O tráfego global de dados na nuvem deve crescer seis vezes até 2016 e atingir 4,3 zetabytes movimentados no ano (1 zetabyte equivale a 1 trilhão de gigabytes ou a 38 milhões de DVDs por hora). Assim, as informações trafegadas na nuvem se elevam a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 44%, em comparação com os valores de 2011. Os dados são de um estudo da Cisco Systems, divulgado nesta terça-feira, 23.
Ainda segundo o relatório, as informações na nuvem têm elevação mais acelerada que o volume global de dados trafegados em data centers, que atingirá 6,6 zetabytes no fim de 2016. Isso equivale a uma CAGR de 31%. Assim, daqui a quatro anos, aproximadamente dois terços das cargas de trabalho (os chamados workloads) serão processados na nuvem – enquanto o número de workloads por servidor tradicional instalado tem alta prevista de 1.5 em 2011 para 2.0 em 2016, o mesmo índice para infraestrutura virtualizada aumentará de 4.2 para 8.5, na mesma base de comparação.
Regionalmente, o Oriente Médio e a África terão a maior taxa de crescimento de tráfego em nuvem na comparação entre 2016 e 2011, de 79%. A América Latina aparece na sequência, com 66%, enquanto a Europa central e oriental tem alta estimada em 55% para o período.
Até 2016, a Ásia Pacífico terá processado a maioria das cargas de trabalho em nuvem, seguida pela América do Norte, invertendo a posição atual, aponta o estudo. Em 2011, a América do Norte teve 8,1 milhões dos workloads em nuvem e 38% de participação no índice global, enquanto a Ásia-Pacífico registrou 6,7 milhões e 32%, respectivamente. Em cinco anos, a Ásia Pacífico processará 40,6 milhões ou 36% das cargas de trabalho em nuvem globais, enquanto os norte-americanos acumularão 17,4 milhões ou 26% dos workloads. A América Latina é destaque com a segunda maior taxa de crescimento de carga de trabalho, 60%, atrás apenas do Oriente Médio e África que, somados, registram 73%.
De acordo com o levantamento, os principais motivadores para a adoção da nuvem incluem a entrega mais rápida de servipos e dados, aumento da performance das aplicações, bem como a melhora da eficiência operacional. A segurança e a integração de sistemas permanecem como empecilhos para a adoção desta modalidade de TI, segundo o estudo.
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