As perdas dos bancos com fraudes eletrônicas aumentaram 60% em 2011, segundo dados da Febraban (federação dos bancos). O prejuízo total das instituições foi de R$ 1,5 bilhão.
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Para contabilizar o rombo, a Febraban costuma considerar as operações fraudulentas em transações não feitas com cartão de crédito e de débito (presenciais e virtuais), no "internet banking" e em operações pelo telefone.
Mas, no ano passado, a esses canais, foi acrescentado as fraudes em serviços bancários acessados por meio de aparelhos móveis, como smartphones e tablets.
"As fraudes no 'mobile banking' não são tão preocupantes, porque o número de clientes [no canal] ainda não é tão grande", afirma César Flausino, coordenador da comissão de prevenção de fraudes eletrônicas da Febraban.
No entanto, logo chamarão a atenção de golpistas, pelo aumento de acessos, afirma.
Segundo a Folha publicou em junho, os bancos projetam que os smartphones estejam em cinco anos no mesmo patamar de importância do "internet banking", que se tornou o principal canal de atendimento neste ano.
Os dados da federação mostram que a ação de fraudadores se intensificou na segunda metade de 2011.
Enquanto o rombo foi de R$ 685 milhões no primeiro semestre, chegou a R$ 815 milhões no segundo. Em 2010, as fraudes haviam sangrado os bancos em R$ 940 milhões.
ação de hackers
A estimativa da Febraban é que a maior fatia (R$ 900 milhões) foi perdida em golpes pelo telefone e em pagamentos com cartão de débito e de crédito usados presencialmente.
Já as fraudes na internet e no "mobile banking", ações praticadas por hackers, custaram R$ 300 milhões.
O mesmo prejuízo ocorreu em golpes em que os clientes utilizaram cartões de crédito na internet -principalmente no comércio eletrônico.
"É preocupante porque foi um salto", afirma Flausino.
Por outro lado, o executivo indica que a maior a presença de serviços bancários ajudou a elevar as fraudes.
A população bancarizada cresceu 8%, para 54 milhões; as contas correntes com "internet banking" aumentaram 11%, para 42 milhões, e as com "mobile banking", 49%, para 3,4 milhões.
O desafio dos bancos é desenvolver formas de autenticação que identifiquem fraudadores sem dificultar o acesso aos serviços, diz Flausino.
Vão nessa linha, o acesso biométrico (com digital, por exemplo) e as transações na internet autorizadas pelo celular. No ano passado, os bancos investiram R$ 8,3 bilhões para reforçar a segurança, tanto de operações físicas como das eletrônicas.
Neste ano, as perdas chegaram a R$ 816 milhões nos sete primeiros meses, segundo a Febraban. Se continuar nesse ritmo, a estimativa é que o prejuízo com fraudes caiam 7% em relação a 2011, para R$ 1,4 bilhão.
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