Os gastos das empresas brasileiras com serviços de TI devem totalizar US$ 16,5 bilhões neste ano, cifra que chegará a US$ 22,1 bilhões em 2013, uma expansão de 33,9% no período, segundo projeção do Gartner.
O instituo de pesquisas estima que as despesas das companhias com serviços de TI no país registrarão taxa crescimento anual composto de 6,9%, no período compreendido entre 2008 e 2013. Em 2008, a cifra atingiu US$ 15,8 bilhões.
"O CIO brasileiro precisa ser mais agressivo em relação à adoção de serviços de tecnologia como suporte aos negócios da empresa", enfatiza Cassius Dreyfuss, vice-presidente de pesquisas do Gartner, ao salientar que os diretores de TI do país, contudo, estão se movendo mais rapidamente de que os de outros países.
Já a projeção da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) indica que as exportações de software e serviços de tecnologia de informação deverão alcançar US$ 5 bilhões no ano que vem, o que, se confirmado, representará um crescimento de 42,8% na comparação com os US$ 3,5 bilhões estimados para este ano.
Na opinião do presidente da Brasscom, Antonio Gil, o Brasil precisa aproveitar melhor as oportunidades de mercado e ampliar a participação das exportações de software e serviços de TI. De acordo com ele, o mercado mundial de offshoring movimenta em torno de US$ 700 bilhões ao ano, sendo que deste total US$ 100 bilhões são provenientes de países emergentes.
No entanto, segundo Gil, a Índia sozinha responde por US$ 60 bilhões desse montante. Mesmo assim, observa, sobra um mercado potencial de US$ 40 bilhões para o Brasil, que atualmente tem uma participação menor que 10% nesta cifra.
Para o presidente da Brasscom, o Brasil tem condições de concorrer com a Índia. "Ou o país entra no jogo das exportações ou vai ser 'engolido'. Não podemos ficar apenas crescendo a taxas sustentáveis de 10% a 15%; temos de ser agressivos para garantir maior representatividade nesse mercado", enfatizou.
Entre os problemas enfrentados pelo país para ganhar competitividade no setor de exportações de serviços de TI, além da escassez de profissionais com domínio do idioma inglês, Gil cita os custos da mão de obra, tanto no que diz respeito à capacitação quanto no peso dos tributos.
Ele diz que a Brasscom está propondo ao governo a alteração na base de cálculo da contribuição do INSS, para que deixe de tributar a mão de obra e passe a cobrar o imposto como base no faturamento da empresa. Com isso, Gil calcula que os custos com pessoal serão reduzidos em cerca de 20%.
A proposta da Brasscom é que tal alteração seja feita por meio de medida provisória.
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