Thursday, 5 May 2011

GSMA apresenta estudo sobre impacto futuro da faixa de 700 MHz na América Latina

A GSM Association (GSMA) apresentou nesta quarta-feira, 4, mais detalhes do estudo sobre os impactos da destinação futura da faixa de 700 MHz na América Latina, já antecipado por este noticiário. A consultoria TAS, contratada para esse projeto, analisou dois cenários:

1) o espectro é destinado para serviços móveis;

2) o espectro é mantido sob o controle dos radiodifusores. A conclusão é de que os benefícios econômicos e sociais seriam maiores se a faixa de 700 MHz for destinada às operadoras móveis.
De acordo com o documento, a destinação desse espectro para telefonia móvel movimentaria US$ 13,81 bilhões ao longo de oitos anos na economia de cinco mercados latino-americanos somados: Brasil, México, Argentina, Colômbia e Peru.

Esse montante leva em conta a receita com os leilões de licenças, o Capex necessário para a construção das redes e o Opex adicional ao longo de oito anos. Em contrapartida, se mantido o espectro com radiodifusores, o valor seria de US$ 2,8 bilhões, pelos cálculos dos consultores. Cabe ressaltar que neste cenário não foi considerada qualquer arrecadação com leilões de espectro.


Em termos sociais, o estudo estima que a faixa de 700 MHz para telefonia móvel geraria 8.470 empregos diretos e indiretos nos cinco países, enquanto que com as TVs seriam apenas 4.170. O percentual da população coberta com banda larga móvel aumentaria em média cinco pontos percentuais na América Latina, no cenário favorável às teles.


Brasil


Analisando-se apenas o mercado brasileiro, um eventual leilão de 700 MHz para SMP renderia entre US$ 4,23 bilhões e US$ 6,34 bilhões aos cofres púlbicos, dependendo de quanto fosse licitado, 60 ou 90 MHz. A construção da rede, que necessitaria de 14,59 mil novas ERBs, demandaria investimentos de US$ 1,44 bilhão.

Somando-se os contratos de serviços operacionais e comerciais, a destinação de 700 MHz para o SMP movimentaria entre US$ 6,72 bilhões e US$ 8,83 bilhões no País ao longo de oito anos. Se mantido com as TVs, esse espectro geraria US$ 1,49 bilhão, calcula o estudo.

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