Thursday, 16 December 2010

Computação em nuvem terá impacto no setor de banco de dados, diz pesquisa

O uso de bancos de dados nas nuvens afetarão o setor de banco de dados mais do que qualquer outra tecnologia nova, de acordo com uma pesquisa recente da Database Trends, feita com mais de 1,2 mil profissionais de banco de dados. Mais de um terço dos entrevistados (34%) citou os bancos de dados nas nuvens como a tecnologia destinada a exercer o maior impacto no setor.

A virtualização ficou em segundo lugar, com 27% dos votos, seguida pelos discos de estado sólido, com 15%. Em quarto ficou ajuste visual de desempenho, com 12%, e tecnologias de colaboração com 8%, fechando a lista das cinco tecnologias mais votadas.


A pesquisa também revela que tanto o desempenho como as emergências parecem impedir que os DBAs tenham uma noite tranquila de descanso. Quando questionados em relação os problemas de banco de dados que tiravam o seu sono, o desempenho do banco de dados de produção foi citado por 43% dos entrevistados, ficando em primeiro na lista.

O tempo de inatividade do banco de dados foi o segundo maior motivo de insônia, com 38% dos votos, enquanto 31% mencionaram a redução do desempenho e 29% preocuparam-se com o desempenho do hardware do servidor de banco de dados.


O estudo observa que mesmo os DBAs com a documentação mais completa e os planejamentos mais inteligentes devem ficar em alerta para lidar com situações de emergência. De fato, 37% dos entrevistados informaram que tiveram de lidar com pelo menos cinco emergências relacionadas a bancos de dados no ano passado. Dentre eles, 9% lidaram com mais de 20 emergências, ou seja, quase duas por mês.

Um grupo sortudo de 17% dos entrevistados conseguiu evitar qualquer situação de emergência. Por outro lado, as emergências exigiram que mais da metade dos entrevistados (54%) pernoitasse no escritório.


Parece haver um consenso geral entre os entrevistados em relação aos maiores desafios que enfrentam em seus projetos: 43% reclamaram de não terem tempo suficiente para realizar suas tarefas, 40% disseram que um planejamento ruim é um desafio enorme, 33% citaram requisitos insuficientes ou inexistentes, 31% mencionaram o âmbito exagerado e 30% sentem-se prejudicados por ferramentas lentas ou ineficientes.

Por outro lado, mais da metade afirmou que suas empresas oferecem treinamento aos DBAs ou desenvolvedores e dois terços afirmaram que suas empresas investiram em novas ferramentas tecnológicas para eles nos últimos cinco anos.


Outra tendência que surgiu na pesquisa foi a interação maior entre DBAs e desenvolvedores de aplicativos, com 61% dos entrevistados afirmando colaborar com desenvolvedores mais do que há cinco anos. Este entrelaçamento de universos se deve, em parte, ao maior número de DBAs de produção envolvendo-se com ambientes de não-produção e a desenvolvedores tradicionais usando SQL regularmente.

A pesquisa também revelou que ambos os grupos acreditam, em sua maioria, que a outra parte confia neles e entende suas necessidades.


Para muitos, o compartilhamento de ferramentas acompanha o compartilhamento de papéis. Ao serem questionados sobre quantas ferramentas de banco de dados eles compartilhavam com outros na empresa, 73% afirmaram compartilhar pelo menos uma, sendo que 13% disseram compartilhar cinco ou mais.

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