O Plano Nacional de Banda Larga, programa do governo federal que visa garantir acesso à internet em banda larga a toda população a preços acessíveis, trabalha com uma estimativa de preços dos serviços na faixa de R$ 25 a R$ 35 por mês. Estes são os valores discutidos pelo governo, segundo o afirmou nesta quinta-feira, 18, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
De acordo com ele, será utilizada a rede de fibra ótica da antiga Eletronet, que agora pertence ao governo, e o mecanismo de acesso pode ser feito em parceria com empresas privadas. "A empresa terá o acesso à fibra ótica e vai fornecer para o usuário. Vamos condicionar que tenha um preço compatível."
Para Paulo Bernardo, não poderá haver, neste caso, venda casada, em que a operadora oferece a internet com o telefone fixo, uma vez que isso ampliaria os custos para o usuário. A ideia é que, depois de lançado, o uso da fibra ótica se dissemine pelo país em dois anos.
De acordo com ele, o debate sobre o assunto foi interrompido por conta da elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
Segundo o ministro, o assunto deverá voltar à pauta de conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim deste mês ou em abril, após o lançamento do PAC 2.
O ministro também afirmou que a utilização da cabos de eletricidade está sendo testada pelas distribuidoras de energia elétrica e pode ser mais uma opção de acesso à banda larga com preço menor.
Paulo Bernardo disse que em alguns locais onde não há cabos de eletricidade ou fibra ótica poderão ser usados sistemas de rádio ou acesso via satélite. Para o ministro, o plano de banda larga que está sendo elaborado pelo governo deve ser aprovado pelo Congresso Nacional com rapidez.
"Temos observado que há uma demanda muito grande [pela banda larga]. Se a gente fizer uma boa proposta, com certeza o Congresso vai correr para aprovar. Todos sabemos que é muito importante diminuir o custo, facilitar o acesso", disse.
É um indício de que o governo deve estabelecer o PNBL por meio de Medida Provisória ou projeto de Lei, e não por decreto.
Paulo Bernardo também afirmou que não há previsão de lançamento de programa de incentivo às exportações brasileiras, que caíram por conta da crise financeira internacional.
"É muito difícil antecipar medidas que estão em estudo."
As informações são da Agência Brasil.
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