Monday 31 October 2011

Blogueiros do mundo aprovam carta de Foz do Iguaçu em defesa da Banda Larga e pela mudança no marco regulatório da comunicação

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.

Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:

- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;

- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;

- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.

- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.

- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA  no seu processo de bloqueio à Cuba.

Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.

Técnicos da Anatel querem manter regras propostas sobre franquia de uso da banda larga

Um ponto importante sobre a qualidade da banda larga e que ainda está para ser regulamentado pela agência diz respeito aos limites de redução da velocidade em casos de consumo acima das franquias contratadas. Na proposta colocada em consulta pública do novo Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), o limite era de 50%, ou seja, a operadora não poderia baixar a velocidade do usuário para menos da metade da velocidade contratada caso ele excedesse a franquia de uso. A tendência, informam técnicos da agência, é que esse percentual seja mantido, pelo menos na avaliação dos técnicos que estão trabalhando na versão definitiva do regulamento.

Acesso móvel

Uma das surpresas dos regulamentos de qualidade de banda larga foi a opção da agência por ter mantido os mesmos percentuais de velocidade garantida tanto para acessos do serviço fixo (SCM) quanto para acessos por meio das redes de celular (SMP). Segundo técnicos da agência, as empresas chegaram, inclusive, a argumentar que na oferta de serviços móveis elas nem mais estavam usando a velocidade como parâmetro na comercialização dos planos.

Mas no entendimento da agência, os índices são factíveis desde que elas anunciem velocidades compatíveis com a capacidade da rede. "Se hoje uma operadora tem um serviço de 1 Mbps mas nunca consegue ir além de 200 Kbps, ela vai ter que passar a anunciar em cima da velocidade que ela efetivamente entrega", diz um técnico.

O "alívio" concedido pela Anatel foi ter retirado os parâmetros de latência, jitter e perda de pacotes do regulamento de qualidade para a banda larga móvel. Isso não quer dizer que a operadora poderá degradar a qualidade desses indicadores sem preocupação. "Ao exigir que ela não limite a oferta de VoIP na rede de dados, estamos, indiretamente, estabelecendo alguns parâmetros mínimos de qualidade".

Friday 28 October 2011

Apple Steve Jobs The Crazy Ones - NEVER BEFORE AIRED

A partir de 2012, empresas terão que garantir velocidade mínima da internet

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (27) novo regulamento para o setor de internet que vai obrigar as operadoras fixas e móveis a entregar aos assinantes um percentual mínimo da velocidade de conexão contratada.
Atualmente, não existe regra para o setor e, em muitos casos, as empresas garantem apenas 10% da velocidade. O novo regulamento começa a valer em novembro de 2012 e, a partir dali, o percentual obrigatório aumenta gradualmente.


O regulamento estabelece que as operadoras de internet fixa e de celular terão que oferecer, no momento imediato da conexão, 20% da velocidade contratada a partir de novembro de 2012, 30% em 2013 e 40% em 2014.

Além disso, as empresas serão obrigadas a garantir velocidade média em relação ao que foi contratado e que será de 60% em 2012, 70% em 2013 e 80% em 2014, válido para período de maior tráfego de dados, que foi estabelecido entre 10 horas e 22 horas.
As regras valem para operadoras com mais de 50 mil assinantes. Aquelas que não atingem esse número não precisam cumprir as exigências do regulamento.

As empresas também ficam obrigadas a disponibilizar a conexão em 99% do tempo. Isso significa que, dentro de um mês, as empresas podem deixar de ofertar o serviço por até sete horas.


O documento estabelece ainda que as prestadoras vão ter que selecionar e contratar uma entidade para fiscalizar o cumprimento das metas de qualidade da internet, que vai atuar de maneira independente e sob orientação da Anatel. O não cumprimento das exigências pode levar a multa de até R$ 25 milhões.


A partir da próxima semana, a Anatel ainda vai disponibilizar em seu site um programa para que o próprio usuário possa aferir se os mínimos exigidos estão sendo cumpridos pelas empresas. O programa pode ser baixado gratuitamente.

Thursday 27 October 2011

Agressão a privacidade sem ordem judicial

Autoridades sempre buscaram formas legais para obtenção de dados de usuários em provedores de serviços de Internet e telecomunicações sem autorização ou mandado judicial. Enquanto, no Brasil, a jurisprudência for pacífica na indispensabilidade de ordem judicial (pela inafastabilidade do poder judiciário), teremos "escoteiros" reconhecendo a validade de quebras de sigilo e privacidade sem autorização, porém que foram reformados em nossos tribunais de segunda instância.


A despeito de termos uma Lei (9.296/1996) que criminaliza a interceptação telemática não autorizada por autoridade judiciária, fato é que hoje o cidadão não tem no Brasil garantia alguma em relação à disponibilidade de seus dados armazenados em serviços e provedores de Internet. Embora a intimidade e vida privada sejam garantias constitucionais, além da constituição, no plano infraconstitucional, nada temos em termos de leis que efetivamente contribuam ou operacionalizem as garantias da lei maior.


Resultado: somos um dos primeiros nos números do Google em termos de quebras judiciais e pedidos de remoção de conteúdo na Internet, parte deste número cabível às autoridades policiais que de longe pedem mais dados aos provedores do que autoridades de muitos outros países. Sem critérios ou princípios de privacidade, fica fácil obter ordens e mais ordens de quebra de sigilo informático no Brasil.  Temos no Brasil uma banalização de interceptação de e-mail, tráfego, voz, dados de geolocalização e até mesmo dados de voz sobre IP. Muitas devassas à privacidade concebidas com base em achismos, desprovidas de quaisquer critérios atinentes ao fumus boni iuris, indícios de autoria, etc.


Efetivamente, sob o estranho manto da "segurança", cidadãos têm sua privacidade violada e compartilhada por pessoas sem qualquer fundamento legal, suspeita, inquérito ou reais indícios. Não bastasse, de todos os lados que se possa cogitar, continuam as pressões para que a obtenção de dados de diversas fontes seja feita diretamente e sem um mandado ou mesmo que a privacidade na rede seja relativizada.


Em proposta para o Marco Civil da Internet Brasileira, disponível para consulta a todos os Internautas, a Polícia Federal, em relação ao parágrafo único do art 8o., que garante aos usuários da Internet a livre opção por medidas de segurança direcionadas a salvaguardar a proteção de dados pessoais e o sigilo das comunicações, assim sugere O parágrafo único do artigo 8.º deve ser excluído porque quando permite o uso indiscriminado de chaves criptográficas elimina o PODER/DEVER DO ESTADO de CONHECER O CONTEÚDO DE COMUNICAÇÕES para fins de INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL, conforme preceitua o inciso XII do Artigo 5.º da Constituição Federal ou substituído pela seguinte redação: Parágrafo único: O exercício do direito à privacidade e à liberdade de expressão autoriza aos usuários da Internet a livre opção por medidas de segurança direcionadas a salvaguardar a proteção de dados pessoais e o sigilo das comunicações, nos termos e nos limites da regulamentação”.

http://culturadigital.br/marcocivil/2010/05/31/contribuicao-da-policia-federal-para-o-marco-civil-da-internet/


Em mais uma investida, recentemente, fora aprovada na Câmara dos Deputados projeto de Lei (3443/2008) que ampliou o conceito de crime de lavagem de dinheiro, alterando a Lei 9.613. Mais uma vez aqui, na redação do governo, Ministério Público e polícia teriam acesso, sem autorização, a dados mantidos pela Justiça eleitoral e pelas empresas telefônicas, entre outros, de investigados. Para aprovação ao projeto, porém, o Governo teve de ceder e retirar do texto tal disposição.


A questão envolvendo discussões sobre coleta de dados sem ordem judicial não é um problema do Brasil e se agrava com o cloud computing. Nos Estados Unidos, projeto do Senador Patrick Leahy pretende garantir maior privacidade aos norte-americanos. O Projeto almeja atualizar as leis de privacidade local, especificamente, o Eletronic Communications Privacy Act (ECPA), concebido há 25 anos, onde não se poderia imaginar a existência de cloud computing.

Segundo a ultrapassada legislação americana, polícia e órgãos do governo poderiam obter e-mails e demais dados armazenados em provedor de serviços, sem citar motivos ou sem autorização judicial, desde que os dados estivessem no servidor, esquecidos por seus titulares ou por qualquer motivo não baixados, por 180 dias ou mais.

Quando o ECPA entrou em vigor, poucos dados eram mantidos em servidores ou nas nuvens, considerando que tais discos armazenavam temporariamente mensagens que logo eram baixadas para os computadores dos destinatários. Logo, tal permissivo legal, autorizando acesso a informações pessoais sem uma ordem judicial, desde que armazenado nos servidores por 180 dias ou mais, não constituía um risco empírico à privacidade dos cidadãos.


Não constituía. Hoje porém com a difusão do cloud computing,  dados, e-mails, arquivos e outras informações tendem a ficar armazenados em servidores dos provedores de serviços, sendo o download para os computadores pessoais relegado à exceção. Para isso, o projeto Leahy pretende garantir a privacidade de usuários nos serviços cloud, como DropBox, storage accounts ou Google Docs. Segundo o projeto norte-americano, a obtenção de qualquer dado em cloud, por parte de autoridades governamentais, também imprescindirá de um mandado judicial válido. Embora o projeto seja excepcional, também vem encontrando resistência de parcela dos Congressistas.


Por aqui, inexiste uma Lei que proteja os cidadãos de coletas não autorizadas. Neste cenário, o controle dos abusos e violações à privacidade vem sendo exercido pelo Judiciário com fulcro na Constituição Federal. Em 2009, decisão da 26a Vara Cível da comarca do Rio de Janeiro, permitiu ao Ministério Público e Polícia Civil  receberem informações sem prévia autorização judicial, especificamente a dados da comunidade de relacionamento Orkut.


Porém, em sede de recurso extraordinário, o Google, no Supremo Tribunal Federal, conseguiu fazer com que a decisão ficasse praticamente suspensa, até julgamento pelo Tribunal competente, em cautelar deferida pelo Min. Gilmar Mendes, que se manifestou pela importância da privacidade e da quebra, sempre precedida de ordem judicial. O processo permanece em andamento no STF (AC 2265), porém tende a ratificar a cautelar deferida, desconstituindo por derradeiro decisão judicial que autorizava obtenção de dados de usuários de Internet sem mandado.


A ausência de uma lei que claramente preveja a proteção do cidadão em face da informática, e assegure critérios de privacidade para que magistrados possam delimitar pertinência e profundidade de requerimentos de quebras de sigilo informático, é fator que vem motivando interpretações errôneas e abusos por autoridades e empresas responsáveis pelos dados, que em questão de clicks conseguem desprezar a seara privada de pessoas, desrespeitando princípios de necessidade e adequação, valendo-se da "técnica", sem que cidadãos tenham recursos hábeis a provar as investidas ilícitas ou abusivas, com monitoramentos indevidos, e responsabilizar os agressores. Medidas que ofereçam recursos ao cidadão devem ser tomadas. Conceber a coleta de dados pessoais na Internet desprezando o crivo judicial é, em nosso sentir, uma grave ofensa à Constituição Federal.


Permitimo-nos sugerir uma garantia ao cidadão, já assegurada aos mesmos em casos de buscas pessoais, no art. 247 do Código de Processo Penal. Pelo teor da disposição mencionada, não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da busca pessoal podem ser  comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer. Tal disposição poderia ser garantida ao cidadão em casos evolvendo internet, monitoramentos e coletas de dados informáticos por autoridades.

Não encontrando nada, autoridades deveriam comunicar o cidadão informando data, período da  atuação e os motivos que ensejaram o monitoramento ou coleta de informações de servidores relativas ao usuário. Com esta simples medida, quebras arbitrárias seriam reduzidas e o cidadão de bem saberia quando e por quantas vezes foi investigado na rede.


Cabe às autoridades buscarem amparo legal que lhes ofereçam mecanismos investigatórios eficazes, e que ao mesmo tempo não sejam invasivos ou violadores de direitos, como no caso do PL 1404/2011, em trâmite no Congresso, que permitirá, sempre com ordem judicial, a infiltração de agentes na Internet para investigar crimes contra a liberdade sexual de criança ou adolescente.


Cabe ao cidadão discernimento para  dimensionar a importância de sua privacidade e a facilidade do extermínio a este direito, graças aos bits somados a pessoas má intencionadas, desde já, cooperando urgentemente para concepção da Lei Brasileira de proteção a dados pessoais, cujo anteprojeto pode ser debatido por todos os brasileiros na Internet, que além de reforçar a indispensabilidade de ordem judicial para obtenção de dados de cidadãos na Internet, oferecerá princípios e métricas para que magistrados tenham nítidas condições de negar requerimentos infundados, abusivos ou desproporcionais, além de instrumentos para que o cidadão lesado possa buscar a reparação do dano sofrido.


José Antonio Milagre é Perito e Advogado especializado em Direito Digital

Twitter: http://www.twitter.com/periciadigital 

E-mailjose.milagre@legaltech.com.br

Governo define Política Estadual de Segurança da Informação

Garantir a integridade, confidencialidade, disponibilidade e proteção das informações sob a responsabilidade do Poder Executivo. Essas são as principais metas da Política Estadual de Segurança da Informação (Pesi) anunciadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo.


No Diário Oficial de segunda-feira, 24, foi publicado o decreto do governador Renato Casagrande que instituiu a Pesi. As premissas dessa política envolvem a segurança lógica (forma de assegurar o acesso adequado à rede corporativa e aos sistemas de informação) e a segurança de pessoas (minimizar erros humanos, fraudes, furtos e processos judiciais relacionados ao uso inadequado das informações).


Também fazem parte dos princípios da Pesi a segurança física (garantir o controle de acesso adequado de entrada e saída dos ativos da informação nos órgãos) e a gestão de riscos, incidentes e continuidade de serviços (prevenção, controle, tratamento de riscos, incidentes ou interrupções dos serviços de dados do Poder Executivo).


Foram criados o Comitê Estadual de Segurança da Informação do Poder Executivo (Cesi) e o Comitê de Tratamento e Repostas a Incidentes de Segurança da Informação do Poder Executivo (Cetrin). As duas instâncias têm o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) na coordenação e a participação de representantes de órgãos estaduais.


O Cesi vai deliberar as diretrizes, normas, padrões, metodologias, planos, programas e projetos de segurança da informação. O Cetrin irá analisar, monitorar, encaminhar e fechar o processo de tratamento e resposta a incidentes relativos ao controle dos dados governamentais.


Num prazo de 45 dias, a Pesi será regulamentada por meio de portaria a ser publicada pela Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger). “Essa política é importante para criarmos mais mecanismos para proteger os dados e as informações dos órgãos estaduais com mais eficiência”, acrescenta o presidente do Prodest, Paulo Henrique Rabelo Coutinho.

Wednesday 26 October 2011

Rede 'pequena' de corporações controla economia global, diz pesquisa

A economia global é comandada por uma "superentidade" formada por uma rede de relativamente poucas corporações transnacionais, cuja relação estreita de propriedade entre si traz riscos à estabilidade do sistema econômico mundial, segundo estudo realizado por cientistas com base na Suíça.

A pesquisa, feita por especialistas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, com sede em Zurique, e que será publicada na revista científica PloS ONE, usou métodos de análise de sistemas complexos para estudar 43.060 multinacionais, a partir de uma base de dados de 37 milhões de empresas e investidores de todo o mundo, datada de 2007.

Das corporações estudadas, os cientistas criaram um modelo a partir das participações acionárias das empresas entre si, somadas a seus lucros operacionais. Assim, os pesquisadores chegaram a um "núcleo" de 1.318 corporações que possuem no mínimo duas outras - embora elas tivessem, em média, elos com 20 outras empresas.

Essa rede de 1.318 companhias, de acordo com a pesquisa, possuía a maior parte das ações de empresas de alta confiabilidade e lucratividade (conhecidas como ações blue chip) e de manufatura do mundo, que representam cerca de 60% dos lucros operacionais globais.

A maioria das corporações que compõem este grupo é formada por bancos. Os Estados Unidos e o Reino Unido são os países com o maior número de empresas nesta lista, seguidos por França, Espanha e Itália. O banco Bradesco é a única empresa brasileira que está neste núcleo.

Rede restrita de corporações

Ao estreitar ainda mais a rede de propriedade das corporações, os cientistas encontraram uma "superentidade" formada por 147 empresas que possuem parte ou a totalidade da propriedade umas das outras. Segundo o estudo, esta "superentidade", embora represente menos de 1% das multinacionais do mundo, comanda 40% da riqueza gerada pelas outras 42.913.

A exemplo do grupo mais amplo, esta rede "superexclusiva" é formada, em sua maioria, por instituições financeiras. Entre as 20 corporações mais poderosas desta relação estão o banco britânico Barclays (em primeiro lugar) e os bancos americanos JPMorgan Chase e Goldman Sachs.

Pelo fato de a pesquisa ter usado dados de 2007, a instituição financeira americana Lehman Bros., cuja falência acabou dando início à crise mundial de 2008, aparece em 34º lugar entre as corporações mais poderosas da "superentidade".

Os autores da pesquisa afirmam que, usando métodos de análise de sistemas complexos, pretenderam realizar um estudo sobre a economia global levando em conta informações "puras", e não convicções ideológicas. "Deixe os dados falarem, e não os dogmas", disse um dos pesquisadores, James Glattfelder, em seu blog.

O estudo, no entanto, sofreu críticas. O especialista Yaneer Bar-Yam, chefe do Instituto de Sistemas Complexos da Nova Inglaterra (EUA), disse à revista New Scientist que a pesquisa iguala as noções de propriedade e de controle, o que não seria, segundo ele, sempre a mesma coisa.

Riscos à estabilidade

De acordo com o economista John Driffill, da Universidade de Londres, este estudo é o primeiro a identificar empiricamente algo há muito debatido, que é a rede de poder formada por um grupo razoavelmente pequeno de grandes corporações transnacionais.

Segundo ele, no entanto, a importância do estudo não reside tanto no fato de verificar a existência de uma "superentidade" que comanda a economia no mundo, e sim em trazer novas ideias sobre os riscos à estabilidade financeira global, com base na interdependência entre as corporações.

"O problema na Europa hoje é que todos os bancos que possuem parte da dívida grega e espanhola fizeram empréstimos entre si, então se um deles quebrar, todos os outros quebrarão. São ligações como essas que fizeram com que a quebra do Lehman Bros. em 2008 se tornasse um desastre global", disse Driffill à BBC Brasil.

O estudo foi divulgado depois que ativistas em todo o mundo realizaram ocupações e protestaram contra as grandes corporações e os cortes de gastos públicos.

Driffill afirma, no entanto, que o fato da economia global ser comandada por uma rede limitada de empresas não é algo intencional ou planejado, e sim um movimento espontâneo.

"Este é um grupo grande, formado por mais de cem empresas, com interesses bastante diversos entre si. Não é possível que elas estejam de alguma forma conspirando", afirma.

As 20 maiores corporações "superconectadas"


1. Barclays (Reino Unido)
2. Capital Group Companies (EUA)
3. FMR Corporation (EUA)
4. AXA (França)
5. State Street Corporation (EUA)
6. JP Morgan Chase (EUA)
7. Legal & General Group (Reino Unido)
8. Vanguard Group (EUA)
9. UBS (Suíça)
10. Merrill Lynch (EUA)
11. Wellington Management (EUA)
12. Deutsche Bank (Alemanha)
13. Franklin Resources (EUA)
14. Credit Suisse (Suíça)
15. Walton Enterprises (Reino Unido)
16. Bank of New York Mellon Corp (EUA)
17. Natixis (França)
18. Goldman Sachs (EUA)
19. T Rowe Price Group (EUA)
20. Legg Mason (EUA)


Fonte: PloS ONE

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Tuesday 25 October 2011

Rio unido contra a covardia em ato público no dia 10

Senhora Presidenta,


A esperança da população do Estado do Rio está em suas mãos. A expectativa do povo fluminense é de que a senhora vete a medida aprovada pelo Senado que vai punir covardemente e sem razão o estado e outros 87 municípios fluminenses que recebem recursos dos royalties do petróleo. A perda das verbas, estimada em R$ 4,3 bilhões só no ano que vem, inviabilizaria uma série de projetos como os que estão em andamento com vistas à Copa do Mundo e às Olimpíadas de 2016 e programas sociais ligados à Saúde, Educação e Segurança. Ou seja, o estado fica sob ameaça de falir.

Sem os recursos, servidores públicos aposentados e pensionistas também correm risco de não receber seus benefícios em dia já a partir do ano que vem. São dois estados, o Rio e nosso vizinho, Espírito Santo, contra todos os outros. Esse desequilíbrio se refletiu em interesses oportunistas no Congresso Nacional. Alterar a distribuição dos royalties numa desproporção política desse tamanho já seria, por si só,  uma injustiça.

Mas tem mais: indenizar os produtores pela exploração de petróleo é um direito previsto na Constituição Federal. Lembramos ainda que a senhora, após eleita, reafirmou seu compromisso com os contratos firmados. Precisamos evitar a guerra federativa. Contamos com a senhora.


Povo do Estado do Rio

Dados de nove milhões de israelenses são vazados na internet

Uma reportagem publicada no jornal “The Jerusalem Post” informa que o Ministério da Justiça em Israel finalizou uma investigação sobre um roubo de dados ocorrido em 2006, quando um funcionário do Ministério de Questões e Serviços Sociais fez uma cópia dos dados. O pacote depois foi vendido e virou software comercial, sendo então publicado na internet.

O banco de dados inclui o nome completo, números de identificação, data de nascimento, estado civil, nome de familiares, entre outros. Uma função de busca permite determinar o histórico de familiar de qualquer cidadão de Israel cuja informação estiver presente.

Israel tem 7,6 milhões de habitantes. Acredita-se que os dados incluem até informações de pessoas que já morreram.

De mão em mão
O funcionário do governo que roubou os dados fez uma cópia das informações para um amigo, que teria repassado tudo para um colega. Esse colega teria vendido a um empresário, que por sua vez usou o banco de dados para criar um software chamado “Agnon 2006”.

A investigação do Ministério da Justiça começou em 2009, depois que um técnico em informática que se identificava como “aRi” publicou as informações na internet.

Para as autoridades, os dados permitem que criminosos realizem fraudes com muito mais facilidade, por já terem todos os dados. O “The Jerusalem Post” ainda afirmou que os investigadores ficaram surpresos que o funcionário tinha acesso ao banco de dados de pais adotivos em Jerusalém e Tel Aviv, “considerado um dos mais sensíveis do país”. Esse documento não chegou a ser vazado, de acordo com as autoridades.

Ao site Ynetnews, alguns dos suspeitos afirmaram que o banco de dados era tão popular que nem havia suspeita de que o acesso aos dados era ilegal. Já o funcionário do governo que teria vazado os dados nega a acusação.

Fonte Portal G1 (www.g1.com.br)

Internet no país deve se igualar à de desenvolvidos até 2014, diz ministro

O custo e a qualidade do serviço de internet no Brasil não estão “tão defasados” em relação ao que se vê no exterior, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. De acordo com ele, a tendência é que a qualidade e a velocidade da internet nacional se igualem à dos países desenvolvidos até 2014.

"A Itália e a França licitaram celular de quarta geração agora, setembro, outubro. Nós vamos fazer [a licitação] em abril do ano que vem. A tendência é que até 2014 nós vamos estar equiparados com esses países [na qualidade e velocidade da internet]", afirmou, em entrevista ao G1.

“Não estou dizendo que a nossa internet é uma maravilha. Mas ela não está tão fora assim”, disse o ministro. “As pessoas têm direito de reclamar e nós temos que cobrar cada vez mais. Agora, eu não acho que nós estejamos tão defasados em relação aos outros lugares.”

Bernardo disse que o governo está empenhado em promover a melhoria do serviço de internet no país, e ressaltou que o plano de metas de qualidade, em discussão na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai obrigar as empresas a garantir ao cliente percentual maior da velocidade contratada – hoje não existe regra sobre velocidade, e as empresas chegam a fornecer apenas 10% do contratado.

Para o ministro, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que passou a oferecer em outubro internet de 1 Mbps por R$ 35 ao mês, e a expansão do serviço de TV a cabo e a licitação da quarta geração da telefonia celular, programada para 2012, também vão ajudar na melhoria desse serviço.

‘Muita reclamação’ sobre o PNBL
O ministro disse que está havendo uma “grande procura” pela assinatura de internet pelo PNBL junto às empresas de telefonia, e que a oferta reduzida do serviço tem gerado reclamações.

“Está muito grande a procura, e como as empresas estão escalonando, estão oferecendo em alguns municípios e em outros ainda não, tem muita reclamação por conta disso”, disse Bernardo. Ele afirmou que pediu à concessionária Oi que acelere a expansão da oferta do serviço.

A oferta do serviço começou no dia 1º de outubro. A meta do programa é oferecer internet de alta velocidade com assinatura máxima mensal de R$ 35 em todo o país até o final 2014.

O ministro também defendeu a opção feita pelo governo de oferecer conexões do PNBL via empresas de telefonia ao invés de usar a Telebrás, como estava previsto inicialmente.

“Uma empresa pública tem muito mais amarras no sentido de começar e desenvolver os seus investimentos. O PNBL não é só esse plano nacional de internet popular. Nós temos programa de investimento, programa de competitividade, obrigar o compartilhamento de linha”, disse.

Obs: infelizmente o nosso Ministro das Comunicações, parece estar vivendo um conto de fadas no que diz respeito, a qualidade do sinal, preço justo para cada cidadão acessar a Internet, além de o Brasil possuir conforme pesquisas, a pior qualidade e tarifa  mais altas que o Haiti.

Valente volta a pedir combinação de cobertura e preço no leilão de 2,5 GHz

O diretor presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, voltou a pedir em público que o leilão da faixa de 2,5 GHz, que será utilizada para serviços de quarta geração (4G) de telefonia móvel, mescle preço com cumprimento de obrigações de cobertura. Uma das ideias propostas é seguir um modelo internacionalmente conhecido como "concurso de beleza", ou beauty contest", em que o preço da licença é menor para quem oferecer metas maiores de cobertura.

No leilão do 3G a Anatel já considerou as obrigações de cobertura no cálculo dos valores das licenças, mas Valente entende que há espaço para que a agência seja mais ousada nesse aspecto ao elaborar as regras para o leilão de 2,5 GHz. "Essa nova oferta (de espectro) não pode interferir no crescimento da rede atual. Estamos presentes em 1.550 cidades com 3G, mas queremos chegar a 2.900 em meados do ano que vem", disse Valente.

Entretanto, o executivo foi contundente ao afirmar que a Vivo não apoia o adiamento do leilão, ao contrário de outras teles, como a TIM, que sugeriram a postergação do evento.

O diretor presidente da Telefônica/Vivo reconheceu não ser possível ter um leilão sem aporte financeiro ao governo, mas entende que esse custo deveria ser menor, pois quem gera investimento efetivamente para o cidadão seriam as empresas, com a construção de suas redes. No leilão de 3G, de 2007, apesar de a Anatel reduzir os valores mínimos em troca de obrigações de cobertura, a competição pelas faixas com a presença da nextel fez com que o valor final das propostas superasse os R$ 5,3 bilhões, bem acima do que as empresas pretendiam gastar.

450 MHz

Valente praticamente descartou a participação da Vivo em um leilão pela faixa de 450 MHz. Embora tenha ressaltado que não existe uma definição concreta de não participar, elencou fatores que afastariam a empresa dessa compra: a falta de equipamentos em 450 MHz, a pequena largura de banda e a necessidade de utilizar uma tecnologia diferente. Vale lembrar que a Telefônica tem metas de cobertura rural a cumprir pelo Plano Geral de Metas de Universalização, mas estas metas estão vinculadas à existência de uma rede em 450 MHz. O governo quer forçar as concessionárias a investirem nessa rede, mas a resistência no mercado é grande.

Monday 24 October 2011

Governo envia MP com renúncia fiscal para telecom em 15 dias

O governo federal vai enviar ao Congresso, em 15 dias, uma Medida Provisória (MP) que prevê isenção de impostos como IPI, PIS e Cofins para o setor de telecomunicações como forma de estimular investimentos no setor, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo

Segundo ele, a MP chegou à pasta nesta segunda-feira e passará por alguns ajustes até o envio ao Ministério da Casa Civil na semana que vem.

- Depois vamos despachar com a presidente... mais ou menos em uns 15 dias mandamos para o Congresso - disse Bernardo a jornalistas.

Segundo o ministro, com a isenção fiscal os investimentos do setor poderão voltar ao patamar pós privatização, no fim dos anos 90. De acordo com Bernardo, os dispêndios das empresas giram perto de R$ 17 bilhões e a meta é atingir R$ 25 bilhões de investimento ao ano.

- A isenção vai vigorar até 2016 e achamos que as empresas vão antecipar seus planos de investimento até porque o mercado está forte e demandante - afirmou.

Bernardo explicou que a MP prevê isenção de PIS e Cofins para itens como fibra ótica, rádios, modems, construção de torres e dutos. A isenção de IPI contemplaria construção de redes, estações e sub-estações. O Ministro calcula que a isenção pode chegar a 25% em alguns produtos

Segundo ele, a empresa que quiser se beneficiar da isenção fiscal terá que se comprometer a investir em regiões menos favorecidas e com cobertura de serviço menor.

- A empresa que fizer o investimento no chamado filé mignon vai ter que fazer também no Norte, Nordeste, que são áreas com menos rentabilidade, mas que precisam ser atendidas - disse.

Paulo Bernardo comunicou que o leilão dos espectros de internet 4G deve ter seu edital publicado em dezembro ou até janeiro de 2012. O certame deve acontecer em abril.

Ele afirmou que a concorrência vai seguir os moldes do leilão 3G, em que o governo reduziu o valor a outorga a ser licitada, mas vai ampliar as metas de cobertura a serem atendidas pelo vencedor da concorrência.

- A arrecadação vai ser menor, já sabemos disso, mas vamos ter metas mais exigentes do que no 3G - salientou, ao lembrar que em meados de 2013 o serviço 4G já tem que estar em teste pelo menos nas cidades sede da Copa de 2014.

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Relatório da IBM revela que ataques a redes móveis dobrarão em 2011

A IBM divulgou nesta quinta-feira, 20, os resultados do relatório de Tendências e Riscos X-Force do primeiro semestre de 2011, o qual apontou que o ambiente de segurança da informação está em rápida mudança, caracterizado por ataques de grande impacto, crescente vulnerabilidade móvel e ameaças mais sofisticadas.

O documento se baseia na inteligência coletada por meio de divulgações públicas de vulnerabilidades, bem como na monitoração e análise de uma média de 12 bilhões de eventos diários de segurança desde o início de 2011.


A adoção de dispositivos móveis em empresas, como smartphones e tablets, e o aumento do uso de aparelhos pessoais na rede corporativa, criaram novas preocupações de segurança.

A equipe X-Force da IBM notou um aumento constante na divulgação de vulnerabilidades afetando estes dispositivos. Neste cenário, é recomendável que as equipes de TI façam uso regular de softwares anti-malware e gerenciem com frequência as correções para celulares em ambientes corporativos. As principais considerações do Relatório são:

• A equipe X-Force projeta que o ano de 2011 terá o dobro de divulgações de exploração móvel em comparação a 2010. Além disso, o relatório mostra que muitos fornecedores de telefonia móvel não carregam as atualizações de segurança com a necessária rapidez nos seus dispositivos;

• Softwares mal intencionados dirigidos a telefones móveis são frequentemente distribuídos por meio de aplicativos de terceiros. Telefones móveis são, cada vez mais, uma plataforma atraente para desenvolvedores de malware, já que a base de usuários está crescendo rapidamente, o que torna fácil a obtenção de dinheiro por meio desse tipo de ação. Os distribuidores de malware podem oferecer serviços premium de texto (mensagens SMS) que iludem e coletam dinheiro de usuários que enviarem texto para um número específico, por exemplo;

• Alguns malwares móveis são projetados para coletar informação pessoal do usuário final. Estes dados podem ser usados em ataques de phishing ou para roubo de identidade. Estas ameaças são capazes de monitorar e rastrear por onde as vítimas se locomovem, usando funcionalidades de GPS comuns nesses telefones.


"Não é surpreendente que as ameaças móveis tenham crescido tanto. Há anos o mercado de telefonia móvel, em especial o uso de dados, tem expandido exponencialmente e o caminho natural era que junto a isso, o crescimento de ataques de malware se tornasse um problema real para esta geração de dispositivos", explica Eduardo Abreu, gerente segmento de Segurança da IBM Brasil.


Vulnerabilidades triplicam em 2011

Outro ponto identificado pelo X-Force foi o crescimento de vulnerabilidades críticas. De janeiro de 2011 até agora, este número triplicou. Existe uma grande variedade de ataques surgindo este ano, como os whaling, um tipo de phishing dirigido a pessoas do alto nível de uma organização, com acesso a dados críticos.


"A onda de violações de grande destaque deste ano acentua os desafios que as organizações tipicamente enfrentam na execução de sua estratégia de segurança", disse Joaquim Campos, gerente de Software, da linha Tivoli da IBM. "Embora entendamos como nos defender de muitos desses ataques em nível técnico, as organizações nem sempre têm práticas operacionais necessárias para proteger a empresa inteira", acrescenta.

O ano de 2011 está sendo um divisor de águas no que se refere a violações de segurança. O relatório, entretanto, identificou alguns aprimoramentos em áreas de segurança computacional que mostram avanços na luta contra o crime na internet.


O primeiro semestre de 2011 teve uma diminuição de vulnerabilidades de aplicativos na web, passando de 49% para 37%. Esta é a primeira vez em cinco anos que o X-Force observou um declínio. Grandes vulnerabilidades críticas em browsers web também chegaram ao seu ponto mais baixo desde 2007. Apesar disso, os aprimoramentos em segurança de aplicativos e de browsers web ainda são considerados importantes, pois muitos ataques são dirigidos contra essas categorias de software.


Depois de anos de crescimento de spam, houve um declínio significativo no volume de mensagens indesejadas no primeiro semestre deste ano. Durante este período, a porcentagem de spam caracterizada como phishing,uma forma de fraude eletrônica, caracterizada por tentativas de adquirir dados pessoais, em bases semanais, foi de menos de 0,01%. O phishing tradicional também diminuiu muito em relação aos níveis observados antes de meados de 2010.


O relatório X-Force identificou numerosos ataques dirigidos a vulnerabilidades de segurança tradicionais. De acordo com o relatório, ataques dirigidos a senhas fracas ainda são muito comuns na Internet. Os bancos de dados se tornaram um alvo importante de ataques. Os pesquisadores da IBM testaram quase 700 sites web da lista Fortune 500 e outros sites muito populares e identificaram que 40% deles apresentam uma classe de problemas de segurança conhecida como vulnerabilidades JavaScript do lado cliente.

X-Force

O Relatório de Riscos e Tendências do X-Force da IBM é uma avaliação do cenário de segurança, projetado para ajudar clientes a entenderem melhor os últimos riscos de segurança, permanecendo à frente dessas ameaças. O estudo coleta dados de diversas fontes de informações, incluindo seu próprio banco de dados de mais de 50 mil vulnerabilidades de segurança de computação e o monitoramento em tempo real de mais de 13 bilhões de eventos de segurança por dia para aproximadamente 4 mil clientes em mais de 130 países.

Consulta pública da revisão da Norma 4 será através de questões à sociedade

A Anatel pretende inovar na consulta pública da Norma 4. Em vez do modelo tradicional em que a agência apresenta um texto pronto para a apreciação da sociedade, desta vez o modelo será outro. A Anatel colocará uma série de perguntas em consulta pública cujas respostas serão usadas na elaboração do documento. A informação é do assessor da presidência da Anatel, José Alexandre Bicalho, que participou nesta terça, 21, de reunião no conselho consultivo da agência.

Tanto o representante da Anatel como a representante do Minicom, Miriam Wimmer, diretora do departamento de universalização, presentes no debate, foram questionados sobre a motivação de se revisar a Norma 4. A conselheira Virgínia Malheiros Galvez, representante do Senado no conselho consultivo disse que a CPI da pedofilia, embora com alguma dificuldade no começo, conseguiu dos provedores os logs de acesso necessários para a investigação. “A questão da segurança parece que está resolvida. Onde é que está a real necessidade disso, sinceramente eu não consegui entender”, disse ela.

O representante do Senado Federal, Fernando Cesar Mesquita, discorda de qualquer tentativa de regulamentar a Internet. Ele deu o exemplo da TV Senado, que tem oito canais na Internet. Para ele, é importante que não haja tanta regulamentação porque “amanhã alguém poderá proibir isso”.

Bicalho, da Anatel, disse que não há a intenção de discutir a parte do conteúdo. O problema que se está tentando resolver é que existem alguns modelos de conexão que não se coadunam com a Norma 4, explica em referência a conexão pelas operadoras móveis e pelas redes de TV a cabo que não estão sujeitas à Norma. O assessor da presidência da Anatel também procurou tranquilizar o conselho consultivo em relação à governança da Internet. Ele disse que não há qualquer intenção da agência de “capturar” as atuais competências do Comitê Gestor da Internet (CGI).

Miriam Wimmer esclareceu que o Minicom foi provocado pela Casa Civil para estudar o modelo. Segundo ela, essa assimetria regulatória entre o SMP, o SCM e a TV por assinatura, por si só, já é uma razão para rever a norma. Do Minicom, assegura ela, o que existe são “ideias” e diretrizes gerais que garantam a isonomia e menores custos para o consumidor. “O debate está apenas começando, não existe a intenção de, a priori, extirpar ou extinguir o modelo vigente”, afirma.

Thursday 20 October 2011

Primeira etapa da consulta sobre novo marco legal será na forma de perguntas e respostas

O Ministério das Comunicações deverá adotar um modelo de questionamento prévio à sociedade antes de soltar qualquer consulta pública sobre um novo marco legal para o setor de comunicação social. O modelo é o de abrir perguntas sobre diferentes temas e coletar as respostas antes de fechar o texto final de um anteprojeto. A expectativa é que essas questões sejam abertas em dezembro para ficarem em discussão por pelo menos 60 ou até 90 dias.

Esse modelo de perguntas e respostas é adotado pela FCC e pela Ofcom nos processos de elaboração de novos marcos legais nos EUA e Reino Unido, respectivamente, e é conhecido como "Notice of Inquiry". Não seria a primeira vez que essa metodologia seria adotada no Brasil. O próprio Ministério das Comunicações chegou a adotar esse modelo em 2008, ao fazer uma série de questionamentos sobre a atualização do marco legal de telecomunicações.

Agora, a ideia é discutir temas como propriedade cruzada de meios, modelos de agências reguladora, ajustes na legislação de telecomunicações (por exemplo, reversibilidade dos bens e serviço público, entre outros) antes que eles integrem um anteprojeto de lei.

O novo modelo ainda depende de uma consulta prévia à presidência da República e a alguns ministérios específicos.

Diálogo

Este novo modelo foi um dos pontos apresentados pelo Minicom às entidades de defesa da democratização das comunicações no encontro que tiveram com o ministro Paulo Bernardo nesta terça, dia 18. As entidades, entre elas o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Fenaj, CUT e Intervozes, estiveram reunidas com o ministro para apresentar uma lista de 20 pontos de uma "proposta para a comunicação democrática", como está sendo chamado o documento.

São várias propostas que consolidam alguns dos pontos defendidos no relatório final da Conferência Nacional de Comunicação realizada em 2009 e debates e seminários realizados ao longo deste ano. Segundo participantes da reunião, o ministro Paulo Bernardo teria, inclusive, brincado e dito que alguns dos pontos apresentados pelas entidades foram copiados do trabalho que está sendo feito pelo ministério.

A reunião acabou servindo também para desfazer algumas arestas criadas na relação entre o Minicom e a sociedade civil, sobretudo depois do movimento em defesa da banda larga como serviço público e do "tuitaço" promovido por algumas destas entidades.

A lista completa de posições ao ministério estão disponíveis no site do FNDC. Entre os pontos para a elaboração do marco regulatório defendidos por estas entidades estão:

1) Arquitetura institucional democrática, com a criação de um conselho nacional de comunicação;


2) Participação social, com uso de mecanismos abertos e transparentes de contribuição e participação da sociedade nos temas;


3) Separação de infraestrutura e conteúdo, com unificação das normas de comunicação social, independente da plataforma;


4) Garantia de redes abertas e neutras;


5) Universalização dos serviços essenciais, incluindo a banda larga, a telefonia e a radiodifusão;


6) Adoção de padrões abertos e interoperáveis e apoio à tecnologia nacional;


7) Regulamentação da complementaridade dos sistemas e fortalecimento do sistema público de comunicação, com igual proporção de canais comerciais, públicos e estatais;


8) Fortalecimento das rádios e TVs comunitárias;


9) Democracia, transparência e pluralidade nas outorgas;


10) Limite à concentração nas comunicações

11) Proibição de outorgas para políticos


12) Garantia da produção e veiculação de conteúdo nacional e regional e estímulo à programação independente, com a regulamentação do Artigo 221 da Constituição;


13) Promoção da diversidade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, de classes sociais e de crença, com garantias de espaço para a manifestação desta diversidade na comunicação social;


14) Criação de mecanismos de responsabilização das mídias por violações de direitos humanos;


15) Aprimoramento de mecanismos de proteção às crianças e aos adolescentes;


16) Estabelecimento de normas e códigos que objetivem a diversidade de pontos de vista e o tratamento equilibrado do conteúdo jornalístico;


17) Regulamentação da publicidade;


18) Definição de critérios legais e de mecanismos de transparência para a publicidade oficial;


19) Leitura e prática críticas para a mídia;


20) Acessibilidade comunicacional.

Brasil tem banda larga mais cara do mundo, diz estudo da ONU

O Brasil tem a banda larga fixa e móvel mais cara do mundo, com preços acima até mesmo dos praticados em países menos desenvolvidas, como Quênia, Vietnã e Sri Lanka, de acordo com estudo da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pelo comércio entre os países, divulgado nesta quarta-feira, 19.

Segundo o estudo, o custo mensal do pacote de 1 GB de banda larga móvel no país é de US$ 51,27 enquanto no Quênia o preço é de US$ 26,24, no Marrocos, US$ 11,86, na Turquia, US$ 19,93, no Vietnã, US$ 6,34, e no Sri Lanka, US$ 4.34.  Com a diferença que a velocidade de conexão de banda larga móvel no Brasil é de 1 Mbps, ao passo que no Marrocos, Sri Lanka e Turquia é de 7,2 Mbps. A disparidade fica mais evidente ainda quando é considerado preço do megabit por segundo (Mbps). No Brasil, o preço é de US$ 51, contra US$ 7 no Marrocos, US$ 4 no Quênia, US$ 3 na Turquia e US$ 2, no Vietnã.

A banda larga fixa no Brasil também é uma das mais onerosas do mundo, com custo de US$ 31,31 pelo pacote ilimitado e velocidade de 512 Kbps. O preço supera o de países como Marrocos, onde o preço do pacote é de US$ 11,82, Sri Lanka, de US$ 14,18, Turquia, de US$ 30,09, e Vietnã, US$ 8,72.

No fim do ano passado, havia 2 bilhões de assinantes de internet móvel no mundo, o que representa 30% da população. Nos países desenvolvidos essa penetração é de 75%, enquanto nos países em desenvolvimento a parcela é de 24%. Segundo o relatório Unctad, o mundo tem 527 milhões de assinantes de banda larga fixa, sendo que a velocidade mundial média de conexão é de 6,4 Mbps, bem superior à do Brasil, que é inferior a 1 Mbps.

O relatório diz que no fim de 2010 havia 1,1 bilhão de linhas de telefonia fixa no mundo e 5,4 bilhões de conexões móveis, sendo que neste caso a penetração é de 79 assinantes para cada 100 habitantes. Em países desenvolvidos e emergentes, a penetração supera uma linha móvel por habitante, enquanto nos países em desenvolvimento é de 77 assinantes para cada 100 habitantes.

Por que é importante ter um plano de contingência

Mais do que escolher um fornecedor pela qualidade do produto ou serviço, devemos estar atentos à capacidade deste de contornar e superar uma situação de crise. Os fatores como a segurança da operação e a continuidade dos negócios devem ser bem avaliados na hora da contratação de uma empresa.

Neste ano, as montadoras de carros japonesas, por exemplo, sofreram as consequências da paralisação das operações e da falta de um plano de contingência por parte de seus fornecedores de peças. Elas não estavam completamente preparadas para desastres como o tsunami que devastou a costa japonesa em março e o vazamento de uma usina nuclear. Os reflexos disso foram intercontinentais e atingiram também o Brasil, resultando na demissão de 400 empregados de uma montadora.

Porém, tudo poderia ter sido diferente se as montadoras tivessem desenvolvido um fornecedor substituto com os mesmos padrões de qualidade e prazos. Neste caso, a paralisação da produção e as demissões poderiam ter sido evitadas. É válido lembrar que se um elo da corrente quebrar, todo o programa de continuidade de negócios estará comprometido.

Por isso, várias perguntas devem ser colocadas às empresas de todos os níveis da cadeia de fornecimento: quais são os planos da companhia para o caso de indisponibilidade do seu prédio; como para uma situação de greve de funcionários, greve de transporte; até preparação para possíveis desastres naturais, etc. E, além de possuir um plano de continuidade de negócios, as empresas devem mantê-lo atualizado. Tudo deverá ser planejado, documentado, treinado e testado em momentos de normalidade e não em uma situação de crise.

Toda empresa deve estar pronta para responder a um evento não programado. É importante avaliar tudo, as equipes de comunicação, gestão de crise, a área de resposta a incidentes etc. Vale verificar quais serão os impactos da perda do estoque, por exemplo, ou da capacidade de prover serviços. Assim, de acordo com os resultados, você deverá decidir se vale o risco de contratar um fornecedor sem um plano de contingência.

Geralmente, uma comissão que está avaliando um fornecedor, pode levar meses questionando, visitando, trocando e-mails para saber a capacidade de atendimento do fornecedor, mas não se lembra de questioná-lo sobre seu preparo para situações de crise. Por isso, é importante envolver a equipe de segurança corporativa durante a contratação de um fornecedor e solicitar a esta equipe uma avaliação de riscos deste possível parceiro/fornecedor.

É válido também verificar alguns aspectos relacionados aos planos de continuidade, tais como emergência e recuperação de desastres. Não somente os ativos de tecnologia, mas sim os principais ativos dos processos mais relevantes da empresa. Não deixe de avaliar como uma empresa fornecedora trata uma crise interna.

Você leitor pode até achar que tudo isso é uma paranóia, mas hoje, nos Estados Unidos, uma empresa que não mantiver o seu negócio operando após sofrer certos tipos de impactos “comuns”, naquela região, pode ser penalizada judicialmente pela falta de preparo. É raro uma empresa localizada em uma região que sofre todo ano com os frequentes tornados não esta preparada para enfrentar este tipo de desastre ou contornar uma situação de crise relacionada a incidentes dessa natureza.

Paranóia ou não, desconheço o caso de alguma empresa que tenha se arrependido de estar bem preparada para eventos não programados. Nesse sentido, é sempre prudente ter uma área de continuidade nos negócios que coordene e mantenha atualizados tópicos como análise de riscos e de impacto nos negócios e tenha integradas as áreas de comunicação, segurança e negócios.

*Ricardo Giovenardi é consultor para assuntos de continuidade de negócios e gerenciamento de crise na Sion People Center.

Tuesday 18 October 2011

Área de TI é foco do plano de carreira dos profissionais de contact center

O crescimento do profissional atuante em contact center vai, atualmente, muito além da atividade de supervisão de outros colaboradores. Segundo análise de mercado feita pelo Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), as profissões em que os operadores têm grande possibilidade de evolução na carreira se encontram na área de Tecnologia da Informação.

Dentre os cargos de maior ascensão, além dos mais conhecidos como monitoria, supervisão, coordenação e gerência, estão:técnico de telecomunicação, técnico em eletrônica, programador da linguagem Java,programador da linguagem DotNet, administrador de redes e assistente administrativo de diversos departamentos como: Recursos Humanos, Financeiro, entre outros.

Segundo Stan Braz, diretor presidente executivo do Sintelmark, para o funcionário que atua em PA’s (Postos de Atendimento) é mais fácil migrar para a área de TI, pois ele possui um contato diário com as tecnologias existentes na operação. “Estes profissionais são treinados para aprender a lidar com sistemas fundamentais para a realização do seu trabalho. Portanto, as empresas buscam treiná-los para inseri-los nos departamentos tecnológicos, uma vez que eles possuem uma visão sobre os processos e as políticas de trabalho destas empresas”, afirma.

Para Cristiane Lima, gerente de operação da CSU e que iniciou sua carreira no contact center há nove anos como atendente, trabalhar em uma operação desenvolve habilidades fundamentais para o crescimento profissional em qualquer atividade, além de ser uma porta de entrada para um rápido crescimento profissional. “O atendente desenvolve competências muito exigidas atualmente no mercado, pois aprende a trabalhar sobre pressão, aceitar a diversidade, a executar tarefas ao mesmo tempo, como ouvir/compreender, falar e digitar simultaneamente, e a ter um poder de persuasão muito bom. Todas essas competências aliadas às ferramentas de análise do trabalho, fazem com que o bom profissional se destaque rápido e alcance outros cargos, sem o chamado protecionismo”, afirma.

Braz ainda complementa que, como muitos operadores são estudantes de ensino superior, também há grandes chances de crescerem nas áreas de interesse. “Universitários de Administração, Contabilidade, Marketing, dentre outras profissões, que trabalham como operadores, podem migrar de departamento dentro da empresa de contact center, atuando em sua especialidade. As organizações tendem a promover internamente os funcionários, antes de anunciarem as vagas externamente, por entenderem que eles já demonstram confiança, comprometimento e competência nas funções que exercem”, avalia o executivo.

A importância do e-learning para as organizações

O avanço das tecnologias, sua popularização e a consequente democratização do uso das ferramentas e aplicações a elas relacionadas têm transformado nossa sociedade. Entre outras influências provocadas, essa é uma realidade que mudou os negócios, a gestão (envolvendo os setores público e privado), a produção, os serviços, as relações sociais e até a educação de hoje.

Pela utilização dessas novas tecnologias, as corporações vêm se aprimorando, especialmente no campo da educação e da formação profissional. Diante de algumas lacunas e de restrições notadas na preparação dos brasileiros para a atuação profissional, as empresas têm ampliado e reforçado sua atuação na área da educação corporativa e do treinamento.

O uso das ferramentas e técnicas de e-learning - um dos tipos de ensino a distância (EAD) - tem contribuído de maneira decisiva para o sucesso das empreitadas corporativas na capacitação e atualização dos conhecimentos de seus profissionais. Grandes empresas que empregam consideráveis contingentes, e que muitas vezes estão presentes em diversas localidades do país (e até fora dele), são aquelas que mais se beneficiam das vantagens propiciadas por essa modalidade de ensino.

Oferecer um treinamento a centenas, ou até milhares de profissionais, é uma tarefa muito mais fácil, especialmente pelo uso de redes internas às empresas (como as intranets), ou externas (como a internet). Além disso, há a praticidade de o estudante participar de qualquer lugar em que estiver de um curso de e-learning, fator especialmente vantajoso para empresas que têm parte de seus profissionais atuando fora de suas próprias instalações físicas. Até mesmo a profusão dos equipamentos móveis, como smartphones e tablets, tem contribuído para os avanços dessa modalidade de ensino.

Outra das grandes vantagens desse sistema é que a oferta e aplicação dos cursos a funcionários e colaboradores é sempre padronizada, não importando o nível de formação da pessoa ou o cargo que ocupa. Essa é uma característica que valoriza a qualidade do material educativo e nivela o potencial de aquisição de conhecimentos.

O ensino eletrônico, que é atualmente reconhecido como tão eficaz quanto o presencial, contribui também para a economia de tempo dos profissionais e de recursos das corporações. Afinal, poupa-se na eliminação da necessidade de deslocamento das pessoas de suas unidades de trabalho para o local de aplicação de cursos. Além disso, a possibilidade de aplicar o treinamento a um número maior de pessoas simultaneamente reduz o dispêndio de recursos e tempo para a formação de grandes turmas.

É importante perceber que essa economia tem sido muitas vezes utilizada em investimentos no desenvolvimento das áreas de formação das empresas, principalmente nos próprios recursos de e-learning, ou na viabilização da estrutura tecnológica de suporte às plataformas de ensino a distância.

Como empresa com atuação nas áreas de auditoria e consultoria, a KPMG tem valorizado o e-learning como plataforma prioritária para a formação, capacitação e atualização de seus profissionais. Somente no ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2010, foram investidos R$ 2 milhões no desenvolvimento da estrutura; elaboração ou aquisição de materiais, conteúdos e ferramentas; e aplicação de cursos nessa modalidade. Pelas próprias características de seu negócio, em que muitas vezes os profissionais atuam diretamente nas instalações de seus clientes, a adoção do modelo tem sido muito eficaz e vantajosa.

A comprovação de que está traçando o caminho adequado no campo da educação corporativa reflete-se no fato de que a KPMG recebeu recentemente o prêmio “Contribuição Marcante” do Congresso E-Learning Brasil 2011-2012. A premiação foi concedida pelo reconhecimento à estrutura formada, pelo uso bem-sucedido das ferramentas de e-learning e por casos de sucesso. Entre eles, após adquirir outra empresa e incorporar o seu pessoal, os cerca de mil profissionais participaram, em apenas dois dias, do módulo básico de formação da empresa (que inclui cursos de segurança da informação; ética e independência; cumprimento de leis; normas e regulamentações, etc.).

Em um cenário que se aproxima do pleno emprego e da alta competição entre empresas na disputa por profissionais qualificados, oferecer formação constante é uma das ferramentas essenciais para a qualificação e retenção dos talentos. O uso do e-learning está, portanto, entre as soluções mais práticas, econômicas e eficientes para desenvolver com sucesso a educação corporativa.

Cris Bonini é diretora de Learning Development da KPMG no Brasil.

Monday 17 October 2011

Os riscos do roaming internacional de dados

Em período de crise, uma das formas mais inteligentes de tornar nossas empresas competitivas é reduzindo custos. Em algumas situações chega a ser questão de sobrevivência. Hoje em dia o grande vilão dos custos corporativos é a telefonia móvel, mas a maioria das empresas não faz gestão do uso, ou seja, controle do consumo pelos usuários. E as surpresas chegam sempre no mês seguinte ao gasto e aí não há mais nada o que se possa fazer, apenas lamentar.


O custo com roaming internacional, principalmente de dados, é a surpresa desagradável que praticamente toda empresa com executivos que viajam ao exterior já provou. E esses custos não são insignificantes: em alguns casos chegam a superar R$ 100 mil em poucas semanas. Os gastos mais comuns com viagens internacionais com duração inferior a um mês ficam entre R$ 20.000 e R$ 50.000.

É muito difícil em uma reunião com empresas de grande porte eu perguntar se já houve esse tipo de problema e a reposta ser negativa. Ao contrário, a cada dia surgem novos casos e a maioria delas não mudou nada em seus processos ou na utilização de software para evitar esse tipo de gasto. E por que isso acontece? Por vários motivos, vejamos alguns deles:

  • As pessoas não sabem o quão caro é o roaming internacional de dados.
  • As empresas não possuem processos para gestão dos custos de telecom, nem mesmo processos para que as pessoas solicitem o serviço de dados internacional.
  • Diretores e presidentes, que geralmente são os que viajam ao exterior, têm coisas mais importantes para se preocupar que avisar ao gestor de telecom de suas viagens.
  • Os gestores de telecom, por sua vez, não conseguem identificar usuários em roaming para comprar os pacotes ideais para eles.
  • As empresas não possuem serviços e processos para gerenciamento dos dispositivos móveis (ou "Mobile Device Management", MDM), que ajudariam na gestão de configurações, dentre outros.

Como evitar isso? Vejamos algumas sugestões:

  • Hoje já existem softwares que nos ajudam a identificar que usuários de dispositivos móveis de nossa empresa entram em áreas de roaming. Eles nos dão a oportunidade, através de alertas em tempo real, de comprar pacotes de dados de roaming internacional antes de o gasto acontecer.
  • Estabelecer processos para a gestão do uso, que ajudarão não somente com roaming, mas com o consumo em geral.
  • Profissionalizar a gestão da mobilidade corporativa através da adoção de uma solução de MDM, que ajudará a reduzir custos através da gestão de configurações, principalmente por permitir que o usuário utilize no exterior a operadora parceira da sua operadora local.

A redução pode ser de surpreendentes 95% do custo real. Sim, é verdade. Em algumas operadoras o preço de um pacote com 10MB antecipados é metade do valor de 1MB se utilizado indiscriminadamente.

E não adianta ficar indignado com a operadora porque ela tem custos com as teles de outros países. O que se deve fazer é conhecer os riscos e tratar de mitigá-los. Os serviços de telecomunicações precisam de gestão profissional, de processos e análise constantes sobre os gastos. Os dispositivos móveis são ferramentas importantíssimas para as corporações, mas não podem ser transformados em vilões por falta de gestão.
Se sua empresa ainda não começou a trabalhar a gestão de custos de telecom, está mais do que na hora. As reduções não se limitam apenas aos gastos com roaming internacional: as possibilidades são bem maiores. E depois você se perguntará: por que não fiz isso antes?

Roberto Dariva é presidente (CEO) da Navita e autor do livro “Gerenciamento de Dispositivos Móveis e Serviços de Telecom” (Campus, 2011), que apresenta estratégias para gestão de mobilidade e telecom, com enfoque na redução de custos.

Thursday 13 October 2011

No atraso de voo, aéreas só informam direitos quando questionadas. Saiba o que exigir

Ainda que as companhias exibissem em seu balcão o aviso da Anac sobre os direitos em caso de atraso, as informações prestadas pelos funcionários foram conntraditórias.

Nenhuma das três companhias brasileiras presentes no terminal - GOL, TAM e Webjet - informou sobre os direitos na primeira hora de atraso. Quando questionada, a Webjet informou erroneamente que o passageiro teria direito a um telefonema de 3 minutos.

A representante da Anac, presente no aeroporto, disse que a informação está incorreta. Não há limite para o uso do telefone ou da internet, conta-se com o bom senso tanto da empresa quanto do cliente.

A TAM contradisse ainda mais a resolução ao afirmar que os direitos não seriam válidos em caso de atraso por condições meteorológicas.

A funcionária do órgão regulador alerta que o ideal é estar bem informado.

- O melhor é estar bem atento aos seus direitos para não ser enganado.

Postos de informação espalhados pelo aeroporto têm panfletos informativos sobre os direitos dos passageiros.

Busque seus direitos

Caso a empresa aérea não respeite os direitos do passageiro ele deve procurar um instituto de defesa dos direitos do consumidor, como o Procon. Conjuntamente, é aconselhável que denuncie a empresa para a Anac, para que ela tome as medidas necessárias.

- Ela [ a Anac] não pode obrigar a empresa a dar assistência ao passageiro, mas ela pode penalizá-la depois.

As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 725 4445 ou no site da agência: www.anac.gov.br.

 

Direito do passageiro

A companhia deve dar assistências graduais quando o embarque não é realizado por motivo de segurança operacional, troca de aeronave, overbooking ou problemas do gênero. As regras valem desde março do ano passado.


A partir de 1 hora de atraso

Companhia deve oferecer assistência para comunicação (internet e telefone). A Anac informa que não há quantidade limitada de uso de minutos.


A partir de 2 horas de atraso

Alimentação adequada ao tempo de espera (voucher, lanche, bebidas).


A partir de 4 horas de atraso

Acomodação em local adequado (espaço interno do aeroporto ou ambiente externo com condições satisfatórias para aguardar pela reacomodação) ou hospedagem (quando necessária) e transporte do aeroporto ao local de acomodação.

Reembolso

A partir de 4ª hora de atraso, Reembolso integral do valor do bilhete, na mesma forma de pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário), caso passageiro desista da viagem.

Reacomodação em outro voo

Deve ser imediata no caso de cancelamento ou adiamento do embarque. O cliente pode ser reacomodado no próximo voo da companhia ou de outra empresa na mesma rota.
Passageiro que aguarda reacomodação tem prioridade sobre os que ainda não compraram bilhete.

Informação clara

Companhia deve informar direitos do passageiro e motivos do atraso, cancelamento ou adiamento da viagem, inclusive por escrito (o que pode ser usado em pedidos de indenizações, se for o caso).

Fontes: Anac e Fundação Procon São Paulo

* Colaborou Marina Ribeiro, estagiária do R7

Wednesday 12 October 2011

SindiTelebrasil compara Internet com o serviço dos Correios

O SindiTelebrasil volta à carga contra a proposta de novo regulamento para o SCM, onde a Anatel traça as primeiras linhas do modelo que pretende adotar de neutralidade de rede. O texto proposto pela agência permite que as teles façam o bloqueio ou a gerência do tráfego de modo a garantir a segurança e a estabilidade das redes. As teles, entretanto, querem mais.  

Para o sindicato, é necessário explicitar que é permitido às prestadoras ofertar serviços customizados que atendam a perfis de consumo específicos e adotar medidas para gestão e diferenciação de tráfego, inclusive aquelas que envolvam diferenciação de custos, preços e priorização por tipo de tráfego. Esse é o cerne da contribuição do sindicato à consulta pública da Anatel.

Para sustentar sua proposta, o SindiTelebrasil afirma que um bom exemplo de neutralidade de rede é aquele adotado pelos Correios. Encomendas que devem ser entregues com prioridade custam mais caro que a carta simples. Assim como ocorre com os pacotes de dados na Internet, os Correios não oferecem garantia de prazo ou prioridade na entrega de uma carta simples. Essa prática, conhecida como “melhor esforço”, resulta na cobrança de preços menores por um serviço sem programação antecipada. Nesse caso, a empresa fará seu “melhor esforço” para entregar a carta, mas poderá haver atraso se o volume de correspondências estiver muito acima do esperado.

Se os Correios fossem obrigados a adotar o modelo de neutralidade de rede proposto pela Anatel, segue o SindiTelebrasil, os usuários seriam privados da opção de entregas mais rápidas. Ou, então, todos os usuários teriam que pagar mais caro por entregas prioritárias, incluindo aqueles cujas encomendas não são urgentes.

"A Anatel está optando por um modelo que impede as empresas de realizarem a gestão eficiente de tráfego em suas redes, dificultando assim a oferta de produtos com diferentes perfis de uso e o estabelecimento de planos de negócios que contemplem as necessidades de públicos-alvo distintos", afirma em comunicado o SindiTelebrasil.

Monday 10 October 2011

Banda larga de alta velocidade é o gargalo do "Combo dos Sonhos"

As operadoras do Grupo América Móvil (Embratel, Net e Claro) lançaram um pacote 5-play (Combo Multi) que inclui:

  1. TV por assinatura em alta definição e vídeos sob demanda.
  2. Banda larga fixa (10 Mbps), wi-fi residencial e em locais públicos.
  3. Internet 3G (com modem e por smartphone).
  4. Telefone fixo Embratel com chamadas ilimitadas para outros fixos de qualquer operadora.
  5. Telefone Celular pós-pago.

A oferta representa o "Combo dos Sonhos" de consumo de serviços de telecom e como tal está acessível a uma parcela restrita da população, não só pelo preço, mas pela disponibilidade do serviço.

O preço do Combo

O preço inicial do Combo da América Móvil ( R$ 399,90 por mês) não inclui os canais fechados. Para ter acesso ao pacote inicial de TV por assinatura no Combo Multi2 (77 canais em SD – Standard Definition + 19 canais em HD – High Definition), o cliente terá que desembolsar R$ 499,90 por mês.

Ou seja, tipicamente o cliente atual de HD + Banda Larga de 5 Mbps desembolsará algo como R$ 200,00 a mais por mês para adicionar os serviços: banda larga móvel de 2GB + modem 3g, NET Fone com uso ilimitado para fixos de todo o Brasil + 100 minutos para celulares Claro em todo o Brasil, WiFi ilimitada em hot spots do Grupo, 2 linhas celulares + 1 Smartphone + 100 minutos para NET Fone + 100 minutos locais para móvel ou fixo + 100 torpedos + 200 MB de dados no celular.

O exemplo mostra que a dquirir um Combo é em geral vantajoso. Além de ter um preço menor que o que seria gasto comprando os serviços individualmente, facilita a utilização integrada dos serviços. Esta oferta "Top" será certamente desdobrada em combos com preços menores que permitirão aos usuários balancear o seu "sonho de consumo" com quanto ele pretende gastar com serviços de Telecom.

Em Jun/11, existiam no Brasil 43 milhões de telefones fixos, 39 milhões de celulares pós-pagos, 28 milhões de acessos com celulares ou terminais de dados 3G, 15 milhões de acessos de banda larga fixa e 12 milhões de TV por Assinatura.

Parte destes 12 milhões de assinantes de TV por Assinatura, possui também os outros 4 serviços e seriam candidatos potenciais a adquirir a um combo com estes serviços.

Banda Larga de alta velocidade é o gargalo

Não basta querer adquirir estes 5 serviços (em combo ou não). É preciso que eles estejam disponíveis na residência do usuário.

A telefonia fixa, o celular e a TV por assinatura via satélite estão disponíveis em todos os domicílios e a banda larga 3G em mais de 1.500 municípios (75,4% da população).

A grande dificuldade para atender o "sonho de consumo de telecom" representado pelo Combo da América Móvil é a capacidade de oferecer a banda larga fixa de alta velocidade (10 Mbps).

A América Móvil, por exemplo, só poderia atender hoje um usuário com seu combo nos domicílios cabeados pela Net. Eram 10,8 milhões em 2009 (18% do total Brasil). Esta quantidade cresce se considerarmos os 256 municípios cabeados recentemente pela Embratel.

Telefônica e Oi enfrentam dificuldades semelhantes, mesmo em suas áreas de concessão de telefonia fixa, São Paulo e resto do Brasil respectivamente. Apesar de terem uma rede de telefonia fixa que atende a praticamente 100% dos domicílios urbanos, apenas em parte deles a rede tem capacidade de oferecer banda larga fixa (ADSL) e mesmo assim com velocidades, muitas vezes, abaixo de 2 Mbps.

A oferta de banda larga fixa de alta velocidade (10 Mbps) exige investimentos na rede de acesso com a implantação de soluções baseadas em fibra como o FTTH que a Telefonica está implantando e que estará disponível até o final de 2011 em 1 milhão de domicílios. É bom lembrar que a velocidade dos "sonhos" daqui a 3 anos vai ser maior que os 10 Mbps de hoje.

A TIM pretende oferecer banda larga fixa nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro utilizando a rede da AES Atimus adquirida este ano.

Já na GVT, onde 69% dos clientes têm velocidade maior ou igual a 10 Mbps (5 Mbps é a mínima) a dificuldade para oferecer um combo com todos os serviços está na parte móvel (Celular e Internet 3G), que só poderia ser oferecida hoje em parceria com outras operadoras.

A liberalização da TV a cabo é mais importante para a banda larga fixa que para a TV por Assinatura

Ou seja, a liberalização de licenças de TV a cabo será mais importante para ampliar a oferta de banda larga de alta velocidade do que a de TV por assinatura. A possibilidade de ter uma fonte adicional de receita com TV irá ajudar a aumentar os investimentos em redes de banda larga de alta velocidade.

A demanda de TV por assinatura no Brasil, mesmo a de alta definição, está sendo atendida pelo DTH (Satélite), que ultrapassou em 2011 a TV a Cabo em quantidade de acessos.

Fonte: www.teleco.com.br

Friday 7 October 2011

Bagagens em viagens aéreas serão rastreadas por celular

Chegar ao seu destino após uma viagem aérea e não encontrar suas malas na esteira de bagagens é uma experiência desagradável pela qual muitas pessoas já passaram. Para evitar o desconforto de esperar por meia hora ou mais em frente à esteira, em breve será possível para as companhias aéreas enviar informes via SMS para os passageiros sobre a situação de suas bagagens assim que desembarcarem. O serviço será oferecido graças a uma parceria entre a Amadeus, empresa que fornece sistemas de gestão para companhias aéreas, e a Sita, especializada no gerenciamento de bagagens em terra em aeroportos ao redor do mundo, ou "ground handling".

A Amadeus e a Sita integraram seus sistemas, respectivamente o "Altéa Departure Control" e o "Sita BagMessage", este último presente em mais de 200 aeroportos. Na prática, as companhias aéreas poderão acompanhar em tempo real, desde o check in, a localização das malas de cada um de seus passageiros. Isso será feito a partir de check points em cada etapa do manuseio da bagagem, usando RFID ou código de barras. O serviço foi batizado de "Altéa Baggage Tracking" e será disponibilizado no começo do ano que vem em 54 aeroportos internacionais. A decisão de como e quando comunicar os passageiros sobre eventuais atrasos ou extravios ficará a cargo de cada companhia aérea.

Segundo um relatório da Sita, 29,4 milhões de bagagens chegaram atrasadas em 2010. Uma pesquisa recente realizada pela Amadeus, por sua vez, aponta que 34% dos viajantes tiveram problemas com entrega de bagagens em voos recentes. E 37% disseram que gostariam de receber informações em seus celulares se suas malas chegaram ao destino.

Futuro

"O perfil do viajante está mudando. Em 2020 haverá uma proporção maior de turistas da terceira idade com saúde e dinheiro para viajar. Para esse público, é preciso oferecer uma experiência melhor de viagem", analisa o diretor regional de tecnologia da informação para América Latina da Amadeus, Gustavo Murad. Além do rastreamento de bagagem, o executivo aposta em vários outros serviços integrados a dispositivos móveis, como acompanhar o status do voo, realizar o check in e verificar direções dentro do aeroporto para conexões, tudo na tela de celulares, smartphones e tablets.

A Amadeus já oferece às suas companhias aéreas clientes a possibilidade de enviar status dos voos por SMS, assim como a realização de check in no celular, tanto via SMS quanto por aplicativo móvel, em Android, iOS e Blackberry.

Fernando Paiva

Empresas devem elevar gastos com mainframe neste ano, indica pesquisa

Apesar de a pressão por redução de custos com TI estar mais em voga do que nunca, o computador de grande porte se mantém valorizado no mercado. Agora, 20 anos depois da onda do “downsizing” que varreu as empresas nos anos 1990 – que levou a substituição de grande parte dos mainframes por redes de microcomputadores, com base na arquitetura cliente/servidor – e depois da consolidação dos PCs e em plena era da internet, a situação continua praticamente a mesma. Ao menos é isso que indica uma pesquisa recente da BMC Software, fabricante de software para aplicações críticas de negócios, realizada com 1.347 profissionais de TI em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Os resultados mostram que a maioria deles continua a ver o mainframe como um sistema essencial para processamento comercial. Os profissionais relataram o mais forte crescimento de Mips (milhões de instruções por segundo de capacidade de processamento) na história da pesquisa, com 84% dos entrevistados declarando esperar um aumento ou uso constante de Mips e 63% indicando que o mainframe irá crescer e atrair novas cargas de trabalho durante o próximo ano. A opinião geral é que o mainframe deve permanecer nas grandes corporações, ao lado de servidores de pequeno e médio porte, em ambientes híbridos de TI.

O estudo revela que 62% dos entrevistados disseram que devem aumentar a capacidade do mainframe da empresa neste ano, alta de 6% em relação ao registrado em 2010. Para Olímpio Pereira, diretor geral de mainframe da BMC Software para a América Latina, isso demonstra que as soluções para computadores de grande porte acompanham o crescimento dos negócios que envolvem alto risco. Hoje, segundo ele, o mainframe é adotado principalmente pelo setor financeiro (26%), seguido por empresas de tecnologia (14%), seguros (13%) e governo (10%), que buscam otimizar o seu uso para acompanhar seu crescimento. “Essas empresas desenvolvem novas aplicações para mainframe, principalmente para suportar um novo serviço de uma unidade de negócio”, diz Pereira.

A necessidade de reduzir custos continua a ser a principal prioridade para 60% dos entrevistados, por isso ainda há um grande interesse desses profissionais em investir no aumento da capacidade do mainframe e, ao mesmo tempo, em melhorar o desempenho. Outras prioridades incluem a recuperação de desastres (34%), modernização de aplicações (31%), a utilização de Mips ou projetos de redução de crescimento (24%), e a redução do impacto de disponibilidade devido a interrupções planejadas ou não (24%).

Pereira explica que, mesmo sendo uma tecnologia cara, os benefícios de se operar com mainframe em um sistema híbrido aparecem no longo prazo, principalmente devido à redução de mão de obra para gerenciar operações, quando comparado ao gerenciamento de servidores e data centers,.

A pesquisa revela, ainda, que há uma forte tendência de uso integrado de dispositivos móveis com mainframe. Um terço dos entrevistados hoje já gerenciam seus ambientes de mainframe via iPad ou outro dispositivo móvel. “Isso mostra, na realidade, a demanda por mobilidade de todo o ambiente híbrido no qual o mainframe está inserido”, analisa Pereira, ao ressaltar que essa funcionalidade ainda não está sendo utilizado para o gerenciamento de aplicações críticas de negócio. Vem daí, diz ele, o interesse de 60% dos entrevistados por ferramentas multiplataforma, em áreas como monitoramento de eventos de automação e gerenciamento de mudanças.

Pereira vê o mainframe como crucial para consolidação da computação em nuvem. “Provedores de cloud computing têm falado que o volume de dados operado por eles deve crescer significativamente em pouquíssimo tempo. O mainframe realiza o processamento massivo de dados com a segurança necessária para que as operações não entrem em colapso”, explica, o que justificaria o grau de confiabilidade do mainframe expressado pelos executivos.

Wednesday 5 October 2011

Tendência das redes sociais corporativas

Uma das possíveis razões do fracasso das redes sociais corporativas é a falta de integração das ferramentas sociais num trabalho conjunto. Portanto, não se trata do conceito semântico de redes sociais, mas da falta de integração delas ao conjunto de aplicações das empresas atreladas ao trabalho cotidiano.


A maioria dos negócios existentes é desempenhada por sistemas existentes que não possuem características provenientes das redes sociais. Muitos sistemas, tais como os de ERP,CRM e HRM simplesmente adicionam camadas sociais em seus produtos, isto não implica que esta incorporação resultará num sistema social corporativo efetivo.

 

Ao invés de incorporar deve-se integrar as características das redes sociais que irão resultar numa real co-participação. Com os avanços expressivos da tecnologia de informação e com o surgimento da especificação OpenSocial 2,0 as rede sociais passam a gerar uma oportunidade genuína de integração dos departamentos e atividades funcionais nas empresas.


O simples uso de redes sociais as converte em ferramentas esparsas sem nenhuma funcionalidade de negócio nas organizações. Este é certamente o caso em que não se deve investir em redes sociais nas corporações, Todavia se o escopo empresarial for desencadear um potencial inexplorado interno dos funcionários, com foco bastante cognitivo, uma absorção do capital intelectual e o aumento da produção coletiva, então as empresas devem investir seus recursos nas redes sociais.


Para o sucesso das redes sociais, é mister direcionar o forte engajamento e a participação delas em todos os pontos funcionais e críticos dos processos de negócio internos da empresa. O maior fracasso ocorrerá na ausência de um fluxo de integração. Para alcançar esta integração é necessário uma transformação cultural geral na empresa, sendo importante definir uma a estratégia social onipresente na empresa, que seguramente virá a modificar a cultura empresarial, permitindo a integração dos processos de negócio.
O uso de redes social envolve a evolução e participação da esfera tecnológica, mas o mais importante para as corporações, são elas imbuírem-se sem demarcações do negócio fim da empresa. Como resultado desta tentativa de integração com o negócio empresarial, surgem alguns componentes descritos que podem auxiliar na elaboração de um vínculo coeso entre as redes sociais e o fluxo funcional da empresa:


I. Aplicações Sociais - permite encapsular as aplicações existentes de negócio num envelope social que admita a interação entre elas.
II. Encapsulamento Social - é o foco total no negócio, envolver as características das redes sociais de forma que se possa compartilhar as informações internas, produzir notificações sociais e permitir a possibilidade de  transferências de dados e/ou informações entre os sistemas existentes.
III. Integração social – é envolvimento das aplicações empresariais, inserindo-as dentro de plataformas sociais de negócio e acrescentando aos sistemas experiências sociais específicas .

O uso dos componentes descritos acima permitirá a empresa:
• Aumentar a Inovação/Produtividade;
• Estipular uma correlação forte entre o empregado certo para a função certa;
• Resolver problemas internos de produtividade.

Aumento da Inovação/Produtividade
Uma forma de direcionar o crescimento organizacional é acelerar a inovação e assegurar que a empresa inove numa velocidade maior do que seus concorrentes. Por exemplo, a Apple tornou-se um grande sucesso nos últimos 3 anos porque eles inovaram muito mais rápido que seu maior concorrente: Microsoft.

Para que esta inovação e produtividade seja alcançada, é necessário reestruturar a maneira com que as organizações trabalham. É observado que mais de 5,3 horas são desperdiçadas por empregados semanalmente devido a processos internos totalmente ou parcialmente ineficientes. Adicionalmente, duas horas são desperdiçadas por empregados diariamente procurando as informações corretas e sujeitos especialistas num determinado assunto dentro da organização.

A maioria das informações internas das empresas está espalhada nos lugares mais diversos, impossibilitando o acesso e uso delas. Na tentativa de uma solução, muitas companhias acabam  arquitetando “servidores de Informação” na esperança que o funcionário armazene seu saber e experiências. No entanto, isto só permanece no nível departamental, onde cada departamento possui um próprio recinto para armazenar e disponibilizar a informação. O saldo final acaba sendo a fragmentação da informação corporativa  e a frustração dos empregados, já que estes não logram localizar as informações necessárias; eles são obrigados a  "reinventar a roda" e recriar o capital intelectual. É neste instante específico que as redes sociais podem ajudar as empresas, estimulando-as a inovação e ao aumento da produtividade devido ao compartilhamento das informações que trafegam de forma rápida, instantânea e principalmente informal.

A correlação entre o empregado certo para a função certa;
Os desafios na capacidade de um diagnóstico intelectual funcional de seus empregados constatado pela maioria das organizações pode vir a  bloquear o crescimento destas. É mister assegurar que os empregados certos com as habilidades especificas estejam alocados aos projetos que carecem destes recursos.
Com o objetivo de estabelecer esta forte correlação descrita acima, os departamentos de recursos humanos são obrigados a:
A. Estabelecer e implementar estudos para o desenvolvimento de líderes futuros;
B. Desenvolver habilidades e capacitar a mão de obra funcional;
C. Fomentar conhecimento compartilhando e a colaboração da empresa.

No entanto, incorporar criatividade, agilidade e velocidade, não é uma tarefa simples. Despontam uma série barreiras, tais como:
• Funcional;
• Cultural;
• Geográfica; e outras.

Todas podem vir a  restringir a produtividade da equipe e impedir a empresa de executar seu negócio em pleno potencial. Organizações devem superar esses prováveis percalços afim de enfrentar as oportunidades emergentes.


Redes sociais internas(“redes sociais por de trás do firewall “)  possuem a potencialidade de ser a solução. É vital que os funcionários passem a “blogar”, participar de uma wilkipéida empresarial, compartilhar arquivos e/ou informações, participar de fóruns de discussão, participar de comunidades, daí seu capital intelectual poderá ser capturado num único local,denominado de “perfil”. Este perfil facilitará a identificação de indivíduos para o trabalho correspondente.


Simultaneamente, os funcionários podem aprender uns com os outros descobrindo temas de interesse, oportunidades de carreira que melhor correspondam aos seus interesses, aprimorar as habilidades e capacidades. A aprendizagem informal  é essencial para a capacitação dos funcionários permitindo-os a alcançarem o trabalho almejado. Esta informalidade de transferência de conhecimento entre os funcionários tem extrema correlação com a experiência de Hawthorne realizada em 1927, de Elton Mayo, donde se concluiu que a informação informal é vital para o aumento da produtividade nas empresas.

Resolver problemas existentes 
Muitas organizações costumam  gerenciar a gestão do conhecimento com controle centralizado tanto no nível gerencial quanto no próprio armazenamento da informação. Unidades de negócios individuais, departamentos ou divisões elaboram independentemente seu próprio caminho de colaboração em torno de documentos e/ou da informação. Isto representa muitas vezes o uso de produtos de tecnologia diferentes que dificultam ou mesmo impedem o acesso ou a conexão com o resto dos sistemas da empresa.

Uma empresa visando uma plataforma de colaboração social poderá solucionar muitos dos problemas mencionados fornecendo a sua força de trabalho as ferramentas necessárias para compor e acompanhar as suas diversas comunidades, compartilhando dados e informações, além de estimular o reuso do capital intelectual. E muitas empresas conseguem ir muito mais adiante disso, elas conseguem inclusive abolir as barreiras entre os funcionários e os clientes.

Não se pode esperar que a simples construção de uma rede social empresarial fará os funcionários usá-la. As redes social corporativas podem anular as barreira internas das empresas, conectar  seus funcionários e clientes, compartilhar informação útil de forma precisa, tudo visando o aumento da produtividade empresarial. Todavia isso só será alcançado caso os funcionários acreditarem na filosofia empresarial das redes sociais e as usarem integradas aos sistemas do negócio. Um grande exemplo é a implementação de características do “Facebook”dentro de aplicações de CRM.

Todos sabemos que não está na essência do vendedor o acompanhamento atualizado cadastral de seus clientes, contudo a forma com que o “Facebook” o faz facilita e torna a tarefa até meio lúdica, e quem é que não gosta de brincar. Acredito que as rede sociais podem alavancar a sabedoria das pessoas, alavancar o trabalho colaborativo e portanto serem eficazes para as empresas.

Milton Jeronimides, diretor de marketing dfa Intersystems

Gol paga R$ 70 milhões pela Webjet e conclui compra

A Gol informou nesta segunda-feira (3) que concluiu a aquisição de 100% do capital social da Webjet Linhas Aéreas. Com isso, ressalta a companhia aérea em fato relevante, a empresa, por meio de sua subsidiária VRG Linhas Aéreas, passa a ser titular da totalidade do capital social da Webjet.

O preço pago foi de R$ 70 milhões, "sujeito ainda a ajustes menores, o que será apurado nos próximos 70 dias", disse a Gol.

Anac autoriza compra da Webjet pela Gol

O valor pago é inferior ao que a companhia havia anunciado no início de julho, quando informou sobre o fechamento do acordo. Na ocasião, a Gol divulgou que pagaria R$ 96 milhões pela Webjet e assumiria dívidas de aproximadamente R$ 215 milhões.

A conclusão da compra da Webjet pela Gol se seguiu à aprovação do negócio pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no último dia 20.

Conforme a agência reguladora, a decisão avaliou apenas o aspecto financeiro da operação, ou seja, foi aprovado que a Gol assuma a administração da Webjet. Ainda falta obter o sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Depois disso, será necessário que o caso retorne à Anac, para que a aquisição seja analisada sob o ponto de vista técnico. Só então a Gol poderá colocar em prática ações como a extinção da marca Webjet e o uso dos slots (autorizações de voos nos aeroportos para cada empresa aérea) da companhia adquirida.

    Monday 3 October 2011

    Desafios para a quarta geração de internet móvel no Brasil

    Como Londres não sabe ainda se terá disponível para as Olimpíadas de 2012 a próxima geração de telefonia móvel (4G), a Copa do Mundo do Brasil tem chances de ser o primeiro grande evento global com cobertura de internet super-rápida via celular. É o que planeja a presidente Dilma Rousseff, ao exigir que as operadoras se comprometam a oferecer o serviço nas 12 cidades-sede a tempo do mundial. Mas a implementação da tecnologia dentro desse prazo esbarra, segundo a maioria das empresas, na escassez de recursos e em desafios de infraestrutura. Enquanto o 4G não chega, o que está no ar é a guerra de argumentos entre o governo e as teles.

    Os principais focos de divergência são o preço a ser pago e a data do leilão do espectro de 2,5 Gigahertz (GHz), previsto para abril do próximo ano. O 4G só poderá ser oferecido aos consumidores após a venda dessa faixa. As operadoras querem pagar menos por ela e adiar o leilão, argumentando que os investimentos com o 3G já são enormes. Uma fonte de uma operadora admitiu ao GLOBO que há pressão excessiva do governo sobre o cronograma. E para oferecer a próxima geração, as empresas terão que investir bem mais em infraestrutura.

    LEIA MAIS: Internet do 4G é tão rápida quanto banda larga fixa

    A TIM, por exemplo, está em campanha aberta para adiar o leilão. A companhia argumenta que seria prematuro e caro demais implementar o 4G enquanto o 3G ainda não é acessível em todo o Brasil de forma homogênea.

    - Como é possível nos jogarmos numa nova tecnologia se já encontramos dificuldades na atual? Não duvidamos da qualidade do 4G, apenas não sabemos se vale a pena fazer um esforço para agregar mais qualidade no serviço prestado ao consumidor da classe AAA em vez de melhorar o sinal no Amazonas, por exemplo - afirmou Mario Girasole, diretor de assuntos regulatórios da TIM Brasil.

    Segundo a consultoria especializada Teleco, 70,6% dos municípios brasileiros não são cobertos pelo 3G.

    Girasole acha mais viável realizar o leilão em 2013. Na semana passada, o presidente da Telefônica, Antônio Valente, também defendeu o adiamento.

    Investimento em fibra óptica é o mais urgente para o 4G

    Não há previsões oficiais para o montante de investimento necessário para o 4G. Mas só a compra da frequência já representa um volume na casa dos bilhões. O leilão do 3G, em 2007, arrecadou R$5,5 bilhões.

    Especialistas apontam como tarefa mais urgente a instalação de fibra óptica em todo o backhaul (nome técnico para a rede de transmissão), que torna possível o tráfego dos dados por protocolo de internet. Esse passo é importante porque satisfaz tanto os pré-requisitos do 4G quanto as necessidades de expansão do 3G - a tecnologia HSPA+, apelidada de 3,5G, com velocidade, em média, cinco vezes maior que a atual e que deve entrar em operação no país a partir do fim do ano. A Vivo afirma já ter toda sua rede compatível com a HSPA+; a Claro diz ter fibra em 73% de sua rede e que terminar o ano com 100%.

    Outra necessidade é a instalação de mais Estações Radio Base, que são as antenas que transmitem o sinal. Isso porque o alcance do sinal na frequência 2,5 GHz é menor que a do 3G.

    Mas as teles reclamam que sofrem com os mesmos gargalos do resto da indústria. Girasole, da TIM, diz que os fornecedores de equipamento estão "no sufoco". Leonardo Capdeville, diretor de planejamento na Vivo, reclama da falta de mão de obra e da legislação que dá aos municípios o poder sobre as regras de uso do solo:

    - Acaba que, para a instalação de antenas, temos que trabalhar com mais de cinco mil leis, e ainda há municípios que querem interferir até no que a Anatel determina.

    Também preocupa as empresas o destino de frequências como a 700 MHz, que ficará livre após a transição total para a TV digital, em 2016. O espectro pode ser usado para o 4G e, por ser mais baixo, reduziria a necessidade de novas antenas. O governo ainda não determinou quando essa faixa será licitada.

    A avaliação de observadores do mercado é que, na verdade, as operadoras não possuem os recursos necessários para o 4G.

    Tenho a impressão que há muito discurso e pouco dinheiro. Na verdade, teremos na Copa o 4G funcionando em pouquíssimos lugares - criticou o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio (Seprorj), Benito Paret.

    Governo cede à pressão das operadoras em relação ao preço

    O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o leilão só será adiado se as operadoras convencerem "a pessoa que marcou o prazo": a presidente Dilma. Mas o governo já cede à pressão das teles ao admitir baixar o preço em troca de metas de qualidade e cobertura.

    - Nosso leilão não vai ser arrecadatório. Vamos tentar contrabalançar um menor preço inicial com compromissos de cobertura e velocidade. A intenção é termos agora mais obrigações do que tivemos no leilão do 3G, de 2007 - prometeu Maximiliano Martinhão, secretário de telecomunicações do ministério.

    - A principal meta que o governo deve ter é de qualidade do serviço. Se a Anatel resolver cobrar metas de cobertura, teremos que duplicar ou até triplicar o número de estações, e isso acabará encarecendo o serviço para o consumidor - disse Capdeville, da Vivo.

    A Claro, por sua vez, rechaça o adiamento do leilão.

    - Achamos que é chegada a hora de o Brasil olhar para o 4G, pois há carência de banda larga no país e seremos foco das atenções no mundo com os grandes eventos que vamos sediar - defendeu Márcio Nunes, diretor de plataformas da operadora.

    Apesar da polêmica sobre o leilão, a verdade é que o 4G é visto como caminho incontornável.

    - Por serem mais eficientes com o espectro, as redes 4G representam menos gastos para as operadoras. Além disso, o Brasil é um consumidor voraz de dados, e os chamados heavy users precisam de mais capacidade. Logo, por um motivo econômico, aderir ao 4G é a única solução viável para as operadoras - disse Erasmo Rojas, diretor para América Latina do 4G Américas, organização que reúne operadoras

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