Wednesday 30 November 2011

Desenvolvendo em Chrome

"Temos uma grande oportunidade de construir aplicativos para o lançamento da Chrome Webstore no Brasil, vamos?" - nos disse Terence Reis (@Teco), na sala de reunião .Mobi há alguns meses atrás. Por não comandar diretamente a equipe de desenvolvimento de aplicativos Android, logo pensei: "Porque estou aqui?". Aprendi em poucos segundos a não subestimar o avanço tecnológico multi-thread da gigante de buscas (e de energia solar, como saberemos em alguns poucos anos).

A partir daquele dia tínhamos a missão de reunir as principais empresas de conteúdo online do país para abastecer, substancialmente, a loja brasileira de aplicativos do Google Chrome -http://chrome.google.com/webstore/

Apesar de conhecer bem o navegador - o adotei há uns 3 anos e não larguei mais - confesso que era falha minha concepção sobre "aplicativos que rodam no Chrome". Seriam como os add-ons para o Firefox? Seriam apenas bookmarks para sites? De que maneira se encaixa com minha conta no Android Market (nenhuma.)? Qual tecnologia devemos usar?

Mas antes de entender como funciona um aplicativo para o Chrome, é preciso saber "porque" você precisa de aplicativos para o Chrome. A resposta é: Chrome OS. Pois é, o Google fechou parceria com alguns fabricantes, como a Samsung, para produzir notebooks com o Sistema Operacional Chrome (Chrome OS) - mais ou menos como fez com a HTC há alguns anos pra lançar o Android. Pra quem ainda não conhece o ChromeBook, não se surpreenda quando ligá-lo e ver "apenas" o Chrome. Sim, o navegador.

Então imagine-se usando um notebook que rode apenas o Chrome, nada mais. Para não ser apenas mais um netbook fraquinho e sem recursos, o ChromeBook deve oferecer aplicativos inteligentes para atender às necessidades de seus usuários. Conceitualmente (e apenas isso) você não precisará mais de um Windows ou Linux ou MacOS rodando o Chrome - mas sim, apenas o próprio Chrome.

Na minha humilde opinião (IMHO), isso não vai mudar a forma como nós lidamos com sistemas operacionais e softwares, mas deve preencher uma enorme lacuna da inclusão digital nos próximos anos - coisa que os netbooks (fraquinhos e sem recursos) começaram a fazer há algum tempo.

Os Chrome Apps, segundo os próprios engenheiros do Google, são: One task oriented HTML5 apps. Baseados sempre na mais recente versão do Webkit, o Chrome é o navegador que mais permite o uso dos recursos nativos do HTML5. Tais aplicativos podem ser:

1. Hosted - são aqueles que apontam para um site hospedado. Praticamente um "bookmark" no Chrome.
É um aplicativo, ainda assim? Sim e não. Sim porque pelo menos a referência dele está instalada no seu Chrome. Não se formos considerar que não estamos utilizando 100% dos recursos oferecidos pelo ecossistema, como LocalStorage (como o nome diz, armazenamento no navegador, até 5MB) para utilização do aplicativo mesmo sem conexão de internet.

2. Installable - são meus preferidos.

Por que? Porque demonstra claramente o conceito de aplicativo. Ou seja, você de fato instala os arquivos no seu computador, dentro do Chrome. Ao ponto que, quando você acessa o aplicativo, não aparece nenhuma URL/endereço na barra do navegador. Você não está acessando um site em algum servidor, mas sim o aplicativo ali instalado (que por sua vez, sim, pode consultar dados remotamente, via Ajax, Proxy, WebSocket, etc.)

3. Extension - são meus segundo favoritos.

Também é instalado no Chrome e, ao invés de ocupar uma janela inteira, é utilizado para funcionalidades "menores", visualmente falando. São aqueles ícones que ficam ao lado da barra de endereço, lembrando um pouco a época das "barras de pesquisa" instaladas no IE.

Nossa missão foi construir os aplicativos utilizando ao máximo os recursos nativos do HTML5 e CSS3, instaláveis onde possível e, ao mesmo tempo, tendo que entregar o conteúdo dos parceiros - notícias, rádios online, programa de fidelidade, e-commerce, previsão de tempo, índices financeiros, entre outros.

A curva de aprendizado começou dentro da nossa equipe - excepcional, por sinal - e se estendeu ao parceiros, que também precisaram ser orientados quanto ao novo conceito de aplicativos para Chrome.

Ao mesmo tempo que recebíamos orientação da turma de Palo Alto - special thanks to Boris Smus - sobre objetivos do Google, tecnologias previstas, tecnologias depreciadas, etc; também conversávamos com nossos parceiros sobre a substancial, mas quase discreta, diferença entre um aplicativo para o Chrome e um novo site.

Como resultado vejo uma equipe aprimorada, vejo um posicionamento estratégico forte da nossa empresa, vejo parceiros vislumbrando novos meios de atingir seu público e, principalmente (pra mim) vejo uma nova onda de tecnologia, pra todos os tipos de aparelhos de celular, TV, computador, set-top box, geladeira, carro, qualquer coisa: o HTML5.

Muito mais do que a Sun propôs com o Java há alguns anos, como linguagem cross-plataforma, o HTML5 é uma linguagem cross-interface.

Marco Lonzetti, diiretor de Produtos Grupo.Mobi @mlonzetti.

Tuesday 29 November 2011

Tráfego de computação na nuvem crescerá 66% ao ano, diz Cisco

NOVA YORK - A fabricante de equipamentos de rede Cisco Systems afirmou que o tráfego global de dados de computação em nuvem crescerá a uma taxa anual composta de 66% entre 2010 e 2015, conforme consumidores e empresas buscam acesso sem limites a conteúdo e aplicativos.

Até a metade desta década, mais de um terço de todo o tráfego de data centers será baseado na nuvem, que permite armazenagem e acesso remoto a dados, afirmou a Cisco na publicação Global Cloud Index, publicada nesta terça-feira.
O tráfego global de data centers irá avançar em quatro vezes, a uma taxa de crescimento anual composta de 33% entre 2010 e 2015, segundo a Cisco.

Tráfego de dados por ano será de 4,8 zettabytes em 2015

Isso se traduz em um tráfego de dados de 4,8 zettabytes por ano em 2015. Haveria o mesmo fluxo de dados se todo homem, mulher e criança assistissem um filme completo uma vez por dia ao longo de um ano.

- O que é surpreendente é como os dados estão se movimentando atualmente, começamos com um zettabyte - disse o vice-presidente de marketing de produtos e soluções, Suraj Shetty, referindo-se a 2010, quando o tráfego anual de dados no mundo era de 1,1 zettabyte, que equivale a um trilhão de gigabytes.

- A evolução dos serviços de computação em nuvem é motivada em grande parte pela expectativa de usuários de acessar aplicações e conteúdo a qualquer momento, de qualquer lugar, com qualquer rede e qualquer aparelho - disse a Cisco.
A empresa de pesquisas de tecnologia Forrester estima que o mercado global de computação na nuvem (cloud computing) atingirá US$ 241 bilhões em 2020, ante US$ 41 bilhões neste ano.

Sunday 27 November 2011

Sky inicia a operação de banda larga em TD-LTE em Brasília

A Sky já tem aproximadamente 30 clientes do serviço de banda larga com a tecnologia TD-LTE em Brasília. A companhia está telefonando para os clientes de TV por assinatura e oferecendo o novo serviço. Segundo apurou este noticiário, o objetivo dessa primeira oferta é testar o comportamento com a tecnologia.

O serviço, contudo, ainda não está disponível comercialmente, o que deve acontecer até o final do ano. A fase inicial de cobertura compreende toda a região do Plano Piloto, na Capital Federal. A operadora utiliza a faixa de 2,5 GHz e a opção pela tecnologia TD-LTE, praticamente inédita no mundo, se deve às possibilidade de ganho de escala trazidas pelos mercados chinês e indiano, onde o TD-LTE deverá ser amplamente utilizado para a quarta geração da telefonia móvel. Trata-se de uma variação do LTE utilizado por operadoras móveis, mas adaptado para operação em faixas de espectro não pareados, como é o caso da Sky.

Wednesday 23 November 2011

Intel prepara projeto de banda larga móvel pré-paga no Brasil

A Intel está arquitetando o lançamento de uma experiência de banda larga móvel pré-paga no mercado brasileiro. A ideia da fabricante de chips de fomentar a expansão da banda larga no Brasil tem o objetivo claro de aumentar a venda de computadores e servidores no mercado nacional como parte de sua estratégia para triplicar seu faturamento no País até 2015.

O plano consiste numa oferta conjunta de computador, modem 3G e planos de acesso pré-pagos nos moldes da telefonia móvel pré-paga convencional, incluindo recargas com aquisição de cartões com franquias de dados. O diretor de expansão de mercado da Intel, Fábio Tagnin, preferiu não dar muitos detalhes, mas adiantou que as conversas envolvem fabricantes de computadores, operadoras móveis (que além dos planos em si, podem ainda fornecer os modems 3G) e redes de varejo, para facilitar o parcelamento da compra dos equipamentos.

Tagnin garante que ainda não há nada assinado, mas o processo deve estar bem próximo de sua conclusão, uma vez que a expectativa do presidente da Intel Brasil, Fernando Martins, é anunciar o primeiro acordo ainda em meados de dezembro.


Experiências internacionais


A Intel já participou de ações semelhantes em outros países. Tagnin cita que projetos de banda larga móvel pré-paga foram adotados com sucesso em países como Sri Lanka, Índia, Quênia, Vietnam e Indonésia. “O programa de banda larga pré-paga no Sri Lanka foi lançado no primeiro trimestre de 2010 e a população que podia pagar pelo serviço subiu de 15% para 70%. O governo lançou uma agenda digital reduzindo impostos e habilitando serviços online e o número de usuários de banda larga dobrou”, conta Tagnin. Durante o segundo semestre deste ano, pilotos foram lançados em oito países e o número deve se expandir ainda mais em 2012, segundo a expectativa da Intel, tendo como base um serviço de banda larga com preço acessível, computadores de baixo custo e conteúdos relevantes para os usuários.


Pelos cálculos da Intel, os pacotes de Internet móvel pré-paga devem ajudar o País a chegar à marca de um custo mensal de banda larga de cerca de US$ 10, permitindo assim a inclusão das classes C e D e adicionando 56 milhões de pessoas à faixa da população que pode pagar pelo serviço. Hoje o custo da banda larga no País estaria em torno de US$ 28.

Na Indonésia, quando o custo mensal da banda larga caiu de US$ 21 para os mesmos US$ 10, 37 milhões de pessoas passaram a poder pagar pelo serviço.


Resistência

A Intel tem encontrado uma certa resistência por parte das operadoras nas negociações. Um dos pontos seria como remunerar o custo dos modems 3G em planos pré-pagos. Isto, entretanto, poderia ser resolvido no parcelamento do custo do modem junto com a aquisição do computador no varejo.

Monday 21 November 2011

Banda Larga ganha um novo assinante por segundo

A quantidade de assinantes de banda larga no Brasil chegou a 53,9 milhões em outubro deste ano, com ritmo de crescimento de mais de um novo acesso por segundo, de acordo com dados da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações).  Somente em outubro, foram 3,2 milhões de novos assinantes de banda larga fixa ou móvel. Esse mês teve 2,67 milhões de segundos. Cruzando os dados chega-se a uma razão de cerca de 1,2 novo assinante por segundo. Desde janeiro deste ano foram 19,5 milhões de novos usuários, um crescimento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2010, o total foi de 11,9 milhões de novos clientes. O crescimento foi puxado pela banda larga móvel, que já tem o dobro de acessos que a banda larga fixa. Dos 53,9 milhões de acessos à banda larga, 16,3 milhões são de conexões fixas e 37,6 milhões em móvel (3G).  Há mais de três prestadoras de serviços de banda larga móvel em 50,5% das cidades brasileiras, onde vivem 96,4 milhões de pessoas, segundo a Telebrasil. Censo Os dados da Telebrasil reafirmam o crescimento da tecnologia no Brasil. Dados do Censo divulgados recentementeo apontam que o número de domicílios com computador mais que triplicou no Brasil nos últimos dez anos. 

Friday 18 November 2011

Pesquisa mostra atitude do brasileiro em relação ao vazamento de informações

Das 12 nações em que foi realizado o Índice de Segurança Unisys - estudo semestral feito pela Unisys em todo o mundo sobre as atitudes das pessoas com relação à segurança -, o Brasil é o país onde mais pessoas levariam para o Tribunal um caso de vazamento de suas informações pessoais.

Os resultados da pesquisa mostram que 86% dos brasileiros tomariam uma ação legal se soubessem que seus dados pessoais, mantidos por uma instituição como um banco ou uma agência governamental, fossem acessados por pessoas não autorizadas.


O estudo também descobriu que 90% dos brasileiros consultados mudariam suas senhas como forma de evitar mais acessos não autorizados aos seus dados, e 55% iriam expor publicamente o caso.
Além disso, 79% dos pesquisados no Brasil disseram que encerrariam sua conta com a organização responsável pela violação de suas informações, enquanto 37% manteriam a conta, mas evitariam fazer transações online.


O Índice de Segurança Unisys entrevistou 1.500 pessoas no Brasil, sendo 750 homens e 750 mulheres, todos entre 18 e 65 anos de idade. O estudo consultou moradores da Grande São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre e Salvador.


Sobre o Índice


O Índice de Segurança Unisys é um estudo global, realizado semestralmente, que revela a percepção e as atitudes dos consumidores em uma ampla gama de assuntos relacionados à segurança.

O Lieberman Research Group conduziu a pesquisa na América Latina, Europa e nos EUA; a Newspoll conduziu a pesquisa na Ásia-Pacífico. O Índice de Segurança Unisys entrevistou mais de 10.000 pessoas em 12 países: Austrália, Bélgica, Brasil, Colômbia, Alemanha, Hong Kong, México, Holanda, Nova Zelândia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Estudo: Banda larga móvel ajuda a aumentar produtividade

Uma pesquisa realizada pelo Ericsson ConsumerLab – divisão de pesquisas de comportamento de consumo em serviços de comunicação da fabricante sueca de produtos de telecomunicações – revela que 60% dos usuários com perfil profissional e acesso a banda larga móvel afirmam que a tecnologia contribui para o aumento da produtividade em assuntos empresariais. O objetivo do estudo é analisar como a banda larga móvel é usada em favor do ambiente de trabalho.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira 17, mostra que 40% dos usuários com perfil profissional utilizam o acesso móvel em laptops. Entre os motivos citados por eles para estarem sempre conectados estão: controle, envolvimento, capacidade de se mostrar eficientes e independência. Além disso, 72% dos usuários dizem que mobilidade é essencial para se manterem conectados durante todo o período de trabalho. Outros 92% acreditam que é importante ter acesso à banda larga móvel em qualquer lugar.

No caso específico do Brasil, a possibilidade de realizar videochamadas e assistir TV no celular são os fatores que despertam maior interesse dos brasileiros no uso de banda larga móvel. "Há expectativas de crescimento na demanda por banda larga móvel comparada com internet fixa aqui no Brasil, uma vez que cerca de 40% dos usuários mapeados disseram fazer uso da banda larga móvel para ver e-mails e mais de 50% para acesso a internet. Quanto ao nível de intenção para aquisição de pacotes banda larga móvel, os brasileiros podem ser comparados a usuários da Espanha e Japão", diz Luciana Gontijo, responsável pelo Ericsson ConsumerLab na América Latina.

O estudo ressaltou ainda dois tipos de benefícios obtidos através do uso de banda larga móvel: benefícios práticos e os relacionados com a imagem. Os práticos incluem estar sempre acessível e capaz de atingir os outros, bem como ter acesso a informações relevantes, tais como documentos pessoais. Os usuários também podem obter respostas rápidas a suas perguntas, o que é importante para quem trabalha, por exemplo, na área de vendas. Já os benefícios de imagem são de outro tipo: a banda larga móvel ajuda a construir a imagem de um profissional sempre alerta e disponível.

O estudo contou com a ajuda de 1,9 mil usuários de banda larga móvel com perfil profissional em 12 países, entre eles Áustria, Austrália, Alemanha, Brasil, Singapura, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Foram avaliados os acessos feitos por meio de laptops, smartphones e tablets.

Thursday 17 November 2011

Para especialista, segurança da informação é fator crítico no projeto SPED

O projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), que inclui a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), expõe as empresas a perigosas brechas de segurança da informação.


A advertência é do professor Roberto Dias Duarte, cofundador da Escola de Negócios Contábeis (ENC) e membro do conselho consultivo da Mastermaq Softwares.


De acordo com o especialista, as brechas de segurança da informação representam o outro lado da moeda do projeto SPED, que proporciona maior velocidade nas operações mercantis, facilita a circulação de cargas e contribui para combate à sonegação fiscal.
“Se a empresa não se proteger, certamente haverá vazamento de dados sigilosos e considerados estratégicos para os negócios. É o sonho dos cibercriminosos, cada vez mais ativos na web”, argumenta.


Pelos seus cálculos, o Brasil tem hoje aproximadamente 700 mil empresas emitindo a NF-e, quase 500 municípios exigindo a Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NFS-e) e 170 mil empresas transmitindo livros contábeis digitais via Escrituração Contábil Digital (ECD).


No próximo ano, diz ele, 1,37 milhão de empresas participarão da Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS/Cofins, enquanto cerca de 3 milhões de empresas deverão receber e emitir a NF-e.
Na avaliação do professor, a questão da segurança da informação passa por três pilares: tecnologia, conhecimento e comportamento. E o maior custo para que as empresas se adaptem é o humano.
“Quanto menos conhecimento as pessoas têm, mais tempo gastam para executar uma tarefa ou cumprir uma missão – no caso, proteger os dados da empresa”, explica.


Duarte reforça esta ideia demonstrando-a em uma fórmula bem simples: “se o conhecimento sobre o assunto está muito distante da realidade das pessoas, resta a opção de contratar especialistas. Ou seja, o custo é proporcional à ignorância.”


Nesse cenário, o professor considera a virtualização uma alternativa a ser considerada pelas empresas não apenas em processos fiscais e tributários, mas também em termos administrativos.


“O mundo é digital. Os ativos, cada vez mais intangíveis. Foi-se o tempo em que o diferencial competitivo estava nos bens físicos. A importância do capital está migrando do físico para o intelectual, que é composto de software, metodologia, equipes, conhecimento técnico e sobre os clientes”, declara.


“Deixar o capital intelectual exposto é atestado de óbito. E isso não é ficção científica. É pura realidade”, acrescenta.

Wednesday 16 November 2011

Número de vírus para dispositivos Android aumenta 472%.

Sistema operacional da Google é o mais atacado por pragas virtuais, diz pesquisa

A empresa de Tecnologia de Informação e segurança de redes Juniper Networks divulgou um relatório nesta semana em que afirma ter registrado um crescimento de 472% na quantidade de vírus desenvolvidos para Android, o sistema operacional móvel da Google.

Os dados começaram a ser coletados em julho e foram divulgados na terça-feira gerando polêmica entre os usuários do software. Segundo os especialistas da companhia, o Android tornou-se a plataforma de smartphones mais atacada por criminosos.

“Tudo que você precisa é ter uma conta de desenvolvedor, que pode facilmente ser anônima, pagar US$ 25 e postar seus aplicativos", diz a empresa.

Sem processo de revisão do software ou verificação do usuário, o aplicativo malicioso só é removido da Android Market após denúncias. Até que isso aconteça, milhares de downloads são feitos e donos de smartphones Android prejudicados.

Ainda de acordo com o levantamento, além do aumento no volume de vírus, foi percebido que as pragas virtuais estão cada vez mais sofisticadas. Neste ano, foram detectados malwares capazes de acessar todas as funções dos dispositivos - um acesso completo à raiz do aparelho, conhecido como root. A manobra permite a instalação de outros pacotes no celular ou tablet, mesmo quando não autorizada pelo usuário.

A empresa afirma que os hackers insistem nesse modelo de ataque porque a plataforma da Google é vulnerável. Cerca de 90% dos aparelhos com Android não receberam atualizações de segurança de seus fabricantes.

Dos dados obtidos foi identificado que 55% dos vírus agem como spywares, roubando informações do usuário. Outros 44% são trojans de SMS, que enviam torpedos para números de cobram tarifas maiores e transferem os valores para fundos de aplicações dos próprios hackers, sem o conhecimento da pessoa.

Embora o alvo das críticas seja a plataforma Android, a pesquisa aponta que a principal razão para a epidemia de malwares não é somente o conjunto de vulnerabilidades do sistema. A abordagem que a Google dá a normas de uso da sua loja de aplicativos deixa a desejar.

A Apple, criadora do iOS, exige que os softwares sejam revisados e tenham uma assinatura digital de identificação para evitar aplicações com conteúdo malicioso.

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Preenchendo a lacuna entre negócio e seu sistema SAP

No início dos anos 90, foi dada a largada a um movimento para buscar melhorias operacionais e aumento da competitividade empresarial. Ali, novos conceitos de gestão como a gestão por processos e a qualidade total começaram a ser desenvolvidos.

Michael Hammer introduziu um novo conceito, a reengenharia de processos de negócios, propulsor do termo “downsizing”, justificando enxugamento e demissões para reduzir custos. Pensava-se, com isso, ganhar mais eficiência operacional, mas os resultados decepcionaram, levando dificuldades a algumas organizações.

E “reengenharia” virou palavra non grata até hoje nas empresas.
Um novo ciclo se reiniciaria no final daquela década. A tecnologia da informação tomou importância estratégica na gestão dos negócios, e começaram a ser adotados os sistemas de gestão integrada, os ERP´s (Enterprise Resource Planning), que trazem consigo o conceito de gestão por processos.

Para implementar o ERP, as organizações realizaram o levantamento e o desenho dos seus fluxos de atividades que geram valor ao cliente (a chamada cadeia de valor). Os denominados processos-chave – suprimentos, logística, produção e vendas – eram, até então, entendidos como “silos” do negócio, isolados em funções operacionais, que precisaram ser revistos para processos integrados. Logo se percebeu que o resultado de cada atividade impacta diretamente na atividade seguinte.

Assim, as organizações entenderam que precisavam “quebrar os muros operacionais” e adotar a visão “end-to-end” nos processos de negócios. Exemplo: dos processos de “compras até o pagamento” e ”das vendas até o recebimento”.


Mesmo assim, os ganhos previstos não aconteceram para muitas empresas, apesar de reconhecerem a melhora nos processos, controles internos e disponibilidade de informação. Mas quanto mais competitivas elas se tornaram? Essa é uma pergunta com muitas variáveis para as respostas possíveis. O cenário de cada empresa é diferente do de outra, mas o que se viu na maioria das empresas foi o sistema ERP ser implementado como um ativo tecnológico, e não uma solução para o negócio.

Desta forma, o desenho da solução foi realizado conforme a necessidade da empresa, e não o que o ERP oferecia. Muitas customizações foram realizadas para atender ao fluxo operacional que a empresa já realizava, e não implementaram novos conceitos e práticas que vinham agregados no ERP.


Os custos de implementação aumentaram, e o de manutenção, mais ainda. Ainda existem empresas, mais de 20 anos depois das primeiras implementações, realizando projetos nos mesmos moldes. E isso não é por problema do ERP ou da consultoria de serviços, mas por necessidades impostas e objetivos imediatos de cada empresa. A maturidade em gestão por processos esbarrou, muitas vezes, na falta de recursos para um projeto completo, no prazo de implementação e nos impactos na mudança organizacional que criam resistências dos colaboradores já acostumados a uma forma de trabalho.

Estes são alguns exemplos de dificuldades encontradas nos desafios dos projetos de implementação de um ERP.


Os questionamentos da alta gestão sobre o retorno alcançado e os investimentos realizados eram comuns. O que aconteceu que os investimentos realizados em qualidade, processos e tecnologias não surtiram o efeito esperado? Por que muitas áreas tiveram seus custos aumentados? Sabemos que, nos últimos 15 anos, o cenário global de negócios mudou, as tecnologias invadiram nosso dia a dia, o ciclo de lançamento e vida útil de novos produtos encurtou e novos competidores e produtos aparecem constantemente.


Nestes últimos anos as empresas têm repensado e buscado entender o que de fato aconteceu, e como obter os ganhos esperados de competitividade sem perder os investimentos tecnológicos já realizados. Os investimentos em sistemas integrados melhoram a qualidade da informação, fluxo de processos e diminui os riscos das organizações, mas por si só não é suficiente para o aumento da competitividade.

As organizações estão percebendo que, para atingir o ROI esperado de seus investimentos, é necessário ter um planejamento estratégico alinhado com os processos de negócios e suportados por sistemas integrados, utilizando o máximo possível das práticas padrão desses ERP´s. Isso não é mais um “luxo“ de grandes organizações, mas uma necessidade perene e que precisa ser constantemente revisada para que as organizações mantenham-se atualizadas e competitivas.


A estratégia é que determina os processos de negócios que irão compor a organização. Como resultado, os processos de negócios bem definidos e os seus KPI´s devidamente identificados, estes é que devem determinar a prioridade de execução de projetos e investimentos em novas tecnologias. Qualquer desalinhamento em uma dessas “camadas” traz resultados insatisfatórios, tanto no retorno sobre os investimentos quanto, a longo prazo, na competitividade e sobrevivência da própria empresa.


Nosso argumento para criação de valor é a sequência: estratégia, processos de negócios, projetos e tecnologia. Mas, para quem fez altos investimentos em tecnologias de ponta como o SAP ERP e não seguiu exatamente essa linha de execução nos projetos? Não possui um alinhamento claro entre estratégia e processos de negócios? Seus processos não foram devidamente documentados ou estão com a documentação desatualizada?

O SAP ERP tem um nível de customização muito acima do desejado e tem se tornado cada vez mais difícil manter e atualizar as novas versões. Os projetos não são determinados por necessidades estratégicas do negócio, e sim por definição de cada área. O que fazer?


Felizmente, para usuários dos sistemas SAP já existe solução que pode ajudar a resolver esse problema. O caminho é fazer o “retorno”, começando pelo que foi implementado no SAP, entender e mapear cada processo, customização, relatório, transação utilizada e quem usa. E a boa notícia: já se pode fazer isso de forma automática.

A reengenharia proposta por Hammer para processos de negócios, que gerou tanta polêmica, agora pode ser executada de forma construtiva nos sistemas SAP, gerando todo o levantamento dos processos de negócios, do que é usado e o que não é usado, possibilitando a comparação com as melhores práticas disponíveis no SAP e as não-implementadas.


Isso permitirá, com pouco esforço, ter todos os processos de negócios em execução documentados, com análise de aderência do que o sistema SAP ERP oferece como melhor prática e como a organização se beneficiaria do novo modelo. A partir disso, verificar se esses processos estão realmente refletindo a estratégia definida para alcançar os objetivos financeiros, de satisfação dos clientes e de excelência operacional perseguido pela a organização.


Com esse ciclo finalizado, a organização pode começar a implementar seu PDCA na sequência defendida para a criação de valor: definição e entendimento da estratégia, reorganização e alinhamento dos processos, definição da priorização dos projetos e implementação das tecnologias adequadas.


Atualmente, as organizações num mercado global tão competitivo passam por diversos movimentos estratégicos amplamente difundidos como: excelência operacional, orientação ao cliente, inovação e sustentabilidade.

Para chegar lá, concluímos que essa linha de “pensar” a organização reflete em consistência na competitividade empresarial, possibilitando o retorno esperado dos investimentos e, quando não forem alcançados, facilita a reavaliação e a identificação das “falhas”, agilizando o redirecionamento das ações corretivas.

Edson Leal, sócio diretor da Ratio Management Consulting.

Tuesday 15 November 2011

Colaboração é a palavra da vez

Novas ferramentas dentro das empresas conectam pessoas das mais diversas áreas em torno de projetos, ideias e conhecimento
O que gestore s de áreas como Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Marketing, Administração e Finanças têm em comum? A resposta é colaboração. Por meio de ferramentas que integram texto, vídeo, voz e as mais variadas formas de interação, os gestores desses e de tantos outros segmentos que compõem uma organização veem os seus trabalhos modificados – e para melhor.

Cada vez mais empresas estão adotando essas chamadas ferramentas de colaboração, que conseguem resolver uma série de questões como redução de custo, flexibilização do trabalho e maior agilidade nos negócios de uma só vez.

“Colaboração é a palavra do momento”, diz Miriam Vasco, Sócia-Diretora da MV Systems Consultores Associados e Presidente da NEXTi – Organização das Executivas de TI – e membro do Conselho Deliberativo da SUCESU-SP. Miriam acompanha o mercado de TI há cerca de 20 anos e garante que o termo colaboração não é novo, embora admita quenunca havia se falado tanto sobre ele. Para a especialista, a evolução do tema só se concretizou devido a um fato em particular: a Internet.

“Foi o que propiciou um ambiente colaborativo, pois a colaboração depende de uma rede, que hoje é signifi cativa, cresceu muito e é bastante segura”, observa.

"Cisco: 850 mil reuniões remotas, redução de 30% em viagens de executivos e menos 419 mil toneladas de carbono, tudo graças a solução colaborativa implantada em 2007"

Existem treze servidores no mundo que são responsáveis pelo funcionamento da Internet e que conectam a maioria dos países na rede mundial de computadores, permitindo que pessoas dos lugares mais remotos se comuniquem por meio de ferramentas simples, como e-mail e mensagens instantâneas. Num mundo globalizado, contudo, isso não é o bastante: em organizações multinacionais, essa comunicação precisa ser mais intensa e deve oferecer meios para a troca real de informações e até para a criação de projetos e realização de negócios.

Empresas de tecnologia, como a Cisco, já oferecem produtos que atendem não apenas às necessidades de comunicação das empresas, mas também permitem uma redução de gastos mais que bem-vinda, segundo o Gerente de Negócios de Colaboração da Cisco Brasil, Ricardo Ogata. “Somente pela Cisco, existem 984 salas de telepresença ao redor do mundo.

Com isso, cerca de 850 mil reuniões já foram realizadas, desde que a solução entrou em operação, em 2007, o que representou uma redução de mais de 30% das viagens de executivos e impediu o lançamento de mais de 419 mil toneladas de carbono na atmosfera”, afirma.

Algumas questões colocadas por Miriam, entretanto, devem ser levadas muito a sério. A segurança da informação e a gestão de risco estão intrinsecamente ligadas à colaboração e não podem, de forma alguma, ser ignoradas ao se optar por ferramentas que a promovam. Essas ferramentas estão conectando pessoas para que elas possam compartilhar conhecimento, encontrar respostas e solucionar problemas sem que, para isso, tenham de se deslocar de onde estão.

Isso significa que as informações da empresa, entre elas algumas de alta confi dencialidade, estarão na nuvem e, mesmo que essa nuvem seja privada, estarão sob risco de ataques de vírus e hackers. “Ao implementar ferramentas colaborativas, a empresa precisa ter uma governança de segurança da informação e gestão de risco. A colaboração envolve não apenas gestão de risco em TI, mas gestão corporativa também”, alerta.

Monday 14 November 2011

HD da Seagate conecta via Wi-Fi

Aos poucos as pessoas têm usado menos PCs e notebooks e mais smartphones e tablets, mesmo em casa. Por isso, HD externos que possam se conectar a dispositivos do tipo são de grande ajuda.

O GoFlex Satellite, da Seagate, é um belo dispositivo que atende a esse possível desejo. É claro que aquele velho problema de usar um HD externo com Wi-Fi se repete nele: para que o smartphone ou o tablet possam acessar o conteúdo do HD é preciso que estejam conectados apenas a ele, o que impede o uso simultâneo da internet.

O acesso remoto pode ser feito pelo browser. Existe também um aplicativo para iOS disponível na App Store. É possível que até três dispositivos diferentes acessem o conteúdo do HD por Wi-Fi.

Além da possibilidade de Wi-Fi, o GoFlex Satellite também tem conexão USB 3.0, para transferência de arquivos em alta velocidade. Ele tem 500 GB de capacidade e preço sugerido de 749 reais. Mais informações sobre a passagem do HD pelo INFOlab estarão na edição de dezembro da INFO.

Fonte: www.info.com.br

O risco da compra on-line

Tipos mais comuns de fraude


Os golpes mais comuns nas transações financeiras on-line

Fraude deliberada

É a compra feita com o roubo de dados. Essa é fraude mais comum em lojas. Uma subcategoria da fraude deliberada é a Fraude Amigável, quando alguém próximo, como um parente ou amigo, faz uso do cartão sem o conhecimento do dono.

Autofraude
É o tipo de fraude cometida pelo próprio dono do cartão. Ele faz a compra e depois liga para fazer o cancelamento e não pagar pelo produto que já recebeu. A maior parte das lojas exige assinatura de recebimento da compra para dificultar o golpe.

Phishings
O nome vem da palavra pescar, em inglês. Um e-mail falso, em nome de alguma grande loja, é enviado para confirmação de compras ou de dados, como endereço, CPF ou número do cartão. Esse e-mail falso pode ser usado para carregar um tipo de vírus, que se instala na máquina para roubar dados.

Compre com segurança

1- Procure comprar em lojas conhecidas

2- Ao clicar em comprar, as letras no início do endereço digital da empresa mudam de http para https. O “s” é o certificado digital de que a página está segura. Não forneça nenhum dado para o site se essa mudança não ocorrer

3- Não se fie apenas nos cadeados que aparecem na tela e, supostamente, sugerem que o site é seguro. Um site desconhecido, que tem um cadeado estampado na tela, não quer dizer muita coisa. Se você não conhece o site, procure outras garantias antes de digitar seus dados

4- Atenção aos e-mails de grandes lojas que pedem confirmação de dados. Verifique a veracidade da mensagem com a empresa citada antes de clicar em algo. Pode ser golpe

5- Desconfie de sites com preços muito abaixo do mercado. Podem ser falsos

6- Ao usar seu e-mail, não abra mensagens nem clique em anexos ou links de remetentes desconhecidos. Eles podem conter vírus ou programas que se instalam automaticamente no computador para capturar informações

7- Na dúvida, verifique se a loja tem muitas reclamações nas Procons (www.mj.gov.br/sindec)

8- Além do e-mail, verifique se a loja oferece outros meios de comunicação, como telefone e endereço

9- Não se iluda com a aparência do site nem com a facilidade de acesso. Preocupe-se em verificar se a empresa tem certificado de segurança, para que seus dados não fiquem expostos na rede

10- Não faça compras por meio de computadores públicos (de lan houses, de escolas e do trabalho)

11- Imprima toda a publicidade que encontrar no site e guarde o comprovante de pedido e de pagamento. Tudo pode servir de prova caso haja algum problema

12- Evite pagar antecipadamente pela encomenda. Prefira o pagamento contraentrega, com cheque, boleto, vale postal ou cartão de crédito

Friday 11 November 2011

Para Cisco, neutralidade de rede não deve impedir diferenciação de serviços

Jeff Campbell, diretor senior da Cisco para assuntos governamentais relacionados a políticas tecnológicas e comerciais esteve esta semana no Brasil. Ele é um dos principais responsáveis pela defesa da posição da empresa em relação a temas como neutralidade de rede, e esse foi um dos tópicos de sua visita ao Brasil.

Para Campbell, o caminho que alguns países do mundo estão seguindo em relação ao tema tende a desestimular investimentos em redes e inovação. entre esses países que segue um caminho preocupante estão os EUA, diz ele.

"O modelo que nos parece mais razoável é o europeu, onde há uma tendência a regular menos a questão da neutralidade e deixar que os órgãos antitruste corrijam, posteriormente, eventuais distorções", diz. Para ele, o "problema" da neutralidade de rede é algo que ainda não existe.

"Alguns países, como os EUA, estão regulando um problema que ninguém sabe se surgirá". Na visão da Cisco, não existe nenhuma polêmica em relação aos princípios básicos de uma rede neutra. "Se o seu conceito é o de que neutralidade é o livre acesso a conteúdos e aplicações e a possibilidade de conectar qualquer dispositivo à rede, desde que isso não seja uma ameaça à integridade física do sistema, não acho que ninguém seja contra.

A polêmica começa quando se discute se por trás da neutralidade está a proibição de que os provedores de rede estabeleçam níveis diferenciados de qualidade de serviço". Para a gigante de Internet, a diferenciação destes níveis de qualidade é que estimula o surgimento de novos serviços e modelos de negócio, e proibir isso é desestimular a inovação. "O problema do modelo norte-americano, por exemplo, é o excesso de justificativas que você precisa apresentar toda vez que vai colocar algum limite na rede", diz ele.

Outro problema, segundo o executivo da Cisco, é que a premissa por trás do argumento de que a rede deve ser absolutamente neutra, sem nenhuma diferenciação de qualidade, é que o consumidor sempre terá que pagar a conta.

"Se você não permite acordos comerciais para diferenciar a qualidade dos serviços, a conta da rede será sempre paga pelo usuário final apenas". Na visão da Cisco, que é alinhada à das grandes operadoras de telecomunicações, seria justo que os grandes provedores de conteúdo, que sustentam seus serviços com publicidade, pagassem uma parte da conta também.

Sobre políticas de garantia de qualidade de serviço, como as que estão sendo criadas no Brasil com a regulamentação da qualidade nos serviços de banda larga fixa e móvel, o grande desafio, segundo a Cisco, é conseguir medir a qualidade para atestar se os parâmetros estão sendo cumpridos.

"Existem centenas de variáveis que podem afetar a performance de uma rede, e estabelecer esses critérios é muito complicado, por isso não vejo muito sentido nesse tipo de regulamentação", diz Campbell.

Para ele, o melhor modelo é o competitivo. "Se você tem dois ou mais competidores na oferta de rede, eles trabalharão para oferecer o melhor ao usuário dentro da viabilidade econômica", diz.

Thursday 10 November 2011

Procon decide suspender 3 sites de vendas em SP e aguarda recurso

A Fundação Procon SP decidiu suspender as atividades no estado de São Paulo dos sites de vendas na internet das Americanas, Shoptime e Submarino, da B2W Companhia Global de Varejo, pelo período de 72 horas, por reincidir na prática de não entregar os produtos aos consumidores. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial do Estado de São Paulo, e prevê ainda multa no valor de R$ 1,7 milhão.

De acordo com o Procon, contudo, cabe recurso da decisão, que deve ser apresentado pela empresa em até 15 dias. A suspensão e aplicação da multa só acontecerão após a análise do recurso pelo Procon – ou seja, apenas se for confirmada a decisão.

Segundo o Procon, a B2W teve um aumento de 246% do número de casos relatados à fundação, que passaram de 1.479 atendimentos no segundo semestre de 2010 para 3.635 atendimentos até o primeiro semestre deste ano.

De acordo com a Andrea Sanchez, diretora do Procon-SP, de 2004 até este ano, a fundação já realizou 11 determinações contra a B2W. De 2009 para cá, três delas foram sobre problemas na entrega. "Verificamos que, apesar da existência de processos administrativos e apesar das multas, o problema não só persistiu, como aumentou. Não adianta aplicar somente mais uma multa, já aplicamos nos outros processos e a empresa não mudou a conduta", afirma.

Andrea ressalta que o prazo de entrega é um dos diferenciais que influenciam a decisão do consumidor e, por isso, precisa ser cumprido. "[Se o consumidor soubesse que demoraria mais que o previsto para o produto chegar], ele poderia ter escolhido outra empresa, com preço diferenciado, mas que cumprisse o prazo", ressalta.

Para a especialista, a justificativa de que as vendas aumentaram não pode ser aceitada. "Se aumentou o número de vendas, a empresa tem que ser transparente o suficiente [e falar o prazo real de entrega]", afirma.

O G1 procurou a B2W e aguarda resposta sobre o assunto.

Decisão
De acordo com o texto publicado no Diário Oficial, a decisão homologa um auto de infração e fixa multa de R$ 1.744.320. A decisão "considera agravante com aumento de 1/3 da pena-base, por ser o autuado reincidente na prática de infrações às normas da Lei nº 8.078/90".

Orientação do Procon
O consumidor que tiver problema com entrega de produto e serviços no estado de São Paulo pode procurar um dos postos da Fundação Procon-SP das seguintes formas. Os endereços estão listados no site do Procon:


- Pessoalmente, das 7h às 19h, de segunda à sexta-feira, e aos sábado, das 7h às 13h, nos postos dos Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera.


-  Nos postos dos Centros de Integração da Cidadania (CIC), de segunda à quinta-feira, das 9h às 15h.


- Por telefone no número 151 ou por fax ao telefone (11) 3824-0717.
- Por cartas na Caixa Postal 3050, CEP 01031-970, São Paulo-SP.

Redes Sociais: Liberdade de expressão ou abuso?

Os brasileiros são campeões em solicitação de retirada de conteúdo do ar na internet e redes sociais. Por que será? Acredito que somos um povo de opiniões fortes, mais jocoso, acostumado ao fato de que tudo vira pizza e de que formamos um país onde impera a impunidade. Todos estes fatores reunidos permitiram criar um perfil de usuário de “moral mais frouxa”.


A liberdade de expressão precisa ser não apenas exercida, mas ensinada nas escolas. Como se expressar de forma ética e juridicamente correta? Como manifestar sua opinião, seu direito de protesto, sua reclamação de consumidor sem que isso se transforme em um abuso de direito. O limite entre liberdade e prática de crime é bem sutil. E faz toda a diferença a escolha do texto, qual palavra será publicada para expor no mundo, em tempo real, um pensamento.


Precisamos, então, de inclusão digital com educação. Em um contexto de maior acesso a tecnologia com serviços que viabilizam compartilhar informações, produzir conhecimento colaborativo, deve-se saber também quais são as regras do jogo, que vão desde a proteção da reputação e imagem das pessoas até dar o crédito ao autor.


Acredito que a grande maioria das pessoas não reflete muito sobre o que está comentando, publicando, ou melhor, documentando, nas redes sociais. E, infelizmente, é difícil exercer arrependimento, pois o conteúdo se espalha rapidamente, e se perpetua!


A maioria dos casos de solicitação de retirada de conteúdo do ar envolve, principalmente: a) uso não autorizado de imagem; b) ofensa digital; c) exposição de intimidade excessiva (em especial no tocante a menores de idade); d) uso não autorizado de marca; e) uso não autorizado de conteúdo (em geral infringindo direitos autorais).


E então, eis uma questão relevante, como orientar os jovens, que estão na rede social, na grande maioria mentindo a idade? O problema da ética já começa aí. Os serviços destacam a responsabilidade dos pais darem assistência aos seus filhos nos ambientes digitais. Um pai leva um filho ao cinema, mas não sabe o que ele está fazendo na “rua digital”.


A tecnologia não tem um mau intrínseco. Talvez, este nosso Brasil que está digital seja, de fato, mais transparente. Isso significa que somos assim mesmo, gostamos de nos exibir, de falar mal dos outros, fazer piadas de mau gosto, publicar fotos das pessoas sem autorização. Será? Ou a geração Y nacional é que não foi bem orientada, que não conhece as leis, que acha que não vai haver consequências de seus atos?


Temos que preparar melhor nosso novo cidadão da era digital, para gerar a própria sustentabilidade do crescimento econômico do país em um cenário de mundo plano, sem fronteiras. Para tanto, é essencial garantir a segurança das relações, a proteção dos indivíduos. Toda desavença social digital que possa virar uma ação de indenização, que acione a máquina da Justiça, gera prejuízos para toda a sociedade e não só para as partes envolvidas.


Devemos investir em duas políticas públicas digitais: a de educação e a de segurança. No tocante à primeira, deve-se inserir no conteúdo base da grade curricular do ensino fundamental e médio, das escolas públicas e particulares brasileiras, os temas de ética e cidadania digital, que devem tratar sobre:

a) proteção da identidade (contra falsa identidade e anonimato);

b) exercício da liberdade de expressão com responsabilidade (contra os abusos);

c) uso correto de imagens;

d) produção e uso de conteúdos digitais dentro das melhores práticas de direitos autorais (coibir plágio e pirataria). Os jovens precisam aprender como fazer o dever de casa sem copiar o conteúdo alheio!


Quanto à questão da segurança, deve-se por certo criar um time responsável pela vigilância das “vias públicas digitais”, para identificação rápida de incidentes e para aumentar a prevenção. Se o cidadão está na internet, então o poder público e o poder de polícia têm que estar também. Com ambientes preparados, com alta disponibilidade e com medidas que garantam a proteção dos dados dos brasileiros.


O país ficou mais justo através da infovia, onde seus artistas passam a ter alcance mundial. Inclusive, uma pessoa qualquer pode ficar famosa em questão de segundos e, com isso, realizar um futuro sonhado antes restrito a poucos. A mobilidade trouxe mais emprego, mais negócios, e já alcança também as classes C e D.

Permitiu, também, a redução de tarifas e custos, seja pelo uso do Banco pelo celular ou mesmo do acesso aos serviços públicos na internet, mais rápidos, eficientes e com menos burocracia.


A conta ecológica também agradece, pois o uso da Tecnologia da Informação e Comunicações - TIC permite reduzir o uso do papel. Bem como o ativismo ambiental também cresceu nas redes sociais chegando até a se financiar através de doações que ocorrem no modelo comunitário-coletivo do “crowd funding” (financiamento colaborativo). Mesmo a relação do eleitor-candidato ficou direta de fato! E esta memória coletiva, que fica residindo nas redes sociais mesmo após o pleito, é importantíssima para o amadurecimento das escolhas e do próprio exercício do voto. Isso é um ganho!


Claro que o grande investimento em infra-estrutura dos últimos anos foi o que viabilizou um Brasil mais democrático, que permite acesso a informação através de uma internet banda larga. Sem isso, por certo não teríamos incidentes, nem pedidos de retirada de conteúdos do ar. Mas, não podemos gerar analfabetos digitais.

Não é só saber dar “click”, tem que ser educado e praticar o uso ético e seguro.


De todo modo, o mais importante não é ficar pedindo para tirar conteúdo do ar depois que o estrago já está feito, mas saber publicá-lo dentro de um modelo mais avançado de cidadania e respeito. Precisamos deixar de herança a vontade de criar e inovar. O uso do ferramental tecnológico tem que ser utilizado a serviço do bem social.

Dra. Patricia Peck Pinheiro, advogada especialista em Direito Digital, sócia fundadora da Patricia Peck Pinheiro Advogados, autora do livro “Direito Digital”, do áudio-livro e do pocket book “Tudo o que você precisa ouvir sobre Direito Digital”, do áudio-livro “Eleições Digitais” e do áudio-livro “Direito Digital Corporativo”, todos da Editora Saraiva.  -

Twitter: @patriciapeckadv

Wednesday 9 November 2011

Justiça obriga Vivo a dar informações mais precisas sobre internet 3G

Depois de recorrentes falhas na conectividade, a Vivo foi obrigada pela Justiça nesta quarta-feira a prestar informações mais claras sobre o seu serviço de banda larga 3G.

De acordo com a decisão da 6ª Vara Empresarial, a operadora também deve ressarcir todo dano material ou moral causado ao consumidor que tenha verificado falhas no serviço, além de cumprir qualquer oferta já divulgada ou que ainda será veiculada sobre a internet 3G. Caso contrário, a Vivo terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.

A ação foi movida pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte (PJDC) e solicitava que a operadora fosse obrigada a informar em seu material publicitário onde a cobertura 3G está sujeita a variações de conectividade em função da disponibilidade e intensidade do sinal. A ação pedia que fossem especificadas quais condições climáticas e geográficas podem causar as variações, além de informar as razões técnicas para a indisponibilidade do serviço em certas localidades.

A Vivo informou, através de nota de sua assessoria de imprensa, que tem conhecimento da decisão mencionada pela reportagem e que está analisando o assunto para tomar as providências cabíveis.

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América Latina alcança 58 milhões de assinantes 3G/HSPA

A América Latina encerrou o terceiro trimestre com 58 milhões de assinantes com dispositivos móveis 3G/HSPA, segundo dados da 4G Américas, entidade que acompanha a evolução das redes celulares no continente. Isso representa aproximadamente 10% da base na região. Um ano atrás eram 31 milhões, ou 6% do total. A maior parte dos assinantes latino-americanos ainda possui dispositivos de segunda geração (2G) com tecnologia GSM: 506 milhões.

O país com maior penetração de assinantes 3G/HSPA é o Chile, com 24%, seguido por Brasil (16%), Argentina (14%), Equador (11%) e México (9%). Um ano atrás a proporção no Chile era de apenas 11%; no Brasil, 9%; na Argentina, 8%; no Equador, 7%; e no México, 5%.

A participação de dados na receita das operadoras latino-americanas é, em média, de 22%. Para se ter uma ideia, na América do Norte essa participação é de 35%. Os países da América Latina onde dados têm maior relevância na receita das teles são Argentina e Venezuela, com 42% e 35%, respectivamente. Em seguida vêm México (25%), Chile (19%) e Brasil (18%).

Segundo o 4G Américas, já existem 21 redes comerciais com tecnologia HSPA+ na região, com velocidades de 21 Mbps ou 42 Mbps (no caso de portadora dupla, usada pela Entel e a Movistar do Chile).

Tuesday 8 November 2011

Links internacionais representam até 40% do custo da Internet na América Latina, diz Cepal

O uso dos cabos submarinos (enlaces internacionais) representa de 30% a 40% do custo final do serviço de Internet na América Latina. A informação foi passada pelo consultor da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Edwin Rojas, nesta segunda-feira, 7, no II Fórum Ibero-americano para o Desenvolvimento da Banda Larga, em São Paulo.

Segundo ele, trata-se de um valor excessivo na composição da conta do serviço de Internet. “As operadoras dizem que esse custo não passa dos 20%, mas há outras melhorias que devem ser analisadas”, alerta. Isso acontece, de acordo com o consultor, pois de 60% a 80% do tráfego internacional originado na América Latina passa por servidores dos Estados Unidos. Cerca de 40% desse tráfego advém do Brasil.

A Cepal defende a união dos países sul-americanos para a implantação de novas redes de transmissão e saídas internacionais, além da distribuição de centros regionais de processamento de dados, com servidores no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. “A princípio, os servidores seriam instalados nos países com maior demanda por serviços de dados

. Porém, todos os países do Unasul seriam beneficiados”, explica. A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é a união intergovernamental que integra os países latino-americanos. O diálogo regional, no entanto, está ocorrendo entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai, Equador e Uruguai.

“A Cepal está desenvolvendo um documento com propostas que auxiliarão não só a estruturação de políticas de integração da infraestrutura de transmissão, mas também na redução dos custos e melhoria da qualidade dos serviços e promoção da coesão cultural da região”, revela. Um dos benefícios imediatos de tal integração seria o aumento da qualidade das redes de transmissão, com redução de até dez vezes na latência dos links internacionais.

Brasil

O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, César Alvarez, ressalta que a maior exigência gerada pelos serviços de redes sociais e por dispositivos mais avançados estão criando uma necessidade por maior largura de banda. “Hoje, o Brasil  não tem interligação com mais de quatro países. A entrada da Telebrás (no setor de cabos submarinos) é importante para proporcionais redes de transporte de dados mais avançadas”, diz. “A parceria dos países latino-americanos com a Telebrás pode se dar por cotas ou contratos de compra antecipada, o que seria muito importante para a viabilidade do negócio e o desenvolvimento da região”, acrescenta.

Encontro

Alvarez ressaltou também que o Brasil será o país anfitrião de um encontro que reunirá, em Brasília, no dia 29 de novembro deste ano, os ministros de Comunicação da América do Sul. Esta deve ser a primeira de uma série de encontros para a promoção da integração das telecomunicações na região. Segundo o Minicom, o governo está desenvolvendo, com o auxílio da Cepal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um mapa para verificar os pontos de melhoria nas comunicações da região.

Definindo o valor empresarial da computação em nuvem

O surgimento da computação em nuvem faz parecer que o céu é o limite quando se trata de usar novas tecnologias para melhorar a maneira como fazemos negócios. Cloud Computing oferece maneiras criativas para que as empresas avaliem como elas utilizam a TI, que por sua vez libera recursos e dinheiro para que elas se concentrem no que mais importa – seus principais objetivos de negócios.


De acordo com uma recente pesquisa encomendada pela Avanade, a maioria dos tomadores de decisões de TI reconhece a computação em nuvem como uma maneira viável para reduzir os gastos de capital e os custos operacionais.

Tal resposta demonstra que as empresas enxergam que as capacidades técnicas oferecidas podem ajudar a reduzir custos e torná-las mais ágeis. Os sistemas baseados em nuvem abrem imediatamente as portas para novas e mais eficientes maneiras para se conquistar os objetivos da empresa.


A chave é reduzir a complexidade em torno da computação em nuvem. As empresas precisam saber o que é isso, o que ela faz e oferece. Computação em nuvem é um termo genérico que engloba vários tipos de serviços, incluindo o Software como Serviço (SaaS). A nuvem não precisa ser tudo ou nada. As empresas podem encontrar um lugar para controlar as economias de escala, onde elas se sentirão mais confortáveis. Cada empresa deve decidir se esta estratégia atenderá plenamente suas necessidades.

Os problemas que as corporações enfrentam ao usar tecnologias on-premises (internalizadas) tornam-se os mesmos problemas quando elas são usadas remotamente. Embora existam diferentes opiniões sobre a segurança da nuvem, há cada vez mais vozes sugerindo que a segurança neste ambiente pode ser, de fato, melhor do que a segurança que a maioria das empresas oferece internamente.

Planos para a computação em nuvem

As empresas interessadas em adotar Cloud Computing precisam compreender os serviços prontos que já estão disponíveis. Aqui estão alguns passos a serem considerados:

1) Tenha uma estratégia claramente definida. A tecnologia torna-se um parceiro mais eficiente para a organização se os executivos definirem uma estratégia clara que melhore processos, os relacionamentos e serviços do negócio. Só então a TI pode buscar os serviços na nuvem que apoiarão essa estratégia;


2) Avalie os custos. Avalie os custos associados com a TI em relação ao custo dos serviços em nuvem para ajudar a determinar o que deve ser comprado e gerenciado internamente e o que poderia estar pronto para a nuvem;


3) Crie um plano. Com uma estratégia clara adotada e um objetivo determinado, identifique a direção que a sua empresa precisa seguir para chegar lá. Avalie os produtos e plataformas que você precisa para apoiar e ampliar a sua visão de TI;


4) Prepare um caminho para a migração. A migração e a integração de sistemas antigos podem requerer recursos adicionais. Se suporte de fora for necessário, considere uma parceria com uma firma experiente em migração de tecnologia;


5) Escolha parceiros ou fornecedores com credibilidade. Eles devem ter processos comprovados para apoiar as necessidades de uma organização. É igualmente importante identificar empresas com histórico de soluções no local. Essas empresas também devem ter uma clara visão da nuvem, bem como estratégias e ofertas que demonstrem estabilidade e viabilidade em longo prazo. Se dados pessoais são usados dentro da nuvem, os requisitos legais para transferência, armazenamento e uso de dados devem ser tratados cuidadosamente e com antecedência;


6) Realize um piloto. Comece com um aplicativo personalizado que utilize as capacidades de escala, alto processamento ou largura de banda intensa da computação em nuvem.
Qualquer decisão de começar a usar a computação em nuvem requer planejamento, premeditação e preparação. Quanto mais um negócio sabe o que deseja, maior a probabilidade de concluir as mudanças necessárias para cumprir suas metas.

Existem claros benefícios derivados disso para um negócio. Mas chegar à nuvem e perceber os seus benefícios não é tão fácil. A jornada para a nuvem é uma evolução que ocorrerá com o passar do tempo. As empresas devem começar hoje com um plano claro, uma análise profunda e a adoção de metodologias e práticas comprovadas.

Elas também serão capazes de se adaptar às oportunidades de negócio de forma mais eficaz.

O uso de sistemas baseados em nuvem também pode reduzir custos, especialmente em relação à compra, instalação, configuração, atualização e manutenção dessas ferramentas e serviços no local por parte das próprias empresas.


Hamilton Berteli, CTO da Avanade Brasil.

Monday 7 November 2011

Edital do leilão 4G fica pronto até dezembro, diz Paulo Bernardo

Tecnologia da quarta geração é dez vezes mais veloz do que o 3G.

O edital para o leilão de frequências 4G para serviços de telecomunicações sem fio ficará pronto nas próximas semanas, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (7), Bernardo disse que o edital deve trazer exigências para que as empresas tenham serviços 4G disponíveis nas cidades-sede da Copa das Confederações, em 2013, e nos demais municípios que receberão jogos da Copa do Mundo, em 2014.


“Nós não estamos fazendo leilão para arrecadar, mas para garantir oferta de serviço com prazo menor e com abrangência grande, com a qualidade que é devida”, disse Bernardo. “Até dezembro deve estar pronto a proposta de consulta pública”, acrescentou.

O 4G é o nome dado a um conjunto de tecnologias e padrões de transmissão de dados e voz por redes de telefonia celular. A tecnologia alcança velocidades de cerca de 100 megabit (Mbps), uma taxa de transmissão cerca de dez vezes maior do que a máxima obtida atualmente pelo 3G, que é de 7 Mbps.
O diretor-geral da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, que assumiu o comando do órgão regulador nesta segunda-feira, afirmou que o leilão 4G ocorrerá até o final de abril de 2012.

Reuniões da Anatel passarão a ser transmitidas ao vivo, diz Rezende

O novo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista de Rezende, disse nesta segunda-feira (7) que as reuniões do conselho diretor do órgão passarão a ser transmitidas ao vivo a partir deste mês.

Rezende tomou posse nesta segunda-feira. Em seu discurso, afirmou que um de seus objetivos é dar mais transparência aos procedimentos e decisões da agência. Uma das medidas nesse sentido é transmitir as reuniões do conselho, que hoje são fechadas.

A previsão é que as transmissões ao vivo das reuniões devem começar no próximo dia 24. De acordo com o novo presidente da Anatel, imagens serão transmitidas para um telão que ficará em sala separada daquela onde ocorrem as sessões, também na sede da agência, em Brasília.


PNBL
O ministro das Comunicações , Paulo Bernardo, disse após a cerimônia de posse de Rezende que considera que as assinaturas de internet popular, vendidas dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), também estão sujeitas às regras de qualidade da internet aprovadas na semana passada pela Anatel.


Entre as regras, está a obrigação de as operadoras, fixas e móveis, garantirem percentual mínimo da velocidade de conexão contratada. Como o acordo do PNBL prevê franquia de download – ou seja, as operadoras podem reduzir a velocidade da conexão quando o assinante atingir um limite de arquivos baixados -, existe dúvida sobre a aplicabilidade das regras.


“O regulamento de qualidade não menciona os compromissos da banda larga popular. Mas a minha idéia é que ele se aplica normalmente. Nós vamos transformar o cliente da banda larga popular num cliente de segunda categoria? Acho pouco aceitável isso”, disse Bernardo. De acordo com ele, a Anatel precisa olhar o assunto com “atenção.”


O novo presidente da agência, João Batista de Rezende, fez avaliação similar à do ministro. Ele afirmou que o assunto será debatido pelos conselheiros da agência e que podem ser feitas alterações, tanto no acordo do PNBL quanto no plano de qualidade, para que fique clara a cobertura da banda larga popular pelas noas regras.


“Eu acho que vale [o plano de metas de qualidade para a internet popular]. Acho que é algo que a gente tem que fazer. E se for preciso rever os termos de compromisso, nós vamos rever”, disse Rezende.

De cada R$ 10, brasileiro desembolsa R$ 4 para pagar tributos, revela pesquisa

Quase 20% do preço da carne e 40% do valor do telefone celular são impostos, segundo IBPT

Você sabe quanto tem de imposto em um saco de arroz? Você sabia que um quinto do preço de uma garrafinha de água é tributo e que metade do valor da “cervejinha” vai para o cofre do governo? Um levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) aponta que o brasileiro destina mais de 40% do salário para o pagamento de tributos.


Saiba quanto você paga de imposto de acordo com o produto

O diretor do instituto, Fernando Steinbruch, explica que, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, onde os estabelecimentos comerciais discriminam na nota fiscal o que é tributo e o que é o preço efetivo do produto, no Brasil, o consumidor “está sendo ludibriado porque não sabe quanto paga de tributo quando compra um bem”.


- Fazemos todo ano um estudo da carga tributária para pessoa física e calculamos isso em dias, o que deu 149 dias trabalhados em 2011. Isso representa em torno de 41% de carga tributária. Ou seja, de cada R$ 100 que o consumidor gasta, R$ 41 sai do bolso para pagar impostos. Isso é uma média e vai depender da renda. Quanto maior a renda, mais tributos.


Pequena parte da população brasileira sabe, mas 17% do preço da carne bovina são impostos, mesmo volume de tributos que incidem sobre um saco de arroz. No caso do café, bebida tradicional do brasileiro, o imposto sobe para 20%. Para mercadorias com tecnologia mais avançada, como computador e telefone celular, a carga tributária alcança 40%.


O consultor em finanças pessoais Alexandre Lignus lembra que todos esses impostos são indiretos, já que o brasileiro já tem parte do salário retido na fonte por causa do IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) e esse dinheiro não é usado corretamente para bancar os serviços essenciais do cidadão.


- Imagine que você recebeu R$ 10 mil de salário, você vai receber R$ 7.250 [R$ 2.750 fica retido na fonte] líquidos. Com o que sobra, você faz o supermercado, onde tem a carga tributária em cima dos produtos, o plano de saúde, a escola particular dos filhos, o seguro do carro, de casa, entre outros.

Para o diretor do IBPT, o sistema tributário brasileiro afeta “fortemente o consumo, incluindo bens, e menos a renda e o patrimônio”. Ele explica que, nos Estados Unidos e Europa, a sistemática de tributação é inversa: tributa-se mais a renda e o patrimônio e menos o consumo.


- No Brasil é inverso porque nossa renda per capita [divisão das riquezas do país pelo número de habitantes] é mais baixa. Mas, ao tributar mais o consumo, há uma injustiça fiscal porque uma pessoa de renda baixa e uma de renda alta pagam o mesmo valor absoluto em tributos. Um trabalhador que ganha um salário mínimo vai pagar o mesmo valor de tributos que dono da empresa onde ele trabalha por um quilo de arroz.


Para onde vai sua grana?

Tudo o que o que se arrecada com tributos é dividido entre o governo federal, os Estados e as cidades brasileiras, que têm a obrigação de aplicar esses recursos em serviços públicos, como escolas, hospitais, creches, delegacias e na contratação de funcionários públicos como policiais, professores, médicos, enfermeiros, entre outros. Esse serviço, porém, quase nunca é bem prestado, lembra Steinbruch.
Apesar das inúmeras críticas à qualidade dos serviços públicos no Brasil, o consumidor não tem como fugir dos tributos, impostos e contribuições. Quem paga imposto, porém, pode reivindicar o melhor uso do dinheiro público, diz Alexandre Lignus.


- O que o brasileiro deveria fazer é se conscientizar, se juntar, reclamar, protestar e brigar pelos seus direitos e conseguir ou a diminuição da carga tributária ou o melhor uso do dinheiro.

Fonte : Raphael Hakime, do R7

Operadoras querem lei federal sobre instalação de antenas celulares

As operadoras móveis brasileiras querem que seja criada uma lei federal que regulamente a instalação de antenas celulares nas cidades. O assunto está sendo tratado pelo SindiTelebrasil, entidade que representa as companhias, em conjunto com o Ministério das Comunicações (Minicom). A expectativa é de que o texto tome forma e seja apresentado ao Congresso em 2012. A motivação é acabar com a profusão de leis municipais sobre o assunto, cada uma com restrições diferentes quanto à instalação de torres celulares, tal como a recém publicada no Rio de Janeiro. Calcula-se que haja mais de 200 leis municipais diferentes sobre o tema no Brasil.

Segundo o diretor executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, a lei do Rio de Janeiro está longe de ser a mais restritiva do País. Em Campinas, por exemplo, a legislação exige a aprovação por escrito de 60% dos moradores em um raio de 200 metros da localização de uma antena. Em Piracicaba, uma lei proíbe a instalação de torres a menos de 100 metros de qualquer edifício.

Nos dois casos as operadoras conseguiram liminares contra as restrições. "As cidades vão ficar sem celular se seguirmos todas essas leis. As restrições estão aumentando ao mesmo tempo em que aumenta a necessidade de antenas. É preciso encontrar uma solução de bom termo", argumenta o representante do SindiTelebrasil. No caso da prefeitura do Rio de Janeiro, Levy não acredita que seja necessário entrar na Justiça. "Essa é a nossa última opção", afirmou.

Começam na próxima semana reuniões com interessados no 3,5 GHz

Conforme antecipou este noticiário, a Anatel já tem uma posição fechada sobre a questão da interferência dos sistemas terrestres WiMax da faixa de 3,5 GHz nas antenas parabólicas. De acordo com o conselheiro Jarbas Valente não existe uma solução única para resolver a interferência; por isso, a Anatel chegou a um conjunto de "seis ou sete" medidas que adotadas em conjunto garantem a convivência dos dois serviços.

A Anatel se reunirá a partir da próxima semana com as empresas potencialmente interessadas na faixa e os setores envolvidos na questão da interferência para divulgar os estudos realizados pelo CPqD e apresentar a sua posição. Segundo o conselheiro Jarbas Valente, o estudo do CPqD não chegou a resultados muito diferentes daqueles realizados pelas empresas.

Valente acrescenta que o problema da interferência "não é tão grave" já que a transição para a TV digital está prevista para ser completada até 2016. Assim, correndo tudo dentro do esperado, a previsão é de que não haja mais antenas parabólicas com sinal analógico em operação a partir de 2016. A potência máxima para a parte baixa da faixa - mais longe da banda C do satélite - (3.400 MHz a 3.550 MHz) é de 4W e para outra parte (3.550 MHz a 3.600 MHz) é de 2W em até 5 anos, ou seja, até 2016. Depois desse prazo, a potência pode ser elevada a até 30W.

Friday 4 November 2011

Direito Eleitoral Digital : o que esperar da guerra na Internet em 2012 ?

Em breve, serão abertos os testes aos sistemas usados pelo TSE ou encomendados pelo órgão para as eleições 2012. É neste momento que partidos, autoridades e OAB podem auditar os sistemas em ambientes controlados, já neste momento agindo por meio de técnicos e peritos para garantir a maior integridade possível dos exames. Após esta fase, tem-se a cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas. Em todas as fases, partidos, autoridades e OAB necessitarão de profissionais técnicos, peritos para acompanhar a compilação dos sistemas  e checar assinatura dos códigos fonte (geração dos hashes).


Sobre o pleito que se aproxima, já se encontra no TSE a minuta para as regras da propaganda na Internet 2012 (http://www.tse.gov.br/eleicoes/eleicoes-2012/arquivos/minuta-de-instrucao-de-propaganda-versao-audiencia-publica-eleicoes-2012), fruto de uma audiência pública. A aderência a tais normas é fundamental a qualquer candidato que pretenda abusar das redes sociais e da rede como um todo.


Embora mantenha a base de 2010, algumas modificações carecem de novas análises, para que os políticos possam realizar uma efetiva campanha na Internet, porém, evitando multas e punições por excessos ou denúncias de concorrentes. Buscar falhas no uso da rede por outro candidato certamente será uma estratégia de desestabilização de campanha. Peritos e profissionais de conformidade poderão auxiliar exatamente no compliance, evitando transgressões e denúncias às autoridades.


Pelas regras, um site hospedado em local inadequado pode gerar punições. Qualquer manifestação de propaganda antes de 5 julho também pode ser rastreada e denunciada ao TSE, que deverá aplicar punição. Igualmente, o anonimato na rede fica vedado pelas normas, e o pior, o candidato beneficiário das manifestações anônimas pode ser punido, se não tiver como provar que não concordou, consentiu ou permitiu as mesmas. Daí a importância da auditoria contínua em período eleitoral, envolvendo as opiniões e manifestações na rede a respeito de um candidato.


A venda de cadastro de e-mails e sua utilização continua vedada. Candidatos deverão responsabilizar contratualmente empresas de marketing político para casos de uso indevido de e-mails que possam prejudicar o trabalho eleitoral. Muitas vezes o candidato mal sabe que a empresa contratada para mail marketing usa uma base comprada. A revisão de contratos com empresas de marketing digital é pauta relevante e pode caracterizar ausência de má-fé do candidato em caso da constatação de um incidente.


O mesmo vale para e-mails não solicitados, em que candidatos pagarão multa por mensagem não solicitada denunciada ao TSE. Ocorre que agentes de má-fé poderão criar fakes e remeter e-mails a pessoas em nome de outros candidatos (como hoje temos com o phishing scam, só que aqui, com o objetivo de criar obrigação a determinado candidato ou coligação).

Tais posturas poderão ser investigadas na rede e constatadas, relatadas em laudo técnico, apurando-se a real autoria das mensagens, onde caberá denúncia ao TSE que deverá punir os violadores, em multa de até 30 mil reais.


Como se percebe, cabe aos candidatos muito cuidado com as "ações" dos marketeiros digitais que já começaram sua prospecções, muitas vezes preocupados em impressionar e gerar buzz, pouco se importando com os excessos e com a conformidade com a legislação, que estabelece as regras para o uso da tecnologia da informação nas propagandas eleitorais.


Mais do que marcar presença na rede, monitorar manifestações e a atuação de concorrentes,  pautando-as à luz da legislação, será a pedra de toque que fará a diferença nas eleições que se anunciam. Partidos, coligações, executivas e candidatos deverão estar assessorados por especialistas para que possam validar e homologar campanhas na Internet desenvolvidas por marketeiros, bem como para que tenham condições de comprovar tecnicamente transgressões à legislação ou mesmo falhas, erros ou posturas em sistemas de informações que possam lhes prejudicar na batalha eleitoral.


José Antonio Milagre é Advogado e Perito especializado em Segurança da Informação.

E-mail: jose.milagre@legaltech.com.br

Twitter:http://www.twitter.com/periciadigital

CIA segue atualizações dos usuários no Twitter e no Facebook

Em um parque industrial anônimo no Estado norte-americano de Virginia, em um modesto prédio de tijolos, a CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, está seguindo tuites –até 5 milhões ao dia.

No centro Open Source da agência, um time conhecido como “os bibliotecários vingativos” também analista posts do Facebook, jornais, canais de TV, estações regionais de rádio e salas de bate-papo on-line. Qualquer coisa que as pessoas possam contribuir e acessar de fora dos Estados Unidos.

Do árabe ao mandarim, de um tuíte raivoso a um blog cheio de ideias, os analistas juntam informações, frequentemente em língua nativa. Eles fazem referências cruzadas dos posts on-line com jornais locais ou conversas de telefone interceptadas. De lá, eles constroem uma imagem que será levada aos mais altos cargos da Casa Branca, dando uma imagem em tempo real, por exemplo, do humor no Oriente Médio após a morte de Osama bin Laden.

O grupo conseguiu ver o levante no Egito contra Hosni Mubarak, mas não sabia exatamente quando uma revolução iria acontecer, segundo Doug Naquin, diretor do centro da CIA. O centro também já havia previsto que “as mídias sociais poderiam ser uma ameaça ao regime em lugares como o Egito”, disse Naquin, em entrevista à Associated Press.

O escritório da CIA foi montado em resposta a uma recomendação feita pela comissão que investiga os ataques de 11 de setembro. A prioridade era focar em ações contra o terrorismo e a proliferação de armas, mas as centenas de análises vão do acesso à internet na China ao humor nas ruas do Paquistão.

A maioria das análises acontece na Virginia, mas há também em embaixadas norte-americanas espalhadas pelo mundo.

O centro começou a focar em mídias sociais depois de ver o papel do Twitter no Irã, em 2009, quando milhares protestaram contra as eleições que colocaram Mahmoud Ahmadinejad no poder. “O Farsi [língua persa] ficou em terceiro lugar em presença em blogs e redes sociais na internet naquela época”, afirma Naquin. Como não é possível ligar, em todas as vezes, um tuíte a uma localização geográfica, a análise é feita principalmente por idiomas.

O centro também faz processos de comparação entre os resultados das mídias sociais e as pesquisas feitas por organizações, na procura pelos resultados mais precisos. “Fazemos o que é possível para evitar que capturemos apenas uma visão com a elite urbana superrepresentada”, conta o diretor do centro, que assume que apenas uma pequena parcela da população tem acesso à internet em várias das áreas investigadas. Apesar disso, ele afirma que o acesso a redes sociais via celulares está crescendo em locais como a África.

Thursday 3 November 2011

Estudo: Geração Y ficou no passado. Agora, estamos na Geração Mobile

Esqueça aquele ditado de que fazemos parte da Geração Y. Duas pesquisas realizadas pelas empresas Nielsen e Forrester revelam: estamos na Geração Mobile. Isso porque o celular se tornou um acessório de uso contínuo no dia a dia, seja para fazer ligações, mandar e-mails, tirar fotos ou acessar a internet, por exemplo.


O estudo da Nielsen aponta que 62% dos usuários de telefonia móvel dos Estados Unidos entre 25 e 34 anos já possuem os próprios smartphones. A penetração da tecnologia entre usuários de 18 a 24 e 35 a 44 anos é de 54%.


Enquanto isso, a pesquisa da Forrester revela que pessoas com menos de 22 anos acessam a internet de qualquer lugar, seja de onde estiverem. Aqueles com idades entre 21 e 31 anos fazem uso da web através de seus smartphones.


Outra informação da Forrester é a de que os adolescentes estão adotando cada vez mais o uso da web por dispositivos móveis, mas com uma certa limitação. O problema é que, como grande parte dos celulares inteligentes tendem a ser mais caros (incluindo planos de assinatura), muitos pais se recusam a desembolsar grandes quantias nos aparelhos para os filhos. Independentemente disso, o estudo afirma que já vivemos na Geração Mobile.


Os resultados de ambas as empresas mostram que pessoas entre 20 e 30 anos são um alvo importante para os fabricantes de dispositivos móveis e desenvolvedores de aplicativos. Já os adolescentes e usuários com mais de 30 anos, por algum motivo, não recebem o mesmo investimento das produtoras, talvez pela pouca experiência com aparelhos portáteis.


Pessoas mais velhas tiveram nota baixa na adoção de smartphones. Mas a Nielsen aponta que aqueles entre 55 e 64 anos são o segundo grupo que mais cresce nesse tipo de mercado. Estima-se que esses usuários saltem dos 5% para os 30% no próximo trimestre.

Steve Jobs, cloud computing e o governo

Bem, primeiramente vamos alinhar as expectativas do tema, afinal, devido à complexidade poderíamos escrever um livro. Vou tratar de algumas visões de futuro, iniciativas de governos estrangeiros e transportar para o universo empresarial com possíveis oportunidades para, depois, criar um vínculo entre o tema e questões jurídicas.
Muito se tem dito sobre a mudança de atitude do governo brasileiro no tocante à questões de e-gov, como por exemplo, Sped contábil, fiscal e PIS/Cofins.

Temos também no Brasil, o imposto de renda que é exemplo mundial. Enfim essas são de fato iniciativas importantes e irreversíveis, porém, ainda não há clareza sobre como o governo do Brasil irá interagir com a onda de computação em nuvem, embora existam normativas de aquisição, utilização e consumo de recursos de TI, não há uma tratativa real sobre o tema.

Sabemos que o governo é o maior comprador do mercado, somente entre 2004 e 2010, o governo federal gastou algo em torno de R$ 14 bilhões de reais com investimentos em tecnologia (hardware, software e serviços) e telecomunicação.

Este imenso mercado deverá nos próximos anos, adquirir produtos e serviços em nuvem e ainda não temos uma definição de regras e regulamentação.


Portanto, e para trazer uma luz sobre este assunto, recorro a uma iniciativa da Inglaterra. O governo criou uma estrutura que possui um conjunto de regulações visando concretizar suas estratégias e atingir os objetivos de tornar a Grã Bretanha, a sociedade digital mais avançada do mundo.

Para tal e antes de tudo, o governo analisou suas condições atuais e descobriu que um dos grandes desafios é a defasagem tecnológica, o que é comum, inclusive nas empresas, tendo em vista que a velocidade da evolução tecnológica é maior que a capacidade de atualização, principalmente do hardware.


Em seguida, o governo, se aprofundou em pesquisas para descobrir as necessidades dos cidadãos e das entidades públicas e criou um guia, chamado G-Cloud, para inserir o governo Britânico na computação em nuvem. Entre várias necessidades que nortearam a iniciativa, destacou:


1.  Readequação da cultura de TI, passando do modelo interno de “cuidar” de todo o ciclo do universo da tecnologia para o modelo de monitorar, medir e cobrar resultados


2. Reutilização dos ativos existentes. Esta preocupação visa essencialmente reaproveitar os ativos adquiridos


3. Redução de custos e agilidade


4. Satisfação dos usuários


5. Determinar níveis de segurança


Pois bem, destaco a principal estratégia, brilhante, diga-se de passagem, que agora, vincula o texto a Steve Jobs. O governo do Reino Unido pretende criar um Marketplace com soluções certificadas dos fornecedores, ou seja, assim como ocorre na Apple Store, onde milhares de desenvolvedores criaram e certificaram seus produtos de software para funcionarem e serem distribuídos na plataforma da Apple, os aplicativos dos fornecedores do governo serão certificados e inseridos em uma nuvem para serem “comprados” por órgãos públicos, uma grande “sacada” que muda completamente o “jogo”, acarretando em uma mudança radical na forma de adquirir soluções de TI.

Já pensou no volume de investimentos e nas possibilidades? Pensou que uma empresa, fora deste jogo, passa a ter possibilidades?


Mesmo as menores empresas, poderão ter seus produtos na loja virtual, através de consolidadores que ofereçam maiores garantias ao governo. Grandes empresas continuarão fortes, mas muitas delas serão integradoras de solução, acomodando vários pequenos desenvolvedores. Esta á a tendência que se desenha. Enfim, rendo-me ao Steve Jobs, conseguiu inclusive mudar as relações de governo e sociedade, e citando o que ele mesmo disse, fazemos coisas hoje que não sabemos os impactos amanhã...


Vamos então direcionar o tema ao universo jurídico, afinal, qual a relação deste tema e o direito? Total relação, já que a lei 8.666/93 que rege as licitações, deverá passar por fortes mudanças para se adequar à “nuvem”. Atualmente o governo brasileiro não tem condições de adotar um marketplace sem mudança da legislação.


Outro ponto importante que faz parte do cotidiano dos departamentos jurídicos é determinar quais riscos existem para suas empresas se o governo adotar modelo semelhante. Bem, o banquete está pronto, precisamos agora digerir o conteúdo.

Carlos Maffei, diretor de mercados e negócios da Benner Sistemas