Wednesday, 25 January 2012

Anatel poderia ter exigido mais velocidade para a faixa de 450 MHz, diz 4G Americas

A Anatel poderia ter exigido mais velocidade nas conexões de banda larga prestadas com a faixa de 450 MHz para a área rural. Essa é a opinião de Erasmo Rojas, diretor da 4G Americas para América Latina e Caribe. Segundo ele, velocidade exigida de 256 kbps é algo que pode ser alcançado "há muitos anos" com a rede Edge do GSM.

E, além disso, o governo cria distorções no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) entre a velocidade oferecida no meio urbano (1 Mbps) e rural – 256 kbps. "É como se a faixa de 450 MHz não pertencesse ao PNBL", critica ele.


Hoje, existe apenas uma tecnologia para a faixa de 450 MHz, o CDMA. Se essa faixa não for vendida isoladamente, ela será imputada às vencedoras dos blocos de 20 MHz da faixa de 2,5 GHz.

Rojas explica que é mais custoso para a operadora manter duas tecnologias distintas, além do que, os terminais para a faixa também são mais caros. Seria desejável ainda que os consumidores dos planos de telefonia rural pudessem usar os seus terminais na área urbana, mas, segundo Rojas, pelo escopo do que foi apresentado do edital, isso não será possível já que não há exigência de que a cobertrua em 450 MHz seja estendida para a área urbana.


A Anatel tem sido criticada por não ter estabelecido velocidade mínima para os planos de serviço oferecidos com a faixa de 2,5 GHz, que é destinada à quarta geração (4G). Isso pode fazer com que as prestadoras vencedoras não avancem para velocidades superiores a 1 Mbps, que hoje é ofertada pelas redes 3G.

Erasmo Rojas diz que a decisão da Anatel deixa a competição do mercado definir quais serão as velocidades dos planos de 4G, o que é salutar. Por outro lado, a Anatel estabelece que essa cobertura, especialmente nos municípios maiores, deverá ser feita com tecnologias de quarta geração.

"Se não fala de velocidade também não deveria falar de tecnologia porque para o usuário a tecnologia não importa", afirma ele.

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