Falando durante o Web Expo Forum sobre o futuro da banda larga no Brasil, o presidente da Net Serviços, José Felix, disse que o desafio é precificar a oferta de velocidades acima de 1 Mbps.
"O desafio não é superar o 1 Mbps. Hoje, sem mudar nada, podemos oferecer 20 Mbps. Mudando apenas o modem na casa do assinantes, podemos oferecer até 300 Mbps. O desafio é oferecer isso a um preço que as pessoas estejam dispostas a pagar", disse. O executivo questionou o modelo de cobrança feito hoje pelas operadoras, inclusive a própria Net.
Segundo ele, o modelo de "flat fee", no qual os assinantes pagam uma taxa única, com uso ilimitado, terá que ser substituído. "Vamos ter que separar o tráfego nas redes. Cinco porcento dos usuários são responsáveis por 95% do uso das redes. Vamos, provavelmente, sair de um modelo de flat free - um modelo generalista, que nivela por baixo - para um modelo de pagamento por uso", disse.
Questionado por este noticiário se a concorrência não impõe o modelo flat fee, Felix afirmou que, eventualmente, todas as operadoras vão se ver obrigadas a mudar este modelo, sob risco de perder rentabilidade ou oferecer um serviço aquém das expectativas dos clientes.
Evolução
Felix lembrou a evolução da banda larga no Brasil. Segundo ele, em 2005, 2% dos assinantes no País tinham conexão de 1 Mbps ou mais; em 2009, 66% dos assinantes contam com velocidades superiores a 1 Mbps.
O uso de fibras ópticas na rede cresceu e deve crescer ainda mais, disse o executivo. Segundo ele, uma fibra atendia 2 mil casas, passou a tender 512 e, mais tarde, 128. Em algumas localidades, diz, uma fibra atende 64 ou 32 casas.
"Quando for necessário, eu 'atiro' a fibra pra dentro da casa do assinante", disse ele, lembrando que hoje a grande dificuldade desse modelo é o custo e a falta de equipamentos.
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