As perdas com fraudes bancárias realizadas por meio eletrônico somaram R$ 685 milhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 504 milhões, divulgou nesta sexta-feira (19) a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
O aumento se deve ao uso crescente dos meios eletrônicos como forma de pagamento, à falta de uma legislação que iniba o avanço da ação dos criminosos com punições efetivas, e ao descuido de alguns usuários em relação a procedimentos de segurança, avalia Wilson Gutierrez, diretor técnico da entidade, em nota.
“Os bancos investem em infra-estrutura, recursos tecnológicos e humanos para evitar possíveis tentativas de fraudes, garantir confidencialidade dos dados dos clientes e a segurança no uso dos canais eletrônicos. Para tanto, estão constantemente prospectando e implementando novas ferramentas capazes de aumentar e garantir cada vez mais a segurança dos processos, oferecendo ambiente confiável para uso tranquilo pelos clientes”, diz a federação, em nota.
De acordo com a Febraban, não há registro de invasão ou fraude eletrônica a partir dos sistemas internos dos bancos e a fraude quase sempre ocorre externamente, como captura de trilhas de cartões nas operações de compras.
Segundo a entidade, na internet, é comum que a fraude ocorra porque o cliente, iludido, informa os seus códigos e senhas para os estelionatários ou não adota medidas recomendáveis de segurança nos equipamentos, como antivírus, sistemas operacionais legítimos e firewall.
Legislação
Para impedir a ação crescente dos criminosos, em especial nas fraudes pela internet, a Febraban defende que seja promulgada lei, pelo Congresso Nacional, com tipificação específica aos novos crimes, denominados “cibernéticos” ou de natureza eletrônica.
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