Wednesday, 29 December 2010

Gasto com tecnologia sobe 17% em dois anos

Primeiro, vieram os planos de internet móvel nos smartphones. Depois, a banda larga móvel para ser usada em laptops. E, agora, o microchip para acessar os tablets, como o iPad, da Apple. A necessidade de conexão móvel eleva cada vez mais o volume de despesas dos consumidores. Pesquisa da IPC Marketing revela que, somente nos dois últimos anos, aumentou em até 17% o gasto com a compra de equipamentos, como celulares e computadores, nos lares de maior poder aquisitivo.

Nas famílias mais ricas do país, com renda média mensal de R$ 14.550 e grupo que mais consome os lançamentos, o gasto médio com os aparelhos nos dois últimos anos passou de R$ 1.077,75 para R$ 1.260,81 - alta de 17%. Nas outras classes sociais, diz a IPC, as despesas também subiram, mas, por recorrerem mais ao parcelamento prolongado, os gastos acabam sendo diluídos no orçamento.

- Os gastos com aparelhos estão maiores porque há mais itens. Mas é importante frisar que os preços, como os dos celulares, têm caído no Brasil. Há dois anos, um smartphone saia por cerca de R$ 2 mil. Hoje, custa menos de R$ 500, dependo da marca. A mobilidade está tão em voga que as despesas com celular e acessórios, por exemplo, já ultrapassam os gastos envolvendo televisores, computadores e aparelhos de DVD - ressalta Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing.

Pesquisa da Nielsen revela que os brasileiros querem cada vez mais itens convergentes. Na $de desejos, aparecem os smartphones, item citado por 37% dos entrevistados, os netbooks (34%) e os novíssimos tablets (17%).

- Já há uma predisposição dos consumidores à tecnologia. Comprar produtos de tecnologia está no topo. Depois de pagar todas as contas, 36% dos brasileiros querem usar a sobra do orçamento para adquirir um aparelho novo de tecnologia e telecom. O número é quase igual à preferência por roupas, item citado por 37% dos entrevistados - afirma Thiago Moreira, gerente regional da Nielsen Telecom Practice Group.

As vendas avançam tão rapidamente que os smartphones já representem 12% do total de aparelhos em operação no país, com cerca de 6,2 milhões de celulares. Entre os tablets, estima-se que mais de 25 mil unidades, entre o iPad e o Galaxy, da Samsung, tenham sido vendidas neste fim de ano no varejo.

Com tantos novos aparelhos à venda, os brasileiros vêm elevando o seu volume de despesas mensais, com as contas de telefone, internet e TV por assinatura. No caso das famílias com renda média mensal entre R$ 9.850 e R$ 14.550, os gastos oscilam entre R$ 1.395,45 e 2.156,62. Na classe média - com renda entre R$ 1.650 e R$ 5.350 - a despesa vai de R$ 112,14 a R$ 970,90.

Conta de celular mais que dobra com smartphone

Economistas estimam que as famílias destinam hoje, em média, de 10% a 15% de seu orçamento com tecnologia.

Outra pesquisa da Nielsen diz ainda que o usuário de smartphone gasta mais por mês:

- Quem tem um celular comum gasta R$ 63,25 por mês, em média. Já quem usa um smartphone consome R$ 148,29 mensalmente. O serviço de dados cria uma nova demanda entre os consumidores - diz Moreira.

O empresário Michael Andrade, diretor-geral da Marketing Vision, ressalta que a tecnologia está presente 24 horas por dia em sua rotina. Dono de um iPad e um iPhone, ele também conta com uma TV que permite a conexão à internet:

- Hoje, está tudo integrado. É um processo sem volta. Os gastos sempre vão aumentar. Outro dia, eu tinha na mesa três pontos de conexão à internet. É claro que os gastos são maiores - ressalta Andrade.

Marcio Couto, coordenador de projetos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ressalta que quanto mais convergente ficam os produtos, maior é o interesse dos consumidores:

- A grande notícia é a mobilidade. Hoje, é possível ver TV no celular e ler livros em tablets. Isso é atraente para o consumidor. E, embora o aparelho seja mais barato, gasta-se mais por mês. É um tendência que veio para ficar.

Fonte : www.oglobo.com.br

Nota do autor: infelizmente ainda pagamos muito caro pelo acesso seja banda larga ou smarphones.

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