Thursday, 29 September 2011

Telefônica quer "rediscussão" do leilão de 2,5 GHz; problema é investimento na licença

O CEO da Telefônica, Antônio Carlos Valente, defendeu nesta quarta, 28, que haja uma "rediscussão" nos moldes do leião da faixa de 2,5 GHz. Ele argumenta que o última banda da faixa de terceira geração (banda H) foi leiloada apenas no final do ano passado e que a Vivo tem feito investimentos "muito pesados" na ampliação da cobertura da rede 3G.

Por isso, na impossibilidade de se adiar o leilão – já que o decreto presidencial que institui o PGMU III determina que a faixa esteja disponível até abril de 2012 – o executivo prega que sejam adotados métodos alternativos de venda da faixa.
"Muitos países do mundo utilizaram sistema em que você não necessariamente tem pagamento ao poder público, você tem compromissos de cobertura. Existem muitas alternativas canônicas que foram desenvolvidas ao longo do tempo e que podem oferecer uma solução mais benéfica para o Estado, para sociedade e para as empresas", afirma ele.

A pressão para que o leilão da faixa seja adiado ou para que a Anatel encontre formas "alternativas", em que o pagamento seja trocado por metas de cobertura, se tornou público no início do mês, com uma posição contundente da TIM pelo adiamento do leilão e com a preocupação da Oi sobre a necessidade imediata de investimentos. Na ocasião, entretanto, a Claro se mostrou contrária ao pleito.

As operadoras, de um modo geral, também estão interessadas em ter uma definição sobre a exploração da faixa de 700 MHz antes do leilão da faixa de 2,5 GHz. Para elas, a faixa de 700 MHz será mais viável economicamente e trará melhores resultados de cobertura para a quarta geração. No entanto, a faixa está restrita ao serviço de radiodifusão até 2016. Reservadamente, muitos executivos das operadoras acreditam que se a Anatel e o governo sinalizassem com a possibilidade de uso da faixa de 700 MHz para a mobilidade, não seria necessário investir já na faixa de 2,5 GHz.

Valente se reuniu nesta quarta, 28, com o ministro Paulo Bernardo para apresentar o novo presidente da Telefônica para a América Latina, Santiago Fernández Valbuena.

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