Thursday, 20 October 2011

Brasil tem banda larga mais cara do mundo, diz estudo da ONU

O Brasil tem a banda larga fixa e móvel mais cara do mundo, com preços acima até mesmo dos praticados em países menos desenvolvidas, como Quênia, Vietnã e Sri Lanka, de acordo com estudo da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pelo comércio entre os países, divulgado nesta quarta-feira, 19.

Segundo o estudo, o custo mensal do pacote de 1 GB de banda larga móvel no país é de US$ 51,27 enquanto no Quênia o preço é de US$ 26,24, no Marrocos, US$ 11,86, na Turquia, US$ 19,93, no Vietnã, US$ 6,34, e no Sri Lanka, US$ 4.34.  Com a diferença que a velocidade de conexão de banda larga móvel no Brasil é de 1 Mbps, ao passo que no Marrocos, Sri Lanka e Turquia é de 7,2 Mbps. A disparidade fica mais evidente ainda quando é considerado preço do megabit por segundo (Mbps). No Brasil, o preço é de US$ 51, contra US$ 7 no Marrocos, US$ 4 no Quênia, US$ 3 na Turquia e US$ 2, no Vietnã.

A banda larga fixa no Brasil também é uma das mais onerosas do mundo, com custo de US$ 31,31 pelo pacote ilimitado e velocidade de 512 Kbps. O preço supera o de países como Marrocos, onde o preço do pacote é de US$ 11,82, Sri Lanka, de US$ 14,18, Turquia, de US$ 30,09, e Vietnã, US$ 8,72.

No fim do ano passado, havia 2 bilhões de assinantes de internet móvel no mundo, o que representa 30% da população. Nos países desenvolvidos essa penetração é de 75%, enquanto nos países em desenvolvimento a parcela é de 24%. Segundo o relatório Unctad, o mundo tem 527 milhões de assinantes de banda larga fixa, sendo que a velocidade mundial média de conexão é de 6,4 Mbps, bem superior à do Brasil, que é inferior a 1 Mbps.

O relatório diz que no fim de 2010 havia 1,1 bilhão de linhas de telefonia fixa no mundo e 5,4 bilhões de conexões móveis, sendo que neste caso a penetração é de 79 assinantes para cada 100 habitantes. Em países desenvolvidos e emergentes, a penetração supera uma linha móvel por habitante, enquanto nos países em desenvolvimento é de 77 assinantes para cada 100 habitantes.

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