Saturday, 6 October 2012

LTE em 450 MHz: Brasil necessita somar mais apoio para impulsionar a iniciativa

Comentamos recentemente em TeleSemana.com sobre as intenções do Governo brasileiro de impulsionar a adoção de LTE na banda de 450 MHz. Como foi informado há pouco tempo, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) em Campinas, estado de São Paulo, está desenvolvendo projetos de LTE nessa banda, com recursos do Fundo para o Desenvolvimento das Telecomunicações (Funntel).

A última novidade sobre este tema foi o acordo assinado entre o Ministério das Comunicações (Minicom) e o 3rd Generation Partnership Project (3GPP) para estandardizar a solução. Uma aliança que desperta certo otimismo, porque de certa forma serve para validar a nível internacional a iniciativa brasileira. Outro fator que serve também para somar respaldo na iniciativa por exemplo, é a Huawei, quem se comprometeu a desenvolver LTE em 450 MHz. O ou de Qualcomm, que anunciou que seus chipsets LTE também poderão funcionar nessa banda de espectro.

Este acordo gera certo otimismo, e contudo, deve-se tomar com cautela. É certo que o Brasil conta com um potencial de mercado muito grande e a nível territorial é um dos principais países do mundo. Uma extensão de território que deve ser coberta pelas redes de telecomunicações.

Mas também é verdade que existem setores que ainda olham essa iniciativa com certa cautela. Desde o ponto de vista técnico, alguns fabricantes não estão totalmente seguros da quantidade de espectro que possa estar disponível nessa freqüência e as vantagens ou apresentações que possa oferecer a banda para uma tecnologia com LTE. Da mesma maneira, as operadoras comentam com cautela a iniciativa.

Que o Brasil possa ter a capacidade de promover a adoção de tecnologias é algo que ficou provado com o que aconteceu na região com os estandartes da televisão digital terrestre. Ali, o Governo brasileiro demonstrou sua capacidade de negociação e liderança tecnológica ao conseguir consenso em torno a sua adaptação do estandarte japonês, que derivou na norma brasileiro-japonesa ISDB-T.

Mas o primeiro que as autoridades e os interessado devem fazer antes de qualquer coisa, é continuar conseguindo adesões. Seria fundamental, por exemplo, conseguir o apoio de uma operadora com presença regional. Isso facilitaría a propagação a outros mercados.

Somente no Brasil, LTE em 450 MHz poderia beneficiar aproximadamente 30 milhões de pessoas, e cinco milhões de lugares, segundo cálculos de CPqD.

Por exemplo, um dos países que poderia estar interessado na iniciativa brasileira é Guatemala. Em julho do ano passado, funcionários da Superintendência de Telecomunicações (SIT) divulgava, a meios locais que o regulador havia identificado sete freqüências para LTE. Entre elas, a banda de 450 MHz.

De acordo com um relatório do CDMA Developement Group divulgado no mês de setembro de 2012, na América Latina e no Caribe existem 15 operações comerciais de CDMA na banda de 450 MHz, em oito países, e sete operações a serem implementadas em quatro países.

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