Tuesday 1 December 2009

Banda larga enfrenta várias barreiras no Brasil, avalia Seprorj

Velocidades inconstantes, preços elevados, abrangência pequena da rede e falta de investimento em conteúdo nacional. Estes são os quatro principais obstáculos para o avanço da internet em banda larga no Brasil, na visão do presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret.


Ele avalia que o cenário é muito complicado, principalmente na área da educação. "Se nós não tivermos conteúdo nacional, vão circular pela rede coisas que nada têm a ver com a realidade brasileira", alertou.


Sobre a questão dos preços referenciais pelos serviços de internet em alta velocidade, ele observa que estes equivalem a duas ou três vezes os valores praticados no exterior. "Isso sem contar a alta carga de impostos existente no país." "Se lá fora [o serviço] é vendido por R$ 10, aqui é vendido por R$ 30 sem impostos. Quando são incluídos os impostos, isso vai para R$ 50 ou R$ 60. Esse é o problema. Os custos estão muito ligados a uma prática muito exagerada de preços que são cobrados aqui pelas teles.

Não tem concorrência. E aí somam os impostos e o negócio vai lá para a China", criticou Paret.

 
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) define como conexão de banda larga efetiva aquela que opera a velocidades de 1,5 Mbps a 2 Mbps. De acordo com Paret, se tiver menos do que isso, não é banda larga. Ele pondera que no Brasil as pessoas contratam velocidades de 2 Mbps, mas a companhia telefônica só garante 10%.

"Você só vai ter os 2 Mbps em dia de feriado, às quatro horas da manhã. Não funciona." Segundo Paret, a falta de investimento em equipamentos explicaria esse problema.


Ainda com base em estudo da UIT, Paret ressalta que o comprometimento da renda per capita do brasileiro é bem maior do que em outros países.

"Nos Estados Unidos, uma banda larga eficaz compromete 0,4% da renda média do consumidor. No Brasil, o usuário gasta 9,6% da renda per capita, e para um serviço de qualidade duvidosa", destacou o presidente da Seprorj.

Com informações da Agência Brasil.

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