ser desbravado chamá-lo para o prazer. Muitas vezes pode não mais parecer, mas o mundo ainda é real.
E, além disso, se o caso é o de ficar mais de duas horas por dia com a cara colada na tela, não saia de casa. Não cansa, não gasta tempo e é muito mais barato.
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