Friday 29 January 2010

Presidente da Telefônica culpa impostos por tamanho da banda larga no Brasil

O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, e o cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil participaram na tarde desta quinta-feira (28), durante a Campus Party (espécie de acampamento que acontece nesta semana em São Paulo), de um bate-papo sobre a expansão da internet em alta velocidade no Brasil.

Valente se mostrou um pouco constrangido quando foi apresentado por outro participante da mesa como presidente da operadora. Inicialmente, ele foi anunciado como presidente da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações, que representa as empresas do setor privado, inclusive a Telefônica). Valente disse que era, sim, presidente da Telefônica, mas estava no evento para representar o setor.

O executivo disse que, para se discutir a ampliação da banda larga no país, é preciso que se saiba sobre o valor dos impostos.

– O Brasil sempre aparece nas discussões como um lugar em que o preço dos serviços de telecomunicações, como a internet banda larga, é um dos mais caros do mundo, mas não se fala que a carga tributária é altíssima. No caso de um modem, por exemplo, 75% de seu preço é de imposto.

Já o ex-ministro Gil evitou entrar em detalhes sobre o Plano Nacional de Banda Larga que está em estudo pelo governo federal e preferiu um discurso conciliador entre os interesses da população e dos setores público e privado.

Ele optou por falar sobre a importância de se discutir com a população o crescimento da banda larga.


– As pessoas precisam entender que isso só vai funcionar se forem amplamente discutidos os interesses do setor público, do privado tendo como o foco a melhoria para a população.

Questionado pelo R7 sobre o papel da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na mediação desse debate, ele disse que o órgão está cumprindo seu dever, porém pode melhorar.

– É preciso também uma ação política e isso tem a ver com as regras do Plano Nacional de Banda Larga. Acredito que se a Anatel não estivesse lutando por isso, ela já teria sofrido maiores pressões por parte de todos, mas é claro que sempre se pode melhorar.

Participaram também da conversa Luiz Fernando Pezão, vice-governador do Rio de Janeiro, Franklin Coelho, da Universidade Federal Fluminense, Célio Turino, secretário da cidadania cultural do Ministério da Cultura e Cláudio Prado, do projeto Casa da Cultura Digital.

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