O padrão de conexão à internet sem fio 4G pode ser a solução para o desenvolvimento das áreas rurais de economias emergentes, de acordo com avaliação do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), responsável pela padronização tecnológica das telecomunicações mundiais. O instituto afirma que o padrão IEEE 806.16m, ou 4G, é a melhor opção para ampliar o acesso à internet em áreas afastadas dos centros urbanos, onde não há como levar as conexões por cabo.
Para o IEEE, fornecer acesso à internet em alta velocidade à população pode aumentar os níveis de educação nos países, além de aumentar o fluxo de informações aos profissionais rurais.
O órgão também acredita que o padrão 4G será responsável pelos avanços do atendimento médico remoto, ou telemedicina, "extremamente necessários no campo".
Na opinião do professor Shuzo Kato, inventor do chip TDMA para celulares e membro do IEEE, ao elevar a velocidade da internet em banda larga sem fio para picos entre 100 Mbps e 1 Gbps, pode-se acabar com a "barreira digital" que divide as zonas rurais e urbanas.
Ele cita, ainda, os movimentos de mercado, explicando que a 4G pode operar em outras faixas de frequência, o que abre espaço para outros provedores de serviço, aumentando a abrangência e tornando mais baratas as conexões em banda larga sem fio.
Segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas, mais de 3 bilhões de pessoas, ou metade da população mundial, moram em áreas rurais. No entanto, como elas não chegam a formar zonas de densidade populacional, a chegada de serviços de internet e telecomunicações fica muito cara e desinteressante para as operadoras.
O IEEE cita também o instituto Wireless Intelligence, cujos dados apontam que os países em desenvolvimento representam quase 80% de todas as conexões móveis do mundo. Apenas China e Índia respondem por 30% dessas conexões, o que equivale a 1,5 bilhão de pessoas.
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