Friday 29 April 2011

Anatel aprova resultado do leilão da última faixa de 3G

O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje a homologação do leilão da última faixa de frequência disponível da terceira geração de telefonia móvel, chamada de banda H. O leilão, realizado em dezembro de 2010, não teve o resultado homologado em razão dos recursos apresentados contra legitimidade do processo licitatório.

A principal operadora beneficiada pela licitação foi a Nextel que arrematou 11 dos 13 lotes de frequências 3G. A empresa foi beneficiada pela regra do leilão. O edital concedeu preferência de compra às empresas sem frequências nesta modalidade de serviço para viabilizar a entrada do quinto competidor nacional, além da Vivo, Claro, Tim e Oi.

A decisão do conselho prevê ainda a homologação dos resultados do leilão de sobras de frequências da segunda geração da telefonia móvel (2G), que ocorreu no mesmo período. Neste caso, a Vivo arrematou o maior número de lotes - 23 dos 47.

As faixas da banda H e das sobras de frequência licitadas no fim do ano passado foram vendidas pela Anatel pelo montante de R$ 2,7 bilhões, que correspondeu ao ágio médio de 30,59% em relação ao preço mínimo de R$ 2 bilhões.

Thursday 28 April 2011

Bancos deverão ter mais rigor para fornecer cheques, determina CMN

O Conselho Monetário Nacional aprovou nesta quinta-feira (28) uma regra mais rígida para a concessão de cheques, por parte das instituições financeiras, para seus correntistas, e também aumentou os instrumentos de controle sobre esta forma de pagamento.

O objetivo da medida, de acordo com a autoridade monetária, é aumentar a segurança, a transparência e a credibilidade dos cheques. Segundo o Banco Central, os cheques são utilizados, principalmente, a clientes com renda mais baixa.

"É preciso dar mais robustez a este instrumento para que as pessoas menos favorecidas, como pequenos comerciantes, tenham maior segurança. Não vai resolver todos os problemas. Discutimos muito esse assunto. Recebemos mais de 300 sugestões. As vítimas precisam ser protegidas. O que motivou [a mudança da regra] foi o aumento do número de reclamações sobre os cheques e de fraudes. Os cheques estavam se deteriorando em termos de imagem", informou o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos.

Cheques sem fundo
De acordo com dados da autoridade monetária, os cheques responderam por 15% do volume total de pagamentos feito 2010. No ano passado, foram trocados 1,12 bilhão de cheques, no valor de R$ 1,029 trilhão. Deste volume total, 71 milhões de cheques foram devolvidos por motivos diversos, somando R$ 83 bilhões. Ao mesmo tempo, 63 milhões foram devolvidos por não ter fundos, totalizando R$ 70 bilhões. "Queremos aumentar a segurança, ainda que os cheques sejam um instrumento de pagamento em declínio", disse Odilon dos Anjos.

No primeiro trimestre deste ano, os dados do BC mostram crescimento no número de cheques sem fundo. Em janeiro, foram contabilizados quatro milhões de cheques sem fundo, valor que subiu para 4,7 milhões em fevereiro e para 5,9 milhões em março de 2011.

Mudanças
A partir de agora, será obrigatório que os bancos tornarem "explícitos" os critérios para o fornecimento e uso do cheque. Também devem manter os correntistas orientados sobre as medidas cabíveis no caso de descumprimento das regras, que devem estar previstas nos contratos de abertura de contas de depósitos.

"Em um prazo de um ano, todos bancos terão de refazer seus contratos com clientes, dizendo em que condições você vai dar cheque para esse pessoa. No contrato, têm de ficar claras essas condições", afirmou Odilon dos Anjos, do BC, lembrando que as instituições financeiras podem escolher para quais clientes vão fornecer os cheques.

Outra alteração é a obrigatoriedade de impressão da data de confecção nas folhas de cheque, criando mais um parâmetro de avaliação para os recebedores dos cheques. De acordo com a autoridade monetária, essa regra passa a vigorar em até seis meses. "Essa medida contribuirá para o aperfeiçoamento do controle do estoque de folhas de cheque mantido pelo correntista, evitando as folhas com data muito antiga", informou o BC.

Mais segurança
Para dar mais segurança, o CMN aprovou a exigência de apresentação de boletim de ocorrência policial, para as sustações ou revogações por furto, roubo ou extravio de folhas de cheque em branco, nos moldes do que ocorre atualmente para as sustações. Isso deverá ser feito em até dois dias úteis.

"A lei permite e dá direito ao cidadão de sustar. Está deixando claro em que condições pode sustar. Se foi roubado, pode sustar provisoriamente, mas, em dois dias úteis, tem de levar boletim de ocorrência da polícia aos bancos. Isso traz maior segurança", informou o chefe do Departamento do BC.

As instituições financeiras também serão obrigadas a disponibilizarem informações sobre "ocorrências" relativas a um determinado cheque, visando aumentar a segurança no momento do recebimento. Para isso, entretanto, poderá cobrar uma taxa.

"Essas informações permitirão que o recebedor saiba, no ato da apresentação para pagamento, se o cheque está bloqueado por falta de confirmação de recebimento pelo correntista, ou se o documento está vinculado a conta de depósitos encerrada, entre outras ocorrências", explicou a autoridade monetária.

De acordo com Odilon dos Anjos, já existem entidades no mercado financeiro que oferecem informações sobre cheque sem fundo. "A norma está dando um comando aos bancos de que eles têm de disponibilizar diversas informações sobre as condições dos cheques. Podem criar uma entidade única para tornar mais fácil para o consumidor", declarou ele.

Também foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional a obrigatoriedade de os bancos que receberem depósitos efetuados por meio de cheque fornecerem, a pedido do emissor, e mediante apresentação do cheque e de autorização do beneficiário, o nome completo e endereço residencial e comercial do beneficiário-depositante.

"Hoje, se uma pessoa deu um cheque sem fundo, e quer resolver o problema, não sabe mais com quem está o cheque. Pela norma atual, o banco não tinha condições de oferecer o nome de quem tinha depositado o cheque. O banco, até onde tiver conhecimento, tem de passar essas condiçõesa, onde está. Para o emissor ir atrás do cheque", disse o chefe de Departamento do BC.

Wednesday 27 April 2011

Entidades lançam campanha pela democratização da internet no país

Um grupo de cerca de 40 organizações da sociedade civil e ativistas lançou na segunda-feira, 25, em diversas cidades brasileiras, a campanha "Banda Larga É um Direito Seu!" para conscientizar a população sobre a importância de ter uma internet barata, de qualidade e para todos. O manifesto divulgado pela campanha defende que o acesso à internet é essencial, e a banda larga deve ser um direito de todos, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica.

“A internet incrementa a produtividade e gera riquezas, sendo fator de distribuição de renda e de redução de desigualdades regionais.”
As entidades reconhecem a relevância das metas e políticas propostas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), mas garantem que é preciso avançar no debate.

“É necessário que se faça uma vigília permanente para que as políticas de banda larga estejam pautadas no interesse público, o que já sofre reveses.”


Segundo as entidades que organizam a campanha, a banda larga no Brasil é cara, lenta e para poucos e é preciso pressionar o Poder Público e as empresas para mudar essa situação. Entre as propostas da campanha está a efetiva participação da sociedade civil no processo de inclusão digital, a prestação do serviço de banda larga sob regime público, a gestão pública das redes para garantir a igualdade entre provedores e o ingresso sustentável de novos agentes, a ampliação da definição de parâmetros de qualidade da banda larga e o apoio à cultura digital.


Entre as entidades que assinam o manifesto estão a Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), a Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub), o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A campanha será lançada na noite de hoje, simultaneamente em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Salvador, em Campo Grande e em Brasília. As informações são da Agência Brasil.

Motorola Solutions cria gerência dedicada à Copa e às Olimpíadas no Brasil

A Motorola Solutions criou uma gerência no Brasil para cuidar especificamente de desenvolvimento de negócios relativos à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. O executivo escolhido para cuidar da área é Joeval Martins. "É a primeira vez que criamos uma equipe para grandes eventos no Brasil. Fizemos isso em outros mercados antes", relata Martins.

O foco da Motorola Solutions são órgãos governamentais, especialmente aqueles ligados à segurança pública, como polícia, bombeiros etc. A empresa acredita que haverá demanda por equipamentos para rádio-comunicação digital para agentes de segurança que trabalharão nos jogos, assim como para os voluntários e colaboradores atuando na organização do evento. "Serão entre 15 e 20 mil pessoas trabalhando na organização. Dificilmente a comunicação entre eles será feita via celular", prevê Martins.


Outra demanda que a empresa espera atender é aquela por redes de banda larga sem fio usando a tecnologia WiMesh nas arenas esportivas e nos centros de imprensa. A seu favor, a Motorola conta com a experiência em outros grandes eventos, como os jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, quando cobriu todas as praças de competição e áreas de treinamento com redes WiMesh. O próximo Pan-americano, a ser realizado em Guadalajara, no México, contará também com uma rede de banda larga sem fio montada pela empresa.


O executivo acha prematuro fazer uma estimativa precisa da receita que a Motorola Solutions conseguirá com a Copa do Mundo no Brasil, mas acredita que será da ordem de algumas centenas de milhões de dólares.

LTE


Nos EUA, o governo federal reservou um pedaço do espectro de 700 MHz para uso das forças de segurança. No Brasil, a discussão sobre o novo destino dessa banda, hoje de posse dos radiodifusores, está apenas começando, mas Martins acredita que seria interessante seguir a ideia norte-americana. Isso tornaria possível, por exemplo, dotar viaturas policiais de laptops com conexão LTE integrados aos sistemas de videomonitoramento das cidades, propõe o executivo.

Tuesday 19 April 2011

União Europeia abre frequências de rádio para aparelhos com 4G

A Comissão Europeia determinou que países membros da União Europeia devem abrir duas frequências de rádio para a nova geração de aparelhos de telefonia móvel, a fim de capacitar suas redes para conexões mais rápidas à Internet.

Os países membros da UE devem implementar a nova regra para permitir o acesso às frequências de 900 e 1.800 MHz por aparelhos de telefonia móvel até o fim do ano.

A qualidade da Internet sem fio é um tema central na Agenda Digital da UE, que acredita que um aumento da captação de Internet aumentará a competitividade no mercado da UE.

Neelie Kroes, comissária da Agenda Digital da UE, afirmou em comunicado que "a decisão abre caminho para os aparelhos mais modernos que operam em 4G ganharem acesso ao espectro necessário para sua operação".

As novas regras "estimularão serviços de banda larga de alta velocidade e fomentarão a competição", disse.

A fronteira da mobilidade: a qualquer hora em qualquer lugar

A tecnologia transforma a maneira pela qual as pessoas trabalham. Isto quer dizer, estar onde as pessoas estão. No caso particular dos vendedores, em qualquer lugar.


Não muito tempo atrás, o vendedor, após um dia de cheio de visitas, tinha que voltar ao desktop do escritório para atualizar as informações e encaminhar as ações, preparar e enviar propostas e ainda tratar das aprovações de preços e descontos com seus gerentes.


A primeira grande mudança foi o tamanho e portabilidade dos computadores. Hoje os notebooks e laptops são realidades acessíveis. Cada vez menores, com capacidade de processamento maior que os “antigos” desktops, eles são itens essenciais ao arsenal de ferramentas do vendedor, seguido de perto pelos softwares que ele abriga: planilhas, bancos de dados, processadores de texto e aplicativos de vendas customizados.

Com isso os vendedores passam a ter a mobilidade de trabalhar com seu computador em qualquer lugar.


As telecomunicações tiveram evolução semelhante, criando meios cada vez mais simples para a conexão desta capacidade de processamento aos sistemas das organizações de forma a permitir a “atualização periódica das informações”.

Assim, o vendedor após um dia de trabalho na rua, poderia conectar-se via telefone ao sistema central e transmitir e receber informações atualizando assim o sistema nos dois lados.

É o processo de sincronização, que permite manter um ambiente de informações atualizado com um mínimo de defasagem, mesmo estando o vendedor off-line a maior parte do tempo.


Mas é na simbiose entre comunicação e informação onde a maior das revoluções nasceu. A internet. Ela impactou todos os aspectos de nossa vida pessoal e profissional, de uma forma impossível de calcular. O vendedor atualiza suas informações, encaminha providências, faz reuniões e trabalha normalmente onde quer que esteja como se estivesse em sua mesa no escritório.

Em praticamente qualquer lugar. Hoje, com uma conexão a internet, ele tem acesso a todos os arquivos, processos e pessoas necessárias para manter o esforço de vendas no caminho certo. É praticamente regra hoje encontrar acesso à internet em hotéis e saguões de aeroportos através de conexões sem fio (wireless).

Em qualquer lugar do mundo. Isso sem contar a banda larga sem fio oferecida pelas operadoras de telefonia celular, que tornou a internet “portátil” acessível à maioria das pessoas. Assim, o conceito de “escritório” expandiu-se. Hoje pode ser um aeroporto, um quarto de hotel, em sua casa ou no shopping Center.


Esta nova fronteira traz para a Automação de Vendas Aplicada com Precisão uma perspectiva totalmente diferente: a mobilidade. Com ela uma gama imensa de recursos e ferramentas disponíveis para o vendedor na palma de sua mão. Literalmente. Seja no smartphone, seja nos tablets ou nos netbooks, os aplicativos para automação de vendas se tornaram accessíveis através da internet. Esta nova fronteira traz à discussão uma realidade cada vez mais presente: o acesso por assinatura.


Também chamados de “Software como Serviço” ou “as a Service” (SaaS), os aplicativos para automação de vendas passam a ser acessíveis por uma gama cada vez maior de empresas e pessoas uma vez que os custos de implantação – geralmente altos - deixam de ser uma barreira de entrada. Cada vez mais, equipes de vendas de qualquer tamanho passam a ter a sua disposição, em questão de minutos, todas as ferramentas necessárias a gestão eficiente de suas oportunidades e processos de vendas.

É a Automação de Vendas Aplicada com Precisão, sob demanda, a preço de assinatura de um serviço.


No entanto ainda restam alguns desafios para que esta realidade se torne ainda mais robusta e eficaz. Nem sempre a conexão internet está disponível em todos os lugares como gostaríamos. Mesmo em cidades com todos os recursos como São Paulo, muitas vezes não se consegue conexão com qualidade em importantes avenidas como a própria Av. Paulista.

A solução para isto é uma operação mesclada online e off-line onde quando é possível a conexão o sistema trabalha em tempo real, sincronizando permanentemente as informações críticas. Assim, quando sem conexão o vendedor continuará trabalhando até que se conecte novamente com um mínimo de impactos.

A mobilidade, embora já muito falada e até praticada, ainda é coisa recente e nos traz inúmeros desafios e possibilidades. Há ainda muito a explorar nesta fronteira onde a automação de vendas se transforma cada vez mais em um instrumento de trabalho imprescindível ao vendedor e completamente integrado aos seus companheiros inseparáveis: telefone e a internet.


Enio Klein é professor nas disciplinas de Vendas e Marketing da Business School São Paulo – BSP, Dretor da K&G Sistemas e General Manager da operação SalesWays no Brasil. www.salesways.com.br

Friday 15 April 2011

Entidades lançam movimento em defesa da banda larga como serviço público

Movimentos militantes da causa da democratização das comunicações e da cultura, entidades de defesa do consumidor, sindicatos e federações de trabalhadores de comunicação e cultura estão lançando, no dia 25 de abril, o movimento "Banda Larga é um direito seu - Uma ação pela internet barata, de qualidade e para todos", com atividades simultâneas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.

O principal mote é a defesa da banda larga como serviço público e universal. Segundo o manifesto (disponível no site  http://campanhabandalarga.org.br), "a banda Larga é direito de todas e todos, independentemente de sua localização ou condição sócio-econômica.

O acesso à internet é essencial porque permite o mergulho na rede que integra diferentes modalidades de serviços e conteúdos, funcionando como um espaço de convergência de distintas perspectivas sociais, culturais, políticas e econômicas".


Críticas
A iniciativa se coloca como um instrumento de pressão sobre o governo nesse momento de definições sobre o Plano Nacional de Banda Larga. "Nós (...) reconhecemos a relevância das metas e políticas presentes no Plano Nacional de Banda Larga, sendo imprescindível, contudo, avançar. Mais, é necessário que se faça uma vigília permanente para que as políticas de banda larga estejam pautadas no interesse público, o que já sofre reveses.

Os rumos recentes tomados pelo governo reforçam o abandono da ideia de serviço público como concretizador de direitos e privilegia soluções sob uma lógica de mercado", diz o movimento.

Entre as causas defendidas estão a banda larga como um serviço público, a gestão pública das redes, ampliação dos parâmetros de qualidade e o apoio à cultura digital.

Wednesday 13 April 2011

Veja perguntas e respostas sobre o acordo para produzir o iPad no Brasil

O Ministério das Comunicações, que solicitou a consulta pública, estima que, com a inclusão no PPB, os tablets terão redução de até 31% nos preços na comparação com os importados, já que o IPI cairia de 15% para 3% e o ICMS, caso a produção seja em São Paulo, de 18% para 7%.

Outra possibilidade é a inclusão dos tablets na lei 11.196, originada pela MP do Bem, que isenta de PIS e Cofins a venda de computadores e modems até o fim de 2014. O Ministério da Fazenda, que decide questões de desoneração, informou que não apresenta temas ainda em discussão e que não há nada formalizado sobre o assunto.

O G1 ouviu especialistas para responder a questões sobre o assunto.

- Fabricado no Brasil, o iPad vai ficar mais barato?
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), se o Congresso Nacional aprovar a inclusão dos tablets na Lei da Informática e na MP do Bem, o iPad pode ficar cerca de 30% mais barato no Brasil.

- Vai ficar mais barato do que comprar do exterior?
A importação deixa o produto mais caro, conforme a Abinee. Por isso, se houver a aprovação dos incentivos, valerá mais a pena para o brasileiro comprar o iPad no Brasil. Segundo Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung, a lógica é que o produto fabricado no Brasil seja mais barato que o produto importado. “Se um brasileiro for comprar o tablet no exterior ou por um site de venda on-line, ele vai gastar mais (por conta dos impostos de importação)”, afirma Benjamin. “Os incentivos fazem com que o custo de produzir no Brasil seja menor que a importação”, completou.

Se o consumidor comprar o tablet no exterior e trouxer para o Brasil, há a incidência de 50% de Imposto de Importação no que exceder o valor de US$ 500 (ex: se o produto custa US$ 700, haverá incidência de 50% do imposto sobre US$ 200), explica o advogado tributarista André Mendes Moreira, do escritório Sacha Calmon.

Com a produção no Brasil, pode ser que haja a venda, por parte das operadoras, do aparelho junto com o plano de serviço de transmissão de dados da telefonia móvel. Nesse caso, as operadoras podem dar descontos no valor do equipamento.

- E os concorrentes, vão ficar mais baratos?
Se for aprovado o acordo para que o tablet seja classificado como computador, haverá uma série de isenções fiscais para a fabricação do produto no Brasil, como já existe para os computadores pessoais. Nesse caso, o benefício não será somente para o iPad, mas sim para todos os tablets produzidos no Brasil, segundo o advogado

Com isso, os concorrentes também receberão os incentivos e, portanto, ficarão mais baratos, afirmou a Abinee. Hoje, já existe um tablet fabricado no Brasil: o Galaxy Tab de 7 polegadas, da Samsung. Conforme Sicsú, o aparelho foi enquadrado pelo governo como celular. Porém, a Samsung irá lançar, a partir de junho, outros dois tablets, de 8,9 e 10,1 polegadas. A Motorola anunciou nesta terça-feira (12), o Xoom, que também é fabricado no Brasil e busca os incentivos. Por enquanto, o governo enquadrou os tablets na mesma definição do Palm Pad, afirmou Sicsú, o que não os qualifica para as isenções fiscais.

- As peças serão importadas?
A princípio, os iPads serão apenas montados no Brasil, com peças importadas, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

“A informação que temos é que a Foxconn também trará uma fábrica de componentes”, afirmou a Abinee. Porém, conforme a associação, o Brasil ainda não tem fábricas de chips. “O país ainda não possui produção da maioria dos componentes centrais, como display”, afirmou Sicsú.

- Quanto tempo leva para as peças chegarem ao Brasil? Como chegam?
Conforme a Abinee, depende da empresa e dos fornecedores. “Os lançamentos da Apple no Brasil sempre chegam mais atrasados por causa dos processos de contratos e de negociações”, afirmou a associação. “O tempo que leva um componente para chegar ao Brasil depende da logística que é utilizada. Produtos mais singelos, como celulares, podem vir ao país de avião e leva cerca de três dias. Já aparelhos maiores, como televisores, levam, em média, dois meses de navio”, afirmou Sicsú.

- A qualidade do produto será a mesma?
Segundo a Abinee, o iPad fabricado aqui deverá ter a mesma qualidade. “Os aparelhos produzidos na indústria brasileira têm a mesma qualidade e especificações técnicas e seguem a tecnologia existente no mundo. As empresas são transnacionais e o plano de fabricação de produção é igual”, disse a associação.

Sicsú vê vantagens qualitativas na produção nacional: “quando o produto é importado, ele pode ter alguma especificação referente ao país de onde veio. Por exemplo, uma televisão comprada nos EUA virá com sistema de transmissão para os EUA. Por isso, o produto importado pode gerar complicações”, explica.

- O iPad nacional terá a inscrição “made in Brazil”?
Isso depende do segredo industrial de cada empresa, diz a Abinee. Já Benjamin Sicsú afirma que todo produto fabricado no Brasil precisa estar identificado como “Made in Brazil”. “A marca leva informação aos consumidores. É preciso saber onde o produto foi feito no caso de defeito, quebra, troca e garantia. Um produto importado nem sempre consegue atender esse tipo de serviço”, afirma.

Montados na China, os iPads hoje trazem a inscrição “Designed in California. Assembled in China” (Projetado na Califórnia. Montado na China).

- Para qual mercado irão os iPads feitos aqui?
Por enquanto, a produção de iPads no Brasil deve atender apenas à demanda interna. Dependendo da capacidade e extensão da produção, os produtos poderão ser exportados, afirmou a Abinee.

É o que ocorre com os produtos de outros fabricantes. “Às vezes, nossos produtos são exportados para os países do Mercosul. Porém, nos últimos anos, eles começaram a investir também em produção local”, explica Sicsú. Conforme Sergio Burniac, executivo da Motorola, a companhia estuda a possibilidade de exportar o tablet Xoom fabricado aqui para outros países da América Latina. Porém, no início, a produção atenderá apenas o mercado brasileiro.

- Compensa fabricar no Brasil?
Segundo André Moreira, provavelmente compensa. “Há um mercado consumidor bastante considerável carente desse produto e, em termos tributários, desde que o tablet seja enquadrado nos benefícios do computador, há vantagens”.

Para a Apple/Foxconn, vai compensar para atender melhor o mercado interno, afirma a Abinee. Além disso, a associação diz que a companhia de Steve Jobs poderá formar uma base para exportar produtos para os países vizinhos. “Porém, o mercado é ainda virgem, está recém começando o processo de produção”, completou.

- O que a Foxconn/Apple ganha montando o iPad no Brasil?
Além de ficar livre do Imposto de Importação, há incentivos para a fabricação no país por meio de isenção de tributos. Além disso, quando os investimentos são muito elevados, não é incomum que estados e municípios onde a fábrica será instalada ofereçam incentivos como doação de terreno, além das isenções de impostos, aponta o advogado.

No caso do município, os tributos são o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Os benefícios que podem ser concedidos entram nas chamadas isenções condicionais por prazo certo, nas quais o município cria um acordo para que a fábrica se comprometa a investir determinado valor e criar certo número de empregos em troca dos benefícios. O ISSQN, por exemplo, que é cobrado das prestadoras de serviços da fábrica e é de 5%, pode chegar a 2%, reduzindo o custo da contratação do serviço.

Para a Abinee, a Apple também ganha ao atender melhor o mercado brasileiro, que está em expansão. “Na hora da manutenção, por exemplo, o consumidor conseguirá encontrar peças mais facilmente”, afirma Sicsú.

- Em que fase está o processo para que os tablets possam se beneficiar dos incentivos fiscais?


“A nossa expectativa é que o mais tardar em 120 dias a gente possa estar com essa parte da legislação devidamente equacionada. Esse é um projeto prioritário da presidente Dilma”, afirmou a Abinee. Conforme a associação, as manifestações do Congresso Nacional devem definir em algumas semanas se o tablet vai receber os benefícios do MP do Bem.

Cadê minha nota?

Desde 2006, com a obrigatoriedade imposta pelo governo em relação à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), houve uma corrida frenética das empresas para se adequar às exigências. A adaptação às novas normas impactou bastante a estrutura das empresas, que tiveram de iniciar uma série de investimentos em TI, tais como revisões nos sistemas de faturamento, investimentos em hardwares e softwares, entre outras tecnologias.


Empresas e fornecedores de tecnologia suaram a camisa para implementar os sistemas de emissão e recepção de Nota Fiscal Eletrônica. Hoje, a maioria das empresas já emite e recebe os documentos em arquivos de formato XML. O volume de arquivos transacionados e armazenados tem sido bastante significativo e tudo indica que ele só aumentará com o tempo.


Naquele momento, a preocupação maior era contar com uma solução que possibilitasse o envio e o recebimento dos documentos de forma eletrônica. Devido a essa prioridade, as empresas não se preocuparam em como iam armazenar corretamente as NF-e, para poder localizá-las com facilidade, quando fosse preciso.
Por determinação legal, as notas devem ser validadas e armazenadas pelo receptor.

Porém, ainda existe muita confusão sobre o que deve ser armazenado e como armazenar. As empresas são obrigadas a manter arquivados os arquivos XML durante o ano da emissão e mais cinco anos. Estas NF-e só têm validade em formato eletrônico, sendo a DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) a versão impressa da nota para o transporte da mercadoria.


Arquivar a nota não é a única obrigação do receptor. Validá-la junto à Secretaria de Fazenda também faz parte de suas atribuições. Além disso, até o início de 2012, esta nota pode ser cancelada em até sete dias, o que cria a necessidade de validá-la novamente ao final deste prazo.


Após todas estas obrigações atendidas, ainda persiste um desafio: como localizar e disponibilizar esta nota de maneira simples e segura para os diferentes tipos de uso que um documento desta natureza pode ter.


A nota fiscal pode ser necessária para diferentes usuários, tanto internos, quanto externos à empresa. Por exemplo, numa situação em que um contador pode precisar visualizar ou mesmo ter acesso ao arquivo XML de uma NF-e, isso pode gerar um enorme fluxo de trabalho para localizar e enviar esta nota.


Outra demanda pode se dar internamente na empresa, quando departamentos específicos têm a necessidade de acessar informações do documento, de maneira pontual. Novamente, o mesmo problema – localizar e enviar a nota para este usuário demandará que um funcionário interrompa suas atividades para realizar uma complexa busca.


O ideal é que estas informações estejam disponíveis, para que, de forma segura e rastreável, as pessoas possam acessar ou ter visibilidade desse documento com simplicidade, segurança e agilidade. As empresas precisam criar uma classificação dos seus documentos fiscais eletrônicos, dentro de um ambiente da alta disponibilidade, que cumpra com os níveis segurança mais exigentes do mercado.


Portanto, para que as empresas criem um processo realmente eficaz é fundamental verificar onde e como as Notas Fiscais Eletrônicas estão sendo arquivadas e se ao receber estes documentos, os responsáveis estão efetuando as verificações e as validações necessárias.

Receita Federal disciplina acesso aos dados dos contribuintes

A Secretaria da Receita Federal editou a Portaria nº 2.344, já encaminhada para publicação no Diário Oficial da União, para disciplinar o acesso dos seus servidores às informações dos contribuintes contidas nos sistemas informatizados do órgão, as quais são protegidas por sigilo fiscal.


A edição foi necessária para revogar a Portaria nº 2.166, que regulamentava a polêmica Medida Provisória nº 507/2010, que perdeu a eficácia. A MP, entre outras coisas, restringia o acesso aos dados sigilosos e exigia a procuração pública para que o contribuinte pudesse ser representado por terceiros junto à Receita Federal.
Como o dever de sigilo fiscal não era decorrente daquela Medida Provisória, mas do Código Tributário Nacional, e considerando que já há sanções administrativas disciplinares previstas na Lei nº 8.112/90, o Fisco decidiu editar novo ato para disciplinar a questão no âmbito do órgão.


A nova portaria consolida as disposições legais vigentes sobre a matéria: define as informações protegidas pelo sigilo fiscal, os usuários que podem ter acesso aos bancos de dados informatizados e as circunstâncias em que as informações poderão ser acessadas.
Traz, também, as consequências disciplinares no caso do uso indevido de senhas, do acesso imotivado aos sistemas informatizados e da divulgação de informação protegida por sigilo fiscal.


O acesso imotivado e o uso indevido de senhas sujeitam o infrator à penalidade de advertência ou suspensão de até noventa dias. Entretanto, se o fato configurar infração mais grave como, por exemplo, o acesso imotivado para lograr proveito pessoal ou de outrem, aplica-se a penalidade de demissão.
A divulgação de informações protegidas por sigilo fiscal sujeito o infrator à penalidade de demissão.


Em qualquer caso, a matéria será encaminhada à Justiça para apuração cível e criminal.

Tuesday 12 April 2011

Estatísticas do Blog Tecnologia da Informação

Visualizações de página por navegador

Internet Explorer  84 (34%)

SimplePie78 (31%)

Firefox 33 (13%)

Safari 22 (9%)

Chrome 20 (8%)

Opera6 (2%)

firefox1 (<1%)

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Windows 137 (93%)

Other Unix 5 (3%)

Macintosh 4 (2%)

Minuta do edital para faixa de 2,5 GHz prevê obrigações de cobertura e equipamentos nacionais

A proposta de edital para a faixa de 2,5 GHz (2.500 MHz a 2.690 MHz) em consulta interna na Anatel traz algumas novidades importantes sugeridas pela área técnica em relação aos outros leilões para faixas do espectro já realizadas pela agência.

A primeira é que a licitação é para autorização de licenças de SMP (serviço móvel), SCM (serviço de dados) e/ou STFC (serviço fixo) em todas as subfaixas previstas. São elas as subfaixas W, V e X (todas elas de 20 MHz + 20 MHz, previstas para a tecnologia FDD), a subfaixa U (de 35 MHz, prevista para o TDD) e a subfaixa P (10 MHz + 10 MHz, para o FDD). As licenças serão divididas em lotes, como vem sendo praticado pela agência no leilão das faixas do SMP.


Os vencedores poderão operar até os três serviços em qualquer uma destas faixas, pelo prazo de 15 anos. Os preços mínimos, obviamente, ainda não estão definidos, já que a superintendência de serviços privados da agência ainda está em fase de finalização da proposta, mas já existe a sugestão para que haja contrapartidas de cobertura e também de contratação de equipamentos e serviços nacionais.


Em relação às obrigações de cobertura sugeridas até aqui pela área técnica da Anatel, colocam-se as seguintes metas:


* 12 meses para atender na faixa de 2,5 GHz com serviço de SMP, SCM e/ou STFC 100% dos municípios designados como sede ou subsede da Copa do Mundo de 2014. Esta obrigação vale para todas as subfaixas;


* 24 meses para atender na faixa de 2,5 GHz com serviços de SMP, SCM e/ou STFC as capitais de Estado, Distrito Federal e municípios com mais de 500 mil habitantes. Esta obrigação vale para todas as subfaixas;


* 36 meses para atender na faixa de 2,5 GHz com serviços de SMP, SCM e/ou STFC todos os municípios com mais de 200 mil habitantes. Esta obrigação vale para todas as subfaixas;


* 48 meses para atender na faixa de 2,5 GHz com serviços de SMP, SCM e/ou STFC todos os municípios com mais de 100 mil habitantes. Esta obrigação vale para todas as subfaixas;


* 60 meses para atender na faixa de 2,5 GHz com serviços de SMP, SCM e/ou STFC um determinado grupo de cidades com população entre 30 mil e 100 mil habitantes listado no edital. Esta obrigação vale apenas para os vencedores das subfaixas W, V e X que dividirão as cidades de maneira proporcional, conforme metologia também apresentada no edital.


* 72 meses para atender com SMP na faixa de 1,9 GHz /2,1 GHz ou com SMP, SCM e/ou STFC na faixa de 2,5 GHz os municípios com menos de 30 mil habitantes que ainda não sejam servidos pelo serviço de 3G. Segundo a conta da Anatel, 24% dos municípios com menos de 30 mil habitantes não têm previsão de serviços nas faixas de 1,9 GHz/2,1 GHz, o que significa que um terço deles (8%) irá para os vencedores das faixas V, X e W, caso haja interessados em todas elas.


Para o atendimento das cidades com menos de 30 mil habitantes, segundo a sugestão da área técnica, a proponente vencedora terá o direito de compartilhar infraestrutura com os demais prestadores de serviços de comunicações de interesse coletivo. O serviço também poderá ser prestado, nestes municípios, segundo a área técnica, utilizando a rede de outras prestadoras. Os municípios serão considerados cobertos quando 80% da área urbana estiver atendida.

Limites de espectro


O edital em estudo na Anatel para a faixa de 2,5 GHz propõe que as operadoras de SMP, SCM e STFC, incluindo coligadas, controladas e controladoras, só podem acumular 60 MHz de espectro somando todas as subfaixas. Isso se aplica, por exemplo, ao caso das operadoras que já operam na faixa de 2,5 GHz. Mas no caso das subfaixas W, Z e X (cada uma de 20 MHz + 20 MHz) e da subfaixa P (10 MHz + 10 MHz), o limite por prestadora é de 40 MHz.


Se não houver interessados para a subfaixa P (10 MHz + 10 MHz) a Anatel reabrirá o leilão ao fim do processo, aí sim permitindo que as vencedoras das faixas Z, W e X participem e possam ficar com 60 MHz de espectro.


A Anatel não esboçou, até aqui, como será a compensação para a desocupação da faixa de 2,5 GHz por parte dos operadores de MMDS que serão desalojados da faixa. Também não está claro quanto eles teriam que pagar para poder prestar os novos serviços nas faixas que já ocupam.


Atendimento futuro


Um detalhe interessante das regras em estudo para as faixas de 2,5 GHz é a previsão de autorização futura a terceiros das faixas W, V e X nos municípios com menos de 30 mil habitantes que não sejam parte das metas das empresas vencedoras do primeiro leilão. Com isso, a Anatel garante que em todos os municípios brasileiros poderá haver, no futuro, a cobertura com serviço em 2,5 GHz. Pelas regras em estudo pela área técnica, os primeiros vencedores das faixas V, W e Z só precisam cobrir cidades com menos de 30 mil habitantes naqueles municípios não atendidos pelos prestadores que operam na faixa de 1,9 GHz/2,1 GHz (3G). A autorização a terceiros, se acontecer, será a título oneroso.

 
Já nos municípios com menos de 100 mil habitantes, poderá haver a autorização para uso das faixas P e U a terceiros no futuro. Isso porque pelas regras em estudo para o edital 2,5 GHz, não há obrigações de cobertura impostas aos primeiros vencedores destas duas subfaixas. Com isso, a Anatel garante que poderá haver operadores nestes pequenos municípios na faixa de 2,5 GHz. O licenciamento também será a título oneroso.


Compromissos de aquisição de produtos e tecnologias nacionais
Os vencedores do leilão da faixa de 2,5 GHz deverão se comprometer, conforme a sugestão que está sendo feita pela área técnica, a destinar 30% dos investimentos em tecnologias e produtos desenvolvidos no Brasil.

Este percentual incidiria sobre os investimentos na aquisição de "equipamentos de acesso e rede, sistemas e produtos destinados especificamente à exploração objeto do edital". A dispensa só ocorre em caso de inexistência justificada de equipamentos para atender a este item.


Garantias financeiras


Um aspecto importante da proposta de edital de 2,5 GHz que está em consulta interna na Anatel é que se exige a apresentação de garantias financeiras referentes tanto à obrigação de cobertura quanto em relação à obrigação de aquisição de equipamentos nacionais.

Caso esses compromissos não sejam cumpridos, além das penas normais por descumprimento do edital (que pode chegar à cassação da outorga) está também a execução das garantias por parte da Anatel.

Cloud Computing: uma realidade irreversível

O Cloud Computing, conjunto de serviços de computação oferecidos por meio da Internet, está se consolidando nas empresas com grande velocidade. Atualmente, quase todas as tecnologias (com as vantagens da virtualização, automatização, escalabilidade conforme a demanda, acessibilidade e gerenciamento remoto) podem funcionar em nuvem, proporcionando importantes benefícios às companhias, como a economia de custos e o foco em seu "core business".


Os serviços de Cloud Computing podem ser prestados internamente, por meio de uma intranet que faça a conexão na chamada Nuvem Privada, ou externamente, por meio da conexão a uma extranet, na qual os dados, recursos e aplicações podem ser acessados desde qualquer ponto e por meio da Internet. A partir deste serviço de Web, a acessibilidade torna-se mais uma grande vantagem na denominada Nuvem Pública.


O foco em seu próprio negócio também representa uma economia de custos e de recursos, pois o fato de poder destinar todos os esforços e conhecimentos ao valor da empresa gera mais benefícios adicionais do que distribuir o foco em outras atividades secundárias.
Um dos inconvenientes a serem superados para uma implementação completa do Cloud Computing é a mudança de mentalidade associada à migração do modelo tradicional de serviços de TI para um modelo na nuvem, algo que, entretanto, gera custo. Além disso, deixar que as informações da empresa saiam da rede pode parecer inseguro ou pouco confiável.

Também é necessário que haja uma conexão permanente à Internet para que se possa operar, já que o que antes era um benefício pode chegar a ser um problema se a rede cair ou se não estiver disponível em certos locais.


Outro dos principais questionamentos gerados pelo Cloud Computing é: onde estão meus dados visto que o Cloud Computing baseia seu conceito em armazenar as informações na "nuvem", ou em servidores de Internet que, em princípio, não sabemos onde estão localizados?
Além disso, para prestar esses serviços, deve-se conectar e interrelacionar as aplicações e os sistemas existentes na empresa com uma plataforma, ou ferramenta, que forneça os serviços por meio do Cloud Computing, o que requer a revisão dos procedimentos e medidas de segurança já implementados nos sistemas da companhia.

Em outros casos, para prestar serviços pode ser necessário que haja a intervenção e a participação de terceiros. Neste caso, o nível de serviço prestado aos usuários estará relacionado com os serviços contratados de terceiros, provedores de Cloud Computing. Também é fundamental adequar o serviço às normas legais (normatização vigente) relacionadas à proteção dos dados.


Apesar desses possíveis inconvenientes, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Gartner em 40 países, os orçamentos para serviços baseados em Cloud Computing estão aumentando, ao passo que os serviços tradicionais de TI devem se adaptar, ou desaparecerão. Durante 2010, cerca de 10,2% dos serviços externos de TI consumidos já foram em formato de Cloud Computing.


Para 2011, espera-se que a adoção do Cloud Computing seja geral e aumente consideravelmente, englobando desde pequenas empresas até companhias de grande porte.


Não há dúvida que o Cloud Computing já é uma realidade irreversível.


* Susana Durán é CTO (Chief Technology Officer) da Spamina, fabricante de soluções de segurança para correio eletrônico

Monday 11 April 2011

Governo adiará renovação de metas das teles devido à mudança sobre velocidade da banda larga

O governo vai adiar a data de assinatura dos contratos de renovação do Programa Geral de Metas de Universalização (PGMU III) pelas empresas de telefonia em dois meses, para 30 de junho e não mais 2 de maio. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a prorrogação do prazo se deve à determinação da presidente Dilma Rousseff de aumentar a velocidade do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Por causa da mudança determinada pela presidente, esse é o segundo adiamento, pois os contratos deveriam ter sido assinados em 31 de dezembro de 2010.

Dilma quer que as empresas ofereçam planos de pelo menos 1 megabit por segundo (mbps) e não 560 kilobites (kbps), conforme vinha sendo negociado, sob alegação de que o Brasil está atrasado em relação a outros países, como Estados Unidos e Coreia do Sul. A proposta do PGMU é baseada no barateamento do serviço de telefonia fixa, mas as metas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também atingem o acesso à internet.

- A ideia é ganhar mais tempo para negociar. Vou começar a chamar as empresas para conversar esta semana, e a Anatel também fará o mesmo - afirmou Paulo Bernardo.

As empresas vinham oferecendo velocidades menores (de 600 kbps). Na última quinta-feira, o Conselho Diretor da Anatel adiou a aprovação da proposta do PGMU devido a pedido de vista do presidente do órgão regulador, Ronaldo Sardenberg. O pedido, segundo Paulo Bernardo, foi negociado previamente com o Palácio do Planalto.

Caso o PGMU seja aprovado sem a exigência de velocidade para a banda larga, o governo perderia poder de negociação.

Paulo Bernardo contou que a presidente já vinha falando da necessidade de se exigir uma velocidade maior, mas que decisão foi tomada na última quinta-feira, numa reunião no Palácio da Alvorada, antes do embarque da presidente para a China.

- Foi uma determinação dela e vamos ter que acertar isso (mais velocidade) com as empresas. A presidente acha que não temos que ficar falando em kilobite, mas megabite e gigabite - destacou o ministro.

Preço do plano básico será mantido em R$ 35

Ele afirmou que, mesmo exigindo uma velocidade maior para a banda larga, o governo não aceita mexer no preço do plano básico de R$ 35,00 (incluído o ICMS) porque um dos principais objetivos do programa é a popularização da internet.

Como contrapartida, o governo poderá oferecer às operadoras maior facilidade na entrada no mercado de TV a cabo, centrando esforços na aprovação do projeto de lei (PL 116), em tramitação no Congresso. Na próxima quarta-feira, está prevista audiência conjunta entre as comissões de Constituição e Justiça, Ciência e Tecnologia e de Infraestrutura para discutir a proposta.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) ressaltou que o governo tem interesse em expandir a TV por assinatura no país, onde apenas dez milhões de domicílios têm acesso ao serviço. Essa, disse, pode ser uma das ferramenta para expandir a banda larga.

Leia a íntegra da reportagem na edição do Globo Digital (exclusivo para assinantes)

Saturday 9 April 2011

Câmara dos EUA derruba regras de neutralidade na internet

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos rejeitou em votação nesta sexta-feira (8) as regras de neutralidade adotadas no ano passado para impedir grandes provedores de internet de bloquearem determinados fluxos de tráfego na web.

Com isso, as regras definidas anteriormente pela Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) foram derrubadas. Gigantes do setor de tecnologia e telecomunicações como a Verizon e a Microsoft poderiam ser afetadas pela regulamentação.

As regras da FCC, aprovadas no fim de dezembro de 2010, impediam que os provedores de internet bloqueassem determinados fluxos de tráfego em suas redes, embora permitissem que provedores – como a Verizon, a Comcast e a AT&T – administrassem razoavelmente suas redes e cobrassem dos consumidores com base no uso.

Republicanos afirmaram no debate da Câmara que as regras da FCC impunham regulações governamentais desnecessárias à internet. "A FCC nunca teve autoridade para regular a internet" afirmou o republicano Cliff Stearns.

O líder dos republicanos na Câmara, Eric Cantor, classificou a votação como "um passo importante para derrubar o plano perigoso e partidário da FCC de regular a internet".

Democratas argumentam que as regras da FCC são necessárias para coibir o poder cada vez maior de grandes provedores de serviços de dados sobre o mercado.

"Em muitas partes do país, companhias como Verizon, AT&T e Comcast têm praticamente um monopólio sobre o acesso à internet", afirmou o democrata Henry Waxman.

Thursday 7 April 2011

Na ONU, entidades defendem direitos humanos como princípio de regulação da internet

Em reunião das Nações Unidas (ONU) na Suécia, nesta quinta-feira, 31/3, foi lançado um documento pela proteção dos direitos humanos na internet. O documento, elaborado pela Internet Rights and Principles, sustenta princípios de rede aberta, acessível a todos e com respeito ao anonimato e à privacidade de dados pessoais.


“O documento endossa a visão da internet como espaço a ser regulado pelo viés dos direitos humanos, evitando assim regulações que busquem censurar o acesso à rede e o livre acesso aos conteúdos ali disponibilizados”, explica o coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV, Carlos Affonso Pereira de Souza, também integrante do IRP.


Ainda segundo Souza, “existe uma nítida relação entre esses dez princípios agora lançados e o trabalho interno no Brasil com o Marco Civil da Internet”. O IRP é formado por governos, sociedade civil e empresas no processo do Fórum Global de Governança da Internet (IGF), também da ONU.


Veja os 10 princípios defendidos no documento:

1) Universalidade e Igualdade

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, que devem ser respeitados, protegidos e cumpridos no ambiente online;

2) Direitos e Justiça Social

A Internet é um espaço para a promoção, proteção e cumprimento dos direitos humanos e também da promoção de justiça social. Cada indivíduo tem o dever de respeitar os direitos humanos de todos os outros no ambiente online;


3) Acessibilidade
Todos os indivíduos têm igual direito de acesso e utilização a uma Internet segura e aberta;


4) Expressão e Associação
Todos os indivíduos têm o direito de procurar, receber e difundir informação livremente na Internet sem censura ou outras interferências. Todos os indivíduos têm também o direito de se associar livremente, seja para fins sociais, políticos, culturais ou outros, na e através da Internet;


5) Privacidade e Proteção de Dados
Todos os indivíduos têm o direito à privacidade online, incluindo a liberdade de vigilância, o direito de usar criptografia e o direito ao anonimato online. Todos os indivíduos têm também o direito à proteção de dados, incluindo o controle sobre coleção, retenção, transformação, eliminação e divulgação de dados pessoais;


6) A Vida, Liberdade e Segurança
O direito à vida, à liberdade e à segurança na Internet devem ser respeitados, protegidos e cumpridos. No ambiente online estes direitos não devem ser desrespeitados, ou utilizados para violar outros direitos;


7) Diversidade
A diversidade cultural e linguística na Internet deve ser promovida; técnicas e políticas inovadoras devem ser incentivadas para facilitar a pluralidade de expressão;

8) Rede de Igualdade
Todos os indivíduos devem ter acesso universal e aberto ao conteúdo da Internet, livre de priorização discriminatória, de filtragem ou controle de tráfego por motivos comerciais, políticos ou outros;


9) Normas e Regulamentos
A arquitetura da Internet, os sistemas de comunicação e o formato de documentos e dados devem ser baseados em padrões abertos que garantem a completa interoperabilidade, a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos;

10) Governança

Os direitos humanos e a justiça social devem formar as bases legais e normativas sobre as quais a Internet funciona e é governada. Isto deve acontecer de forma transparente e multilateral, baseada nos princípios de abertura, participação inclusiva e de responsabilização.

Fonte: Convergência Digital
Data: 01 de abril de 2011

Cloud computing abre oportunidades para teles, diz especialista

A elevada demanda de mercado por serviços de computação em nuvem deve abrir inúmeras oportunidades de negócios para as operadoras de telecomunicações, que podem passar a ter uma posição de relevância como fornecedoras de soluções de cloud computing para clientes corporativos e, com isso, garantir nova fonte de receita.


A avaliação é do diretor de soluções para comunicações da Oracle, Alceu Bravo. Para ele, este é com certeza um importante mercado para as teles, que podem se tornar novas operadoras de TI e concorrer com os atuais provedores de serviços. "É uma extensão natural dos negócios das teles, principalmente em razão de já terem as redes totalmente prontas e preparadas para fornecer esses serviços", disse o executivo, que participou nesta quarta-feira, 6, do Fórum Telecom e TI, evento promovido pelas revistas TI Inside e Teletime, e organizado pela Converge Comunicações.


Bravo salientou entre os motivos que posicionam as teles como importantes players no mercado de cloud o fato de já terem negócios com clientes corporativos interessados em computação em nuvem, além de expertise para fornecer infraestrutura, escala e amplo conhecimento do segmento.


"Elas podem trabalhar com parceiros e garantir o serviço fim a fim. Conseguem fazer isso, pois têm a cadeia inteira e grande experiência na integração entre a rede de telecomunicações e TI, fora os atributos de confiança, segurança, disponibilidade e estabilidade inerentes ao seu negócio", acrescentou o executivo.


Como principais desafios para as operadoras de telecomunicações atuarem no segmento de cloud computing, o diretor da Oracle cita a forte concorrência existente no setor, a necessidade de definição de mercados-alvo e a expansão do portfólio, além da questão imprescindível que é a realização de um amplo trabalho de autogestão e capacitação voltados para a venda de serviços de computação em nuvem.


Bravo frisou, por fim, que uma das possibilidades para as operadoras é apostarem neste início do mercado de cloud computing na oferta de software como serviço (SaaS). "Seria um caminho mais simples para iniciarem com a computação em nuvem. Elas poderiam montar uma biblioteca de aplicações de terceiros para vender como serviço", finaliza.

Tuesday 5 April 2011

Internet 2011: chegou a vez do consumidor

O constante crescimento de usuários plugados na web promete fazer de 2011 um ano que deverá ficar marcado pelos maiores investimentos das empresas em marketing digital. As estimativas apontadas pela revista The Economist apontam que o crescimento da publicidade online em 2011 deverá ser o dobro, em relação a 2010.

De outubro de 2009 a outubro de 2010, foram contabilizados 51,8 milhões de internautas na rede, de acordo com os dados do Ibope Nielsen Online. Estimativas prevêem que até 2012 o mundo terá dois bilhões de usuários ativos na web.


O aquecimento do ambiente online traz um efeito em cadeia e contribui para elevação de investimentos nos mais diversos setores. A presença de mais e mais pessoas na internet, a elevação de vendas no comércio eletrônico, a febre dos portais de compras coletivas e clubes de desconto e o barateamento e acesso cada vez maior a banda larga são fatores determinantes para uma preocupação eminente das empresas em cuidarem de sua marca no mundo digital.


As redes sociais também chegaram para ficar e prometem ser o alvo de marcas que desejam se relacionar com um target cada vez mais específico, trazendo muito mais conteúdo do que uma oferta propriamente dita.

Enquanto consumidores, ganhamos o poder da escolha criteriosa e a possibilidade de dar a cartada final. Nós passamos a ditar as regras. Enquanto empresários ou profissionais do setor, precisamos perceber que a voz que fala mais alto é a de nosso público. Palavras que já viraram jargão como segmentar, customizar e personalizar são a bola da vez, mas não basta mais apenas isso.


Agora precisamos atender, individualmente, a necessidade absoluta de nosso cliente, prospect e suspect. As regiões mais promissoras e que espalham a tecnologia pelo mundo afora como o Vale do Silício já trouxeram ferramentas para mapeamento minucioso de perfis de pessoas que podem e querem nos escutar. O Brasil caminha a passos largos nessa empreitada, mas está ainda longe do vasto conhecimento norte americano.


Os empreendedores brasileiros precisam aprender a fazer marketing digital com países modelo e os fornecedores de ferramentas que possibilitam um processo altamente detalhado para análise de dados de potenciais clientes precisam espelhar seus softwares em desenvolvimentos internacionais.


A otimização de sites, os famosos e tão falados SEO e SEM, o posicionamento de marca e a relevância de conteúdo em ofertas por email, o chamado email marketing, precisam estar cada vez mais presente nas estratégias de comunicação das empresas. O brasileiro avança rapidamente em seu acesso a web e junto a isso, ele descobre cada vez mais o poder que ganha frente às redes sociais, canais de relacionamento que nasceram de uma ideia e incrivelmente rápido saíram do papel rumo à consolidação.


Precisamos andar muito mais rápido que o crescimento de usuários em rede. O setor educacional também sofre esse impacto. Precisa urgentemente incluir novos e novos cursos digitais em suas grades acadêmicas para preparar uma geração que promete dominar o mundo.


Faltam profissionais especializados na área de marketing digital, falta a criação de leis e processos que trabalhem a favor de uma marca e do consumidor. Faltam empreendedores que inspiram seus modelos empresariais em mercados que dão certo. Falta aculturamento para entender que se não pensarmos rápido, pode ser tarde demais.


O ano de 2011, como disse no início desse artigo, promete ser promissor e um dos períodos que deve ficar marcado no quesito investimento em marca na internet. As empresas querem investir, estão dispostas a isso e já entenderam que devem ter um budget reservado para tal.

Cabe agora as agências agirem e de maneira absolutamente rápida para atender a incrível e esperada demanda que chega neste ano. Afinal, vamos fazer de 2011 o verdadeiro ano do marketing digital?
A concorrência não manda mais em nada... Agora, literalmente, chegou a vez do consumidor.


Veruska Reina é CMO da VIRID Interatividade Digital, líder em soluções para envio e gestão de email marketing.